Dados divulgados pela Controladoria-Geral da União (CGU) apontam que a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) é a instituição mais elogiada pela população que acessou cerca de 350 serviços de ouvidorias federais em todo o país e o portal Fala.BR, a plataforma integrada de ouvidoria e acesso à informação administrada pela CGU. De acordo com o ranking do Painel Resolveu?, ao longo de 2019, a EBC acumulou 488 elogios de leitores, ouvintes e telespectadores dos canais da empresa, como a Agência Brasil, a Rádio Nacional da Amazônia e a TV Brasil. Quase a metade das referências positivas refere-se a conteúdos jornalísticos. Também foram valorizados o conteúdo de entretenimento e a grade de programação da emissora. O número de elogios em 2019 é 150% acima do verificado em 2018 (192 mensagens). Durante o ano passado, a Ouvidoria da EBC recebeu mais de 4,5 mil mensagens. Painel Resolveu? – Divulgação/CGU “A EBC está de parabéns porque consegue enxergar as expectativas de seu público”, disse à Agência Brasil Fábio do Valle Valgas da Silva, ouvidor-geral da União adjunto. De acordo com ele, os números “são relevantes”. O ouvidor lembra que “a quantidade de pessoas que procuram fazer elogio é sempre pequena”. “O comum é entrarem em contato por causa de alguma não conformidade”, acrescenta. O presidente da EBC, Luiz Carlos Pereira Gomes, considera os números “resultado de um trabalho de equipe, dos diretores, de cada empregado da empresa e da Ouvidoria”. Segundo ele, os dados que são coletados diretamente do público “servem para decisões da empresa como definição de programação”. Pereira Gomes lembra que a EBC “não tem interesse comercial” e que “qualquer pessoa pode assistir”, sem ter que assinar canais pagos. “Apresentamos produtos de qualidade, com conteúdo e credibilidade. [A empresa] é um instrumento na mão do Estado, acima de governo, para veicular programação que interesse a todos”. Presidente da EBC, Luiz Carlos Pereira Gomes, destaca que a empresa apresenta produtos de qualidade, com conteúdo e credibilidade – Marcelo Camargo/Arquivo/Agência Brasil 100% das demandas De acordo com os dados em tempo real do Painel Resolveu?, a EBC respondeu a 100% das demandas dentro do prazo, em tempo médio menor que nove dias. Para quase 70% das pessoas que acionaram a ouvidoria da empresa, a demanda foi “resolvida”; para 17%, “parcialmente resolvida”; e para 16%, “não foi resolvida”. A ouvidora da EBC, Christiane Samarco, salientou que, além de registrar diretamente as demandas do público junto à empresa, a Ouvidoria acaba atendendo a outras mensagens que não dizem respeito à EBC diretamente, mas foram objeto de matéria em um dos veículos. “Uma pessoa que lê uma matéria sobre, por exemplo, o Enem e relata que está tendo dificuldades para se inscrever no site do Inep. Aí recorre a nós, Ouvidoria da EBC, pedindo ajuda. Como a mensagem veio em razão de uma matéria, a gente classifica e cadastra mensagem no sistema CGU, encaminha para a Ouvidoria do Inep e vai atrás de informação”, descreve ao acrescentar que, se a demanda gerar nova notícia, a Ouvidoria encaminha o assunto também para as redações dos veículos da EBC. No ranking de instituições federais mais elogiadas do Brasil, o Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (HUFMS), em Mato Grosso do Sul, ficou em segundo lugar, e o Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão, em terceiro.
O número de grávidas com HIV no Brasil vem crescendo desde 2008, de acordo com os últimos dados do Boletim Epidemiológico de HIV/Aids divulgados pelo Ministério da Saúde. Em 2008, foram registradas 6,7 mil gestantes com HIV, o que representava 2,1 casos para cada 1 mil nascidos vivos. Em 2018, esse número passou para 8,6 mil, o equivalente a 2,9 casos a cada 1 mil pessoas. Enquanto o número de casos notificados de aids, que é a síndrome causada por este vírus, cai entre a população em geral, desde 2014, em todo o Brasil, o número de gestantes com HIV aumentou quase 37% nos últimos dez anos. De acordo com o diretor do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis, da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Gerson Fernando Pereira, essa diferença se deve ao aumento das notificações, mas também aos avanços no tratamento da síndrome. “A aids, no passado, tinha uma mortalidade alta. Hoje, a pessoa infectada tem a mesma sobrevida de uma pessoa não infectada, desde que tome o medicamento. Mulheres que tomam o medicamento podem ter crianças por parto normal. Elas têm estímulo para engravidar.” Hoje, em todo o país, todas as mulheres grávidas atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) devem, obrigatoriamente, fazer o teste de HIV. Os casos positivos devem ser notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Mudanças no atendimento Com a obrigatoriedade do teste, muitas mulheres só descobrem o HIV quando engravidam. Foi assim com Aninha*, em 1992. “Não havia quase nada para mulheres na época, não tinha uma política específica para nós. Muito sobre o HIV era voltado para gays, mulheres trans, etc. As mulheres que descobriam ficavam isoladas, poucas pessoas falavam que estavam passando pela mesma situação.” Quando engravidou, na década de 1990, Aninha passou por uma série de dificuldades para ter o filho. “Foi bem difícil, porque tinha pouca informação, eu não sabia se teria um bebê saudável.” Ela contou que recebeu do médico que a acompanhava no pré-natal, uma carta com a indicação de que o parto deveria ser feito por cesariana. “Passei por algumas unidades hospitalares enquanto estava tendo contrações. Quando eu entregava a carta, as pessoas diziam que não estava ainda no momento de ter o bebê e me mandavam voltar para casa. Fui a quatro lugares e recebi a mesma resposta. Percebi o preconceito”, disse. Ela acabou tendo o filho de parto normal. Como tomava a medicaçãocontra a Aids e fazia o devido acompanhamento, o filho não foi infectado pelo vírus HIV. Hoje, mais de 20 ano depois, o cenário está diferente e, ainda que seja preciso melhorar, mais pessoas estão fazendo o teste de HIV e mais pessoas estão recebendo o tratamento. Natália*, por exemplo, é soropositiva e tem duas filhas, uma de 4 anos e outra de 2 anos. “Eu já sabia do diagnóstico e já fazia tudo direitinho. Quando tive minhas filhas, recebi leite, tudo pelo hospital”, disse. Ela brinca que tem mestrado e …
O papa Francisco disse que 2020 será um ano crucial para a concretização de um mundo sem armas nucleares. Nessa quinta-feira (9), o pontífice fez o seu discurso de Ano-Novo voltado aos embaixadores no Vaticano. Ele comentou a visita que fez a Nagasaki e Hiroshima no mês de novembro. Francisco foi o primeiro chefe da Igreja Católica Romana a visitar o Japão em 38 anos. Ele disse que as histórias que ouviu dos sobreviventes das bombas atômicas lançadas naquelas cidades renovaram seu desejo de conseguir um mundo sem armas nucleares. Acrescentou que se tornou claro para ele que a verdadeira paz não pode ser obtida enquanto existirem armas nucleares. O papa observou que este ano será vital para a concretização de um mundo sem armas nucleares, uma vez que a conferência para a revisão do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, que é realizada a cada cinco anos, acontecerá entre abril e maio. Ele expressou esperanças de que a comunidade internacional chegue a um firme acordo para implementar o tratado.
O saque-aniversário, modalidade de saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) que entrará em vigor em abril, tem o potencial de quintuplicar o volume de crédito consignado (com desconto no salário) para os trabalhadores da iniciativa privada. A estimativa foi divulgada pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia. De acordo com a secretaria, o saque-aniversário deve criar um mercado de até R$ 100 bilhões em recebíveis de crédito nos próximos quatro anos. Os recebíveis representam os recursos de que os bancos podem se apropriar em caso de calote do tomado. A lei que criou o saque-aniversário permite que os trabalhadores usem o dinheiro sacado a cada ano como garantia em operações de crédito. Os recebíveis do saque-aniversário deverão fazer com que os juros médios caiam para o tomador. Isso porque a garantia de receber parte do saldo do FGTS em caso de inadimplência reduz os riscos para os bancos, que podem cobrar taxas mais baixas. “Como os recebíveis de saque-aniversário são uma garantia com risco zero, à medida que é possível uma substituição de crédito de risco elevado por crédito com risco zero, os juros cobrados serão menores, logo, há a tendência de expansão significativa de crédito estimulando a economia. Ademais, os juros cobrados nessa modalidade deverão ser inferiores a todas as outras opções no mercado”, explicou a SPE em nota. A secretaria fez uma simulação em que considerou o impacto dos R$ 100 bilhões de recebíveis no mercado de crédito consignado para os trabalhadores da iniciativa privada. No primeiro cenário, que considera a substituição de 50% do crédito pessoal não consignado pelo crédito com recebíveis do FGTS, o crédito pessoal consignado saltaria dos atuais 0,32% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país) para 1,24% do PIB em até quatro anos. Os juros médios do crédito pessoal total (consignado e não consignado) cairiam de 2,77% para 2,14% ao mês. No segundo cenário, que considera não apenas a substituição de 50% do crédito, mas também a expansão do crédito pessoal total, decorrente da entrada de novos clientes que não contraíam empréstimos, a evolução seria maior. O volume de crédito pessoal consignado saltaria para 1,72% do PIB no mesmo período, volume 5,37 vezes maior que o atual. A taxa média de juros do crédito pessoal total cairia ainda mais, para 2,11% ao mês. Segundo a SPE, a estimativa é conservadora porque considera que o crédito com recebíveis do FGTS pagará juros médios de 1,57% ao mês, equivalente à taxa média do crédito consignado para servidores públicos e beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Para o órgão, a nova modalidade de crédito tem o potencial de cobrar juros ainda menores. Saque imediato O relatório estimou que o saque imediato, retirada de até R$ 998 das contas ativas e inativas do FGTS, injetou R$ 26,2 bilhões na economia em 2019. A SPE calcula que o saque-aniversário, que prevê a retirada de parte do saldo do FGTS a cada aniversário do trabalhador, resultará …
O Papa Francisco teme um conflito em maior escala entre o Irã e os Estados Unidos e pediu diálogo entre as duas partes, além de um compromisso maior da comunidade internacional com a paz no Oriente Médio nesta quinta-feira (9), em seu tradicional discurso de início de ano ante o corpo diplomático no Vaticano. “Os sinais que chegam de toda a região são preocupantes, após o aumento da tensão entre o Irã e os Estados Unidos”, disse o papa em uma longa análise sobre o que chamou de as “feridas do mundo”. “Renovo o meu apelo a todas as partes interessadas para evitar o aumento do confronto e manter ‘a chama do diálogo e do autocontrole’, em pleno respeito ao direito internacional”, reiterou. Diante dos mais de cem embaixadores e representantes diplomáticos credenciados no Vaticano, o pontífice novamente pediu “um compromisso mais frequente e eficaz da comunidade internacional pela paz”. “Agora é mais urgente do que nunca também em outras partes da região do Mediterrâneo e do Oriente Médio”, acrescentou. “Estou me referindo em primeiro lugar ao manto de silêncio que tenta cobrir a guerra que destruiu a Síria durante esta década”, destacou. “É particularmente urgente encontrar soluções adequadas e abrangentes que permitam ao amado povo sírio, exausto pela guerra, encontrar a paz novamente e iniciar a reconstrução do país”, acrescentou. O líder da Igreja Católica aproveitou a oportunidade para agradecer à Jordânia e ao Líbano “por terem recebido e assumido, com sacrifícios, milhares de refugiados sírios”, disse ainda. “Infelizmente, além do cansaço causado pela recepção, outros fatores de incerteza econômica e política, tanto no Líbano quanto em outros Estados, estão causando tensões entre a população, comprometendo ainda mais a frágil estabilidade do Oriente Médio”, lamentou. Referindo-se precisamente à situação de refugiados e emigrantes, particularmente os que fogem para a Europa, o papa incentivou às autoridades do antigo continente a “não perder o senso de solidariedade que os caracteriza há séculos, mesmo em momentos mais difícil da história “, enfatizou. “O incêndio da catedral de Notre-Dame em Paris mostrou que é frágil e fácil destruir o que parece mais sólido”, observou. “Os danos sofridos por um edifício, não apenas procurado pelos católicos, mas significativo para toda a França e toda a humanidade, despertaram a questão dos valores históricos e culturais da Europa e as raízes sobre as quais se baseia”, disse ainda. – Multiplicação de crises –Francisco também comentou sobre sua preocupação com multiplicação das crises políticas na América Latina e lamentou as desigualdades e a corrupção endêmica na região. “Os conflitos da região americana, mesmo quando têm raízes diferentes, são acompanhados por profundas desigualdades, injustiças e corrupção endêmica, bem como pelas várias formas de pobreza que ofendem a dignidade das pessoas”, disse ele aos embaixadores e representantes credenciados ante a Santa Sé. Francisco lamentou as polarizações, “cada vez mais fortes, que não ajudam a resolver os problemas autênticos e urgentes dos cidadãos, principalmente os mais pobres e vulneráveis”. O líder da Igreja Católica aproveitou a oportunidade para condenar qualquer tipo de …
O Ministério da Saúde começa a distribuir nesta quinta-feira (9) 1,7 milhão de doses da vacina pentavalente aos estados, que vão encaminhá-las em seguida aos municípios. De junho a dezembro do ano passado, a oferta foi irregular por causa de problemas com os fornecedores. A vacina garante proteção contra cinco doenças: difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e a bactéria Haemophilus influenza tipo B (responsável por infecções no nariz e na garganta). Segundo o ministério, o Brasil compra a vacina por meio do Fundo Estratégico da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), pois não existe laboratório produtor no país. Em julho de 2019, lotes do laboratório pré-qualificado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) foram reprovados no teste de qualidade do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde e em análise da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Em agosto, o Ministério da Saúde solicitou reposição do produto, mas, naquele momento, não havia disponibilidade imediata no mercado mundial. Em São Paulo, a vacina pentavalente, destinada a bebês a partir de 2 meses de idade, continua em falta em algumas unidades básicas de saúde (UBS), mas é possível encontrá-la em pequenas quantidades em outras. Aplicada aos 2, 4 e 6 meses de vida, a vacina imuniza os bebês contra tais enfermidades. É ainda necessário aplicar o reforço aos 15 meses e aos 4 anos de idade. Assim como a pentavalente, a vacina DTP, que previne contra difteria, tétano e coqueluche, estava em falta nos postos de São Paulo, mas já é encontrada nas UBS. A vacina é aplicada como reforço aos 4 anos. A reportagem da Agência Brasil apurou, na manhã de hoje que, na zona leste, as vacinas não eram encontradas na UBS Oratório e na de Vila Formosa II. A UBS de Vila Formosa I tinha as duas vacinas. Na zona oeste, na UBS Parque da Lapa e na Ipojuca, as vacinas DTP e pentavalente estavam disponíveis em poucas doses. Já na UBS Vila Dionísio, na zona norte, faltava a pentavalente, mas havia a DTP. Na UBS Vila Ramos, também na zona norte, havia a DTP e a pentavalente tinha acabado de chegar ao local. Na UBS Santo Amaro, na zona sul, não havia disponibilidade da pentavalente, apenas da DTP e, na UBS Mooca, zona leste, o atendente informou que havia doses suficientes de DTP e pentavalente para a população. A recomendação dos atendentes é ligar todos os dias para as UBS para saber sobre o abastecimento das vacinas. Novo lote Em nota divulgada pela prefeitura de São Paulo, a Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), explicou que a liberação de um novo lote da vacina pentavalente depende da baixa do termo de guarda (BTG), concedida pela Anvisa,segundo circular da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, e segundo o Boletim Epidemiológico de dezembro do ministério. De acordo com a nota, as coordenadorias regionais de saúde estão remanejando as doses quando é possível, com o objetivo de manter a disponibilidade da vacina nas regiões. A nota acrescenta que está previsto o recebimento de algumas doses …
O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou hoje (9) no Diário Oficial da União resolução que altera regras para procedimentos em pessoas trânsgenero. As novas regras reduzem de 21 para 18 anos a idade mínima para a realização de procedimento cirúrgico de adequação sexual e estabelecem que a realização de hormonioterapia cruzada só será permitida a partir dos 16 anos de idade. Na avaliação do conselho, as mudanças favorecem o acompanhamento integrado e proporcionam condições para a formação de profissionais que atendem o segmento. “O assunto está sendo debatido há 25 anos, e a última resolução é um aperfeiçoamento, uma maturação dos conceitos. Trata, principalmente, da inclusão dessa população às necessidades de saúde. Regulamenta procedimentos de tratamento, como a hormonioterapia, e atualiza procedimentos cirúrgicos”, disse o vice-presidente do CFM, Donizetti Giamberardino, em entrevista coletiva. “Se você não criar regras, vai causar muito mais prejuízos, atitudes desordenadas e, muitas vezes, sem base em critérios científicos”, acrescentou. O atendimento aos transgêneros deverá ser feito por equipe médica multidisciplinar composta por pediatra, caso o paciente seja menor de 18 anos, psiquiatra, endocrinologista, ginecologista, urologista e cirurgião plástico, sem prejuízo da participação de outros profissionais da saúde. Crianças e adolescentes O texto diz que crianças ou adolescentes transgêneros devem receber tratamento de equipe multiprofissional e interdisciplinar, sem nenhuma intervenção hormonal ou cirúrgica. Além disso, qualquer procedimento levará em consideração um plano de tratamento individualizado. A nova regra também prevê que o paciente deverá ser informado sobre os procedimentos e intervenções clínicas e cirúrgicas aos quais será submetido, incluindo o risco de esterilidade e que qualquer procedimento só será executado com o consentimento prévio. A resolução proíbe ainda a realização de procedimentos cirúrgicos e hormonais em pessoas com diagnóstico de transtornos mentais que os contraindiquem, como, por exemplo, transtornos psicóticos graves, transtornos de personalidade graves, retardo mental e transtornos globais do desenvolvimento graves. Hormonioterapia A nova resolução proíbe o uso de procedimentos de hormonioterapia para bloqueio hormonal em crianças ou adolescentes transgêneros que não atingiram a puberdade. O procedimento será administrado apenas depois de avaliação da equipe multidisciplinar ou quando a criança está entrando na puberdade, período que pode variar de 8 a 13 anos, no caso de crianças com sexo biológico feminino. e de 9 a 14 anos, no caso de crianças com sexo biológico masculino. Nesses casos, após a avaliação, os pacientes começam a receber uma substância que inibe o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários com os quais a criança e adolescente não se identifica, como mama, menstruação, barba ou voz grossa. Já no uso de hormonioterapia cruzada, quando, além do bloqueio também há reposição hormonal, esta será ministrada apenas a partir dos 16 anos, em caráter experimental. A partir dos 18 anos, a aplicação do procedimento vai depender da prescrição especializada por médico endocrinologista, ginecologista ou urologista. Na portaria, o CFM também reconhece expressões identitárias, como homens e mulheres transexuais, travestis e outras expressões identitárias relacionadas à diversidade de gênero. Afirmação sexual Na avaliação do relator da resolução no CFM, o psiquiatra Leonardo Luz, a …
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, voltou atrás e acolheu pedido do governo para extinguir sua própria liminar que suspendeu a resolução do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) que reduziu os valores do seguro obrigatório Dpvat (sigla de Danos Pessoais por Veículos Automotores de Vias Terrestres). O preço do seguro para motocicletas caiu para R$ 12,25. Para automóveis, passou para R$ 5,21 – Arquivo/Agência Brasil “Exerço o juízo de retratação e reconsidero a decisão liminar anteriormente proferida nesses autos”, escreveu Toffoli na Tutela Provisória na Reclamação 38.736. O pedido foi feito pela pela Advocacia-Geral da União (AGU), sob o argumento de que “não era razoável a alegação da Seguradora Líder — consórcio de empresas que administra o seguro obrigatório — de que a redução dos valores torna o Dpvat economicamente inviável”. Segundo nota da AGU, a seguradora que pediu a liminar “omitiu a informação de que há disponível no fundo administrado pelo consórcio, atualmente, o valor total de R$ 8,9 bilhões, razão pela qual, mesmo que o excedente fosse extinto de imediato, ainda haveria recursos suficientes para cobrir as obrigações do Seguro Dpvat”. A AGU também informou ao presidente do STF que, no orçamento aprovado pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) para as despesas do consórcio de seguradoras do Dpvat para o ano de 2020, houve supressão de R$ 20,3 milhões. A nova decisão do STF tem efeito imediato, e o calendário de pagamento do Dpvat tem início nesta quinta-feira (9). Com a reconsideração do ministro Toffoli, o preço pago pelo seguro cai. “O valor do seguro passa a ser de R$ 5,21 para carros de passeio e táxis e R$ 12,25 para motos, o que representa uma redução de 68% e 86%, respectivamente, em relação a 2019”, de acordo com a AGU.
O Banco Central (BC) quer estimular a competitividade bancária no país para reduzir os juros cobrados e ampliar o acesso da população aos serviços financeiros. O presidente da instituição, Roberto Campos Neto, disse hoje (9), que os avanços tecnológicos no setor, como o open banking e o sistema de pagamentos instantâneos, vão abrir o mercado e serão “um marco na indústria financeira brasileira”. “Muitas coisas que estamos fazendo é para igualar as redes digitais com as redes físicas. Todos os entraves que fazem com que a plataforma digital não consiga competir é nessa área que estamos atuando”, disse Campos Neto ao apresentar os resultados de implementação da Agenda BC#. Lançada em maio de 2029, ela reúne as ações estratégicas do BC para os próximos anos. A expectativa da instituição é que os grandes bancos também tenham êxito nesse novo ambiente de maior competição estrutural. “Nossa ideia é criar competição bancária. Olhar para frente, como será a intermediação financeira no futuro? É inerente o crescimento da tecnologia e precisamos destravar as barreiras da competição”, disse Campos Neto. No open banking os dados bancários pertencem aos clientes e as instituições financeiras vão compartilhar essas informações, produtos e serviços por meio de abertura e integração de plataformas e infraestruturas de tecnologia. A consulta pública sobre esse novo sistema já foi iniciada e a expectativa é que o processo de implementação seja finalizado ainda este ano. No caso do sistema de pagamentos instantâneos, também previsto para o fim deste ano, o objetivo é permitir as transações a qualquer momento e torná-las mais baratas. A Agenda BC# compreende quatro pilares: inclusão, competitividade, transparência e educação. Ainda no item competitividade, o BC lançou este ano o Lift Learning, programa de incentivo ao desenvolvimento de soluções de inovação bancárias, e criou a área de competição e estrutura dentro do banco, que trabalha em projetos de modernização da infraestrutura do mercado financeiro. Também houve o redesenho do cheque especial, com juros menores, menos agressividade e mais racionalidade; a proposta de uso de boleto bancário para depósito e a consulta para regulação de caixas eletrônicos nesse novo cenário de bancos digitais. Novo clico Para Campos Neto, todas essas medidas de fomento à competitividade, e dos outros itens da Agenda BC#, fazem parte do ciclo de reinvenção do mercado com recursos privados. A ideia é incentivar os juros mais baixos a longo prazo para permitir o financiamento privado para grandes agentes e, consequentemente, que haja mais fomento público, com menos custo de crédito, aos pequenos e médios, garantindo mais inclusão e participação social no sistema financeiro. Além da queda de juros, o cooperativismo, o incentivo ao microcrédito e a nova política de crédito rural fazem parte da agenda do BC. De acordo com o banco, 275 ações foram desenvolvidas na primeira fase da BC#, a maioria ainda em andamento. A segunda fase será anunciada em junho deste ano. Educação financeira Para Campos Neto, parte do problema de acesso ao crédito e da inadimplência alta no país é a falta de educação financeira da população. “Queremos incentivar a poupança e fazer com que as pessoas …
A produção industrial brasileira teve queda de 1,2% na passagem de outubro para novembro de 2019. O recuo interrompe três meses de crescimento e elimina parte da alta de 2,2% acumulada entre agosto e outubro daquele ano. De setembro para outubro, a indústria havia crescido 0,8%. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada hoje (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a pesquisa, a produção caiu 1,7% na comparação com novembro de 2018, 1,1% no acumulado dos 11 primeiros meses de 2019 e 1,3% no acumulado de 12 meses. Na média móvel trimestral, a queda foi 0,1%. De outubro para novembro, as quatro grandes categorias econômicas da indústria tiveram queda: bens de consumo duráveis (-2,4%), bens de consumo semi e não duráveis (-0,5%), bens de capital, isto é, máquinas e equipamentos usados no setor produtivo (-1,3%), e bens intermediários, isto é, insumos industrializados usados no setor produtivo (-1,5%). Dezesseis das 26 atividades industriais pesquisadas tiveram queda na produção, com destaque para produtos alimentícios (-3,3%), veículos automotores (-4,4%), indústrias extrativas (-1,7%), outros produtos químicos (-1,5%) e máquinas e equipamentos (-1,6%). Por outro lado, dez atividades tiveram alta e evitaram um desempenho mais negativo da indústria, com destaque para produtos derivados de petróleo e biocombustíveis (1,6%), impressão e produção de gravações (24%) e produtos de borracha e material plástico (2,5%).
O Ministério da Saúde recebe, até amanhã (10), sugestões sobre a Linha de Cuidado do Adulto com Acidente Vascular Cerebral (AVC). A publicação é voltada para pacientes, profissionais de saúde e gestores do Sistema Único de Saúde (SUS) e reúne todas as informações relacionadas à doença, popularmente conhecida como derrame. Os comentários e as sugestões podem ser enviados por meio de formulário específico disponibilizado no portal do Ministério da Saúde. O documento apresenta, por exemplo, quais são os sinais e sintomas do AVC, quais serviços de saúde o cidadão deve procurar, o protocolo médico que deve ser seguido, incluindo os medicamentos que devem ser administrados e como a rede em saúde deve estar organizada. De acordo com o ministério, esta é a primeira linha de cuidados, do total de 22, a ser elaborada nos próximos dois anos sobre as doenças mais prevalentes na população e que causam mais mortes. Os temas dos próximos documentos são hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, obesidade, doença renal crônica, tabagismo, álcool, depressão (risco de suicídio no adulto), ansiedade, insuficiência cardíaca, dor torácica (diagnóstico diferencial da cardiopatia isquêmica), pré-natal, puericultura, asma (no adulto e na criança), doença pulmonar obstrutiva crônica, tuberculose, hepatites virais, HIV/Aids, demência, lombalgia, câncer de colo de útero e câncer de mama. O AVC está em segundo lugar entre as principais causas de morte no Brasil, atrás apenas dos óbitos por doenças cardíacas isquêmicas. De acordo com o Ministério da Saúde, em 2017 foram registrados 101,1 mil óbitos pela doença. O AVC ocorre quando os vasos que levam sangue ao cérebro entopem ou se rompem, interrompendo a circulação sanguínea. Quanto mais rápidos o diagnóstico e tratamento, maiores serão as chances de recuperação. Os principais sintomas são fraqueza ou formigamento no rosto, braço ou perna, confusão mental, alterações na fala, visão e equilíbrio e dor de cabeça súbita e intensa. Mecanismo de participação social aberto aos interessados, a consulta pública permite que a população participe da discussão sobre futuros atos normativos ou temas de interesse social antes da tomada de decisões administrativas. Manifestações relevantes recebidas por escrito costumam ser levadas em consideração durante o debate em torno de temas que afetam o dia a dia dos cidadãos.
Depois de passadas as festas de final do ano, o brasileiro começa a receber as contas para os pagamentos do início do ano. IPTU, IPVA, matrícula, mensalidade e material escolares, entre outros itens da lista. Um levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostra que apenas 11% dos consumidores brasileiros têm condições de pagar as despesas sazonais, como as citadas anteriormente, com os próprios rendimentos, sem que seja necessário fazer um parcelamento, um empréstimo ou cortar gastos ao longo do ano. Ainda de acordo com a pesquisa, 22% dos entrevistados não fizeram qualquer planejamento para pagar esses compromissos. Pelo levantamento, para 2020, a maior parte (26%) dos entrevistados precisou economizar nas festas e com as compras de Natal para conseguir pagar as despesas de início de ano. Segundo o planejador financeiro Paulo Marostica, esse período pode se tornar uma bola de neve. “É um período em que as pessoas tendem a gastar mais. Quando não define um orçamento financeiro, a pessoa acaba sendo levada, em manada, a consumir sem um planejamento. Isso ultrapassa um limite e as pessoas não têm controle, principalmente em um país onde os juros são absurdos”, analisou Marostica. A situação do chaveiro Carlos Magno Ferreira é uma dessas. Com contas em atraso, o chaveiro vai tentando pagar os compromissos aos poucos. “Para essas contas de início de ano não tenho dinheiro para pagar agora. Vou levar pelo menos uns três meses para fechar as contas. Além disso, estou devendo dois anos de IPTU de um imóvel no bairro do Ibura. Só tenho a renda de chaveiro, então vou pagando as contas devagar, por pedaço. Só não posso arrumar mais dívida”, contou. Assim como Carlos Ferreira, muitos brasileiros estão com o bolso apertado. Então, o que pode ser indicado para resolver a situação? “O recomendável é que o consumidor já tenha traçado no final do ano passado um planejamento das suas despesas sazonais, separando mensalmente uma quantia para essa finalidade. Mas quem ainda não teve tempo ou nem pensou nisso precisa agilizar a organização para não passar sufoco e manter a disciplina para que as prestações não desajustem o orçamento”, indicou a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. Paulo Marostica sugere que o consumidor faça um “estudo” das suas despesas para ver como fica melhor para quitar os débitos. “Existem medidas paliativas, mas o indicado seria guardar cerca de 25% da sua renda mensal para não depender das despesas apertadas. Mas, se não guardou, é preciso o cidadão fazer uma análise. A pessoa pode calcular o desconto que se oferece com o parcelamento público do IPTU e do IPVA. Depois, pode estudar um empréstimo no banco para pagar à vista e saber quanto vai precisar pagar de parcelas ao banco durante os próximos meses. Faz uma comparação para saber em que situação pode ser melhor para realizar o pagamento”, indicou Marostica.
A importação de automóveis das 15 marcas afiliadas à Abeifa (associação que representa as importadoras) teve recuo de 7,9% em 2019 na comparação com o ano anterior, segundo dados divulgados pela entidade nesta quarta-feira (8). Entre as marcas associadas estão BMW, Caoa Cherry, Land Rover, Suzuki, Ferrari e Porsche. A projeção da associação era que o total de veículos comerciais leves comprados de outros países chegasse a 50 mil. A previsão, porém, foi revista para 40 mil. O fechamento ficou em 34,5 mil. “Foi um ano muito difícil devido à oscilação do câmbio. O dólar chegou a ficar cotado a R$ 4,20, e isso deixa muito difícil a situação dos veículos importados na concorrência com os nacionais”, disse José Luiz Gandini, presidente da Abeifa. “No segundo semestre, período em que as vendas costumam ser melhores, nós tivemos o pico do câmbio. Isso prejudicou todas as marcas que trabalham com importados no país.” Do total das 15 associadas, 6 marcas tiveram crescimento: BMW, Caoa Cherry, Lamborghini, Land Rover, Porsche e Volvo. O maior crescimento ficou com a Caoa, que em 2018 havia importado apenas 6 veículos, e no ano passado trouxe de fora 132 automóveis. Em volume, a BMW foi a que mais avançou, com um incremento de 2.045 unidades. No recorte de queda, o maior recuo ficou por conta da BYD, que em 2018 havia importado 46 veículos, mas no ano passado caiu para 8. Em volume, a perda maior foi da Kia, com uma retração de 2.448 veículos. A entidade projeta que, caso o câmbio permaneça em R$ 4 por dólar, o setor crescerá 22% em 2020, chegando a 42,5 mil unidades importadas. Já se a moeda americana desvalorizar ante o real, ficando a R$ 3,80 por dólar, os veículos comprados de fora podem chegar a 45 mil.
O ano de 2019 foi o segundo mais quente da história, de acordo com o Serviço de Mudanças Climáticas da União Europeia. A segunda década do século 21 foi a mais quente desde o início dos registros. Os dados divulgados pelo Copernicus Climate Change Service mostram que as temperaturas mundiais em 2019 ficaram abaixo das de 2016. Já em um recorte por continente, 2019 foi o ano mais quente na Europa desde o início do registro de dados. “Os últimos cinco anos foram os mais quentes já registrados e a última década foi a mais quente já registrada”, afirmou Jean-Noel Thepaut, diretor do centro Copernicus, citado pela AFP. As temperaturas gerais em 2019 ficaram 0,6 graus Celsius (°C) mais quentes que a média de 1981 a 2010 e a temperatura da Terra, nos últimos cinco anos aumentou entre 1,1°C e 1,2°C do que no período pré-industrial. O Copernicus Climate Change Service afirma que as concentrações atmosféricas de carbono continuam aumentando, tendo atingido os seus níveis mais altos, no ano passado. O aumento da temperatura acontece um ano depois que as Nações Unidas afirmaram que as emissões de gases de efeito estufa precisavam cair cerca de 7,6% a cada ano, até 2030, com o objetivo de limitar o aumento das temperaturas para 1,5°C. Com informações da Agência Brasil
Ninguém acertou as seis dezenas do Concurso 2.222 da Mega-Sena sorteadas na quarta-feira (08), no Espaço Loterias Caixa, em São Paulo. O prêmio para o próximo sorteio, que ocorrerá no sábado (11), está estimado em R$ 10 milhões. Os números sorteados foram 13 – 14 – 29 – 30 – 48 – 59. A quina teve 29 ganhadores que vão receber, cada um, R$ 58.660,41. Acertaram quatro números 1.969 apostadores, que receberão o prêmio individual de R$ 1.234,23. As apostas para o próximo concurso da Mega-Sena podem ser feitas até as 19h de sábado. Um jogo simples, de seis números, custa R$ 4,50.
O governo prepara uma estratégia de guerra para tentar pôr fim à extensa fila de espera de 1,2 milhão de pedidos por benefícios do INSS e conseguir colocar em funcionamento o novo sistema do órgão, já com a incorporação das mudanças aprovadas na reforma da Previdência. Apenas dois meses após a promulgação das novas regras, integrantes do governo decidiram traçar um cronograma de ação. As alternativas em estudo envolvem remanejamento de servidores que cuidam de aposentadorias em outros ministérios para ajudar na força-tarefa. Também se avalia a contratação de terceirizados para atuar no atendimento ao público nas agências do INSS – liberando funcionários do órgão para trabalhar nas análises dos benefícios. Mesmo fora de Brasília, integrantes do governo têm conversado sobre o assunto, que ganhou status de urgente após o crescimento das reclamações de demora nas análises de pedidos de benefício. O tema também foi tratado em uma reunião na Secretaria Especial de Previdência e Trabalho realizada na última segunda-feira (6). O INSS informou na terça-feira (7) que não havia previsão de normalização nas análises de pedidos de benefícios. Dentro do governo, porém, a avaliação é de que não é mais possível lidar com o problema sem o estabelecimento de prazos específicos. A crise envolve dois grandes obstáculos: a enorme fila de pedidos de benefícios herdada de 2018 e o atraso da Dataprev no desenvolvimento do novo sistema do INSS para análise de benefícios, já com as regras da reforma. Para piorar, a Dataprev anunciou nesta quarta-feira (8) que vai encerrar as atividades em 20 estados e desligar compulsoriamente 493 funcionários, 15% do total dos seus 3.360 empregados. O momento da divulgação foi considerado péssimo pelo governo, principalmente porque a Dataprev já havia atrasado em mais de dois meses a entrega do sistema para a realização das perícias do pente-fino do INSS e ainda trabalha no novo sistema de aposentadorias. A empresa não respondeu às perguntas da reportagem. Fontes do governo afirmam, porém, que o atraso não se deve apenas à demora da Dataprev. O INSS tem tido problemas para desatar o “nó” que virou o passivo de pedidos recebidos em 2018. (R7).
As chuvas que caíram em Santa Catarina, parte do Paraná e do Mato Grosso do Sul nesta quarta-feira (8) impediram o avanço das partículas de fumaça que foram observadas na terça-feira (7) no Rio Grande do Sul, após aparecerem no Chile e na Argentina. O fenômeno é chamado por especialistas como “deposição úmida”. Para os leigos, é como se a chuva lavasse a atmosfera. O banho impediu que a fumaça australiana, vista pelos gaúchos, atingisse outros estados brasileiros. “A tendência desse material era continuar avançando sobre o continente sul-americano, mas, em função das chuvas, as partículas suspensas no ar foram carregadas e depositadas na superfície”, detalha pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Ariane Frassoni dos Santos de Mattos. Segundo ela, a fumaça veio parar no continente por causa da circulação atmosférica a 12 quilômetros da superfície da Terra. “Lá em cima o vento sopra de oeste para leste. A Terra gira também de oeste para leste”. Além desse movimento, foi observado na atmosfera “correntes de jatos ou canais que funcionam como tubo de ventos mais intensos”. Esses fenômenos trouxeram a fumaça australiana até o Rio Grande do Sul. Para a especialista, a circulação da fumaça demonstra que a atmosfera é fluida e dinâmica. “Uma perturbação em alguma região do globo terrestre vai responder em forma de ondas e vai alterar a circulação atmosférica”, acrescenta. Noite no meio da tarde A circulação da atmosfera entre regiões é conhecida dos brasileiros. Os ventos que entram no continente sul-americano pela Guiana Francesa ou pelo Estado do Pará percorrem a Amazônia e chegam à Cordilheira dos Andes, onde são rebatidos e descem até as regiões Sul e Sudeste, conforme a época do ano, além de passar pelo Peru, Bolívia, Paraguai, Uruguai e norte da Argentina. Um exemplo disso, foi o episódio ocorrido em 26 de agosto do ano passado, registrado no canal do professor Gustavo Baptista, do Departamento de Geociências da UnB, quando o céu escureceu em São Paulo no meio da tarde por causa da fumaça vinda da Amazônia Legal. O especialista refuta comparações entre os incêndios ocorridos na Amazônia brasileira e na Austrália, que tem grande parte da área central desértica. “Os incêndios lá têm sido naturais, e no nosso caso são provocados pelo homem, porque são utilizados como forma de limpar os terrenos que foram desmatados. É uma consequência do desmatamento da Amazônia”, assinala o acadêmico preocupado com “desprestígio do monitoramento e controle ambiental”. A floresta que queimou na Austrália é do tipo savana, como é o cerrado brasileiro. A floresta australiana existe meio a um clima quente e seco, enquanto a Floresta Amazônica é quente e úmida. Desde julho passado, os incêndios consumiram cerca de 6,3 milhões de hectares na Austrália, mais de seis vezes o volume total dos incêndios ocorridos na Amazônia. Em dezembro, a temperatura média da Austrália foi de 40,9 graus Celsius (°C), recorde histórico, e chegou a marcar 46°C em alguns estados. A alta da temperatura foi afetada por causa da estiagem prolongada. Não foi registrado …
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concedeu um prazo de oito dias úteis para que as duas empresas participantes da licitação para compra de novas urnas eletrônicas apresentem novos projetos. As empresas Positivo e Smartmatic do Brasil foram desclassificadas do certame por não cumprirem especificações técnicas, mas terão nova oportunidade. A decisão foi tomada pelos ministros do TSE em sessão extraordinária realizada na tarde de hoje (8). Os ministros rejeitaram recurso das empresas, e deram a elas, conforme Artigo 48 da Lei 8.666, que disciplina o procedimento licitatório, a chance de apresentar novas propostas. O TSE se encontra em recesso, mas a presidente do tribunal, ministra Rosa Weber, convocou uma sessão administrativa em caráter extraordinário apenas para apreciação do recurso. A presidente da Corte mostrou bom humor com os colegas, convocados para ir ao tribunal durante o recesso. “Eu só tenho a agradecer a vossas excelências por terem atendido à minha convocação com a presteza necessária. Estava com tantas saudades que resolvi chamá-los para me fazerem um pouco de companhia”, disse Rosa Weber antes de encerrar a sessão. As duas empresas têm até o dia 20 para entregar as novas propostas de projeto. Os testes técnicos deverão ocorrer entre os dias 21 e 26, com entrega dos resultados no último dia. Segundo o TSE, a publicação do resultado ocorrerá ainda em janeiro, no dia 27. O TSE pretende introduzir um novo modelo de urna eletrônica no Brasil. Esse novo modelo terá um design diferente, mais ergonômico, com a tela e o teclado em uma única visão. “A medida tende a agilizar a votação, uma vez que o eleitor terá mais controle e menos possibilidade de cometer erros ou equívocos no momento da digitação”, afirma o TSE.
O número elevado de trotes continua preocupando o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Petrolina. Em todo o ano de 2019, das 66.277 ligações recebidas pelo Samu, 21.891 foram chamadas falsas – segundo informou a prefeitura. Em períodos de férias escolares como esse, é comum os trotes aumentarem em todo o país. De qualquer forma, graças a ações desenvolvidas pelo município nas escolas, os trotes reduziram entre 2018 e 2019. Somente no mês de janeiro de 2018 foram registradas 2.410 chamadas falsas de um total de 3.382 ligações atendidas. No mesmo período do ano passado foram notificados 1.514 trotes de um total de 5.094 ligações recebidas. “Ligações falsas são recorrentes e atrapalham a assistência a quem realmente precisa. Por isso, é importante que os pais conversem com seus filhos, explicando que enquanto eles brincam com esse tipo de ligação, pessoas estão sendo prejudicadas pela falta do atendimento. O número de telefone 192 é para atender a situações de emergência, pessoas que realmente estejam precisando de atendimento imediato“, reforça a diretora do Samu de Petrolina, Cristiane Nunes. Na maioria dos casos, a equipe consegue identificar que a ligação é falsa antes de deslocar a equipe. “Nossos atendentes conseguem detectar que as informações passadas pelo solicitante não são coerentes, como endereço inconsistente, por exemplo“, diz Cristiane. “Além de configurar crime passível de prisão e tirar a vez de quem realmente precisa, ainda há o gasto desnecessário do recurso público“, alerta a diretora. Fonte: Economia Uol
No próximo dia 11 de janeiro, na Policlínica da Univasf, acontecerá o primeiro mutirão de detecção da hanseníase. A ação é organizada pelo Colegiado de Medicina da Univasf, com o apoio do Hospital Universitário. O mutirão será em alusão à campanha “Janeiro Roxo”, que tem o objetivo de alertar a população sobre a gravidade da doença e a necessidade do diagnóstico e tratamento precoces, além de contribuir para a redução do preconceito. As pessoas com suspeita da hanseníase poderão procurar a Policlínica, localizada na rua André V. de Negreiros, s/n, bairro Maria Auxiliadora, das 8h às 13h. Os pacientes serão triados por profissionais de saúde da universidade e pelos estudantes de medicina, aqueles que apresentarem sinais da doença serão atendidos pelos médicos dermatologistas. Os sintomas mais comuns da hanseníase são: manchas claras, rosadas ou avermelhadas no corpo, geralmente com diminuição ou ausência de sensibilidade ao calor, frio ou ao tato. Também podem ocorrer caroços na pele, dormências, diminuição de força e inchaços nas mãos e nos pés, formigamentos ou sensação de choque nos braços e nas pernas. A dermatologista e hansenologista Tânia Moreno chamou a atenção para o grande número de casos detectados no país, em média são 30 mil por ano, segundo o Ministério da Saúde. “Cerca de 90% dos diagnósticos da doença, nas Américas, são encontrados no Brasil. E o Nordeste tem seis vezes mais casos do que o tolerável”, contou a médica. Fonte: (Ascom)
O Banco Mundial atualizou nesta quarta-feira (8) as previsões de crescimento para a economia brasileira e mundial. Em 2020, a instituição estima que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve avançar 2%. Para 2021, a projeção é de alta de 2,5%. A previsão para 2020 é menor do que a divulgada no último relatório publicado em junho. Mas a estimativa para o próximo ano melhorou. Na leitura passada, o Banco Mundial projetava crescimento de 2,5% em 2020 e 2,3% para 2021. “No Brasil, a confiança mais forte dos investidores, juntamente com o afrouxamento gradual das condições de empréstimos e do mercado de trabalho, deverá sustentar uma aceleração do crescimento para 2%”, informou a instituição em relatório. Para 2019, a instituição avalia que o PIB brasileiro deve ter crescido 1,1%, 0,4 ponto percentual mais baixo do que o apurado em junho. As previsões do Banco Mundial — Foto: Arte/G1 As projeções do Banco Mundial estão próximas das observadas no relatório Focus, elaborado pelo Banco Central com base na projeção de analistas das instituições financeiras. Para 2019, a estimativa é de alta do PIB de 1,17%. Em 2020 e 2021, as projeções são de 2,3% e 2,5%, respectivamente. Desempenho da economia mundial O Banco Mundial ainda estima que a economia global deve crescer ligeiramente menos neste e no próximo ano em relação ao que era esperado no relatório de junho. A previsão é que o PIB mundial avance 2,5% em 2020 e 2,6% em 2021. Em relação a junho, houve uma redução de 0,2 ponto percentual nas leituras para os dois anos. Para 2019, o Banco Mundial estima que o PIB global tenha avançado 2,4%. Projeções para o PIB desde 2020 — Foto: Arte/G1 No relatório divulgado nesta quarta, a instituição alertou para riscos envolvendo a guerra comercial, uma desaceleração econômica mais forte do que o esperado nas economias avançadas e uma eventual turbulência financeira nos mercados emergentes. Todos esses risco podem piorar o desempenho da economia mundial. “Predominam os riscos descendentes para as perspectivas globais que, caso se concretizem, poderiam desacelerar substancialmente o crescimento”, escreveu o Banco Mundial. “Estes riscos incluem nova escalada das tensões comerciais e incerteza da política comercial, uma desaceleração mais forte do que o esperado nas principais economias e turbulência financeira nas economias de mercados emergentes e em desenvolvimento”, completou a instituição. Fonte: G1
Com novo avanço da dengue, o ano de 2019 registrou o segundo maior número de mortes pela doença desde 1998, ano de início da série histórica. Dados do Ministério da Saúde apontam que, até o dia 7 de dezembro, já haviam sido confirmadas 754 mortes por dengue. Na prática, o total fica abaixo apenas do registrado em 2015, quando houve uma das piores epidemias da doença, com 986 mortes. O número, porém, ainda pode crescer, já que o balanço não contabiliza o ano fechado. Até o dia 7, também havia 221 mortes suspeitas pela doença ainda em investigação. Os dados retratam o impacto do novo avanço da dengue ocorrido em 2019, após dois anos com baixo número de registros. Ao todo, de janeiro até o início de dezembro, o ministério contabilizava 1.527.119 casos prováveis da doença. É o segundo maior número desde que esses registros passaram a ser contabilizados, em 1990. A comparação do total de casos foi noticiada pelo jornal O Globo. Fonte: Folha
Num ano marcado pela forte volatilidade do câmbio, a saída de dólares da economia brasileira superou o ingresso em US$ 44,77 bilhões em 2019, divulgou hoje (8), o Banco Central (BC). Essa é a maior retirada líquida de divisas desde o início da série histórica, em 1982. O recorde anterior de retiradas líquidas tinha sido registrado em 1999, quando o fluxo cambial – diferença entre as entradas e saídas de dólares – tinha ficado negativo em US$ 16,18 bilhões. Naquele ano, o Brasil tinha abandonado a política de bandas cambiais e permitido a livre flutuação do dólar, quando a cotação passou pela primeira vez a barreira dos R$ 2. As relações monetárias e financeiras entre residentes e não residentes são medidas pelo balanço de pagamentos, divulgado no fim de cada mês pelo Banco Central. O fluxo cambial, no entanto, funciona como uma prévia dos números, ao contabilizar adiantamentos de contratos de câmbio e pagamentos antecipados. O fluxo cambial é composto de duas partes: o fluxo comercial, que mede o fechamento de câmbio para exportações e importações, e o fluxo financeiro, que mede investimentos em empresas, empréstimos e transações no mercado financeiro. Os dados do Banco Central mostram que, no ano passado, a fuga de dólares ocorreu no canal financeiro. Em 2019, o fluxo comercial ficou positivo em US$ 17,47 bilhões. O fluxo financeiro, no entanto, registrou saída líquida de US$ 62,24 bilhões. Apenas na bolsa de valores, a retirada por investidores estrangeiros chegou a US$ 44,5 bilhões no ano passado, a maior desde o início da série história da B3, em 2004. Cotação Ao longo do segundo semestre do ano passado, o dólar subiu e chegou a encostar em R$ 4,26 no fim de novembro. A cotação, no entanto, reduziu a alta em dezembro até fechar 2019 com alta de 3,6%. Apesar da fuga de investidores estrangeiros, a bolsa atraiu mais investidores brasileiros, encerrando 2019 com alta de 31,5%. Diversos fatores contribuíram para a turbulência cambial no ano passado. No plano internacional, as tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China; a instabilidade política em diversos países da América do Sul e os aumentos de juros do Federal Reserve (Banco Central norte-americano) estimularam a alta do dólar. No Brasil, a queda da taxa Selic (juros básicos da economia) para 4,5% ao ano reduziu a entrada de dólares no país, mas a aprovação da reforma da Previdência, no fim do ano passado, provocou alívio temporário no câmbio. Fonte: AB
No primeiro pronunciamento após ataque dos Estados Unidos que resultou no assassinato do general iraniano Qassem Soleimani e que levantou o risco de um conflito internacional, o presidente americano, Donald Trump, defendeu que o país árabe abra mão de seu arsenal nuclear. A expectativa pelo discurso de Trump era grande, uma vez que ocorreu um dia após o Irã bombardear duas bases dos EUA no Iraque, em sua primeira retaliação ao assassinato do general Soleimani. O Irã classificou o ataque americano de ato terrorista de Estado. O Iraque foi em sentido semelhante, condenando a ação. Trump não mencionou explicitamente novos ataques ao Irã, mas manteve a ameaça de novas retaliações e cobrou o abandono do programa nuclear pelo país rival, dizendo que novas sanções serão adotadas enquanto o Irã “não mudar o comportamento”. “Enquanto eu for presidente dos EUA o Irã não terá uma arma nuclear. Nossas forças estão prontas para o que for necessário. Nações toleraram o comportamento desestabilizador do Irã por anos. Esses dias acabaram. O Irã deve abandonar suas ambições nucleares e seu apoio ao terrorismo”, ressaltou Trump. Após essas ameaças, Trump afirmou que os Estados Unidos estão “prontos para abraçar a paz”. “Uma mensagem aos líderes e ao povo do Irã. Queremos que vocês tenham o futuro que merecem, com prosperidade. A destruição do ISIS [Estado Islâmico] é boa para o Irã. E devemos trabalhar juntos nesta prioridade”, propôs. Justificativas Trump também usou o pronunciamento para justificar o assassinato de Soleimani. O governante reiterou o argumento já apresentado de que o ataque foi necessário diante da iminência de ações que colocariam em risco a vida de cidadãos estadunidenses. “Nenhuma vida dos EUA e do Iraque foi perdida por conta da ação do nosso sistema de inteligência. Soleimani foi responsável por algumas das maiores atrocidades, lançando ataques terroristas contra alvos civis. Promoveu guerras por toda a região e assassinou milhares de americanos. Ele deveria ter sido exterminado há muito tempo”, disse. Trump descartou também o argumento de que um conflito com o Irã teria relação com o interesse no controle de petróleo do país, análise frequente no caso da guerra do Iraque nos anos 2000. “Nós somos o maior produtor de óleo e gás natural no mundo. Nós não precisamos do óleo do Oriente Médio”. Outros países O presidente também mandou recados a outras nações diante da repercussão do episódio. A Rússia condenou o ataque e ofereceu apoio ao Irã. A China também adotou postura crítica. Países europeus, como Alemanha, também tiveram reações críticas, embora sem declarar apoio, condenando a escalada dos conflitos. “O tempo chegou para o Reino Unido, a China, a Rússia e a Alemanha reconhecerem isso [o comportamento do Irã que o presidente condenou]. Devemos trabalhar juntos para fazer um acordo com irã que faça do mundo um lugar mais seguro. O Irã pode ser um grande país. Hoje, vou pedir à OTAN [Organização do Tratado do Atlântico-Norte] para ficar mais envolvida no processo do Oriente Médio”, pontuou. Ataque Comandante de alto escalão da Guarda Revolucionária do Irã, Qassem …
Portaria do Ministério da Justiça e Segurança Pública, publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (8), cria o Grupo para Resposta a Desastres (GRD) que, por meio da Força Nacional de Segurança Pública, atuará em situações decorrentes de desastres, em território nacional ou internacional, que “devido à sua magnitude e complexidade, tiveram exauridos ou seriamente comprometidos a capacidade local de resposta dos órgãos constitucionais”. Os militares participarão das ações imediatas com o objetivo de socorrer a população atingida, incluindo a busca e o salvamento, os primeiros socorros, o atendimento médico de urgência e pré-hospitalar. Eles atuarão também no fornecimento de água potável, na provisão e meios de preparação de alimentos, no suprimento de material de abrigamento, de vestuário, de limpeza e de higiene pessoal. A Força Nacional dará também apoio logístico às equipes empenhadas nas ações de socorro, trabalhando, por exemplo, na instalação de lavanderias e banheiros, entre outras medidas estabelecidas pelo Ministério do Desenvolvimento Regional. Sob a coordenação da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), o GRD terá ainda participação ativa na recuperação da infraestrutura da área atingida, no restabelecimento das condições de segurança e habitabilidade, incluindo a desmontagem de edificações com estruturas comprometidas e no serviços de transporte e limpeza urbana, entre outras ações. Fonte: AB
A safra de cereais, leguminosas e oleaginosas fechou 2019 com uma produção recorde de 241,5 milhões de toneladas, segundo a última estimativa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com dados divulgados hoje (8), a estimativa é 6,6% superior à safra de 2018, de 226,5 milhões de toneladas, e 1,3% maior que o recorde anterior, de 2017, de 238,4 milhões de toneladas. De acordo com o IBGE, a soja, que é o principal grão, no entanto, fechou com 113,5 milhões de toneladas, uma queda de 3,7% em relação a 2018. O arroz também teve redução de 12,6%. As quedas foram compensadas, principalmente, pelas produções recordes de 100,6 milhões de toneladas de milho, com 23,6% a mais que em 2018, e de 6,9 milhões de toneladas de algodão, uma alta de 39,8%. Prognóstico para 2020 O IBGE também divulgou seu terceiro prognóstico para a safra de 2020, que deverá ser ainda maior do que a estimada para 2019, de 243,2 milhões de toneladas, ou seja, 0,7% acima da safra do ano passado. Entre as seis principais safras de grãos, apenas a segunda safra do milho deverá apresentar queda em relação em 2019, de 10,4%. As demais deverão apresentar alta: soja (7,8%), arroz (0,9%), primeira safra do milho (1,8%), algodão (2,7%) e primeira safra de feijão (3,3%). Fonte: AB
O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) determinou prazo até 30 de junho deste ano para que os Detrans de todo o país estejam adequados à fornecer aos motoristas o novo formato digital do Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV), o CRLV-e, conforme prevê a deliberação nº 180/2019 do Contran, publicada no início deste mês, que trata da substituição do documento em papel pelo modelo eletrônico. Segundo o Contran, o motorista poderá, opcionalmente, utilizar uma via impressa do CRLV-e, que terá a mesma validade do documento digital. A diferença é que o documento será impresso em papel comum, validado por um QR Code específico. De acordo com o ministro substituto da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, a medida faz parte das diretrizes de transformação digital do governo do presidente Jair Bolsonaro. “Essa é mais uma iniciativa do governo para simplificar a vida do cidadão, trazendo mais modernidade e agilidade para o dia a dia das pessoas”, disse. “O CRLV-e somente será expedido após a quitação dos débitos relativos a tributos, encargos e multas de trânsito e ambientais, vinculados ao veículo, bem como o pagamento do Seguro Obrigatório (DPVAT)”. Para ter acesso ao CRLV digital, o motorista precisa baixar o aplicativo da Carteira Digital de Trânsito (CDT) no celular e cadastrar os dados do veículo na plataforma. Com isso, terá a visualização do documento sem a necessidade de acesso à internet. O aplicativo, desenvolvido pelo Serpro, em parceria com o Denatran, está disponível gratuitamente nas lojas Google Play e App Store. Fonte: AB
São cada vez maiores as reações internacionais ao lançamento de mísseis iranianos contra duas bases aéreas que abrigam tropas norte-americanas no Iraque. Na Europa pede-se moderação e algumas nações decidiram retirar parte das tropas que tinham destacadas nesse país do Médio Oriente. A China pede a resolução do conflito pelo diálogo e, no Iraque, os líderes curdos pedem para não serem envolvidos nas rivalidades. O Reino Unido apressou-se a condenar o ataque iraniano e classificou-o de “imprudente e perigoso”. “Condenamos o ataque às bases militares iraquianas que abrigam as forças da coligação, entre as quais britânicas”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros, Dominic Raab. Também a Alemanha condenou “firmemente” a agressão do Irã. “Agora é decisivo não deixarmos essa espiral crescer ainda mais”, disse Annegret Kram-Karrenbauer, ministra alemã da Defesa. “Antes de mais nada, é preciso que os iranianos não provoquem nova escalada”. Nessa terça-feira (7), o governo alemão decidiu transferir temporariamente parte das tropas que mantém no Iraque para bases na Jordânia e no Kuwait, por motivos de segurança. As forças alemãs integram a coligação internacional comandada pelos Estados Unidos, que se encontra no Iraque e que tem como missão combater o grupo radical Estado Islâmico. A Alemanha participa da coligação com 415 soldados e transferiu agora 32. Na França, uma fonte do governo adiantou que o país não pretende transferir nenhum dos 160 soldados que tem destacados no Iraque. Paris reiterou a importância de continuar o combate ao autoproclamado Estado Islâmico, mantendo simultaneamente o respeito pela soberania do Iraque. “A França condena os ataques feitos, na noite de ontem, pelo Irã no Iraque contra forças da Coligação contra o Daesh [Estado Islâmico]. A prioridade é mais do que nunca a redução das tensões. O ciclo de violência deve ser interrompido”, disse o chefe da diplomacia francesa, Jean-Yves Le Drian. O governo italiano também condenou os ataques e pediu, em comunicado, o alívio das tensões e o trabalho dos aliados europeus pelo diálogo. Espanha A Espanha anunciou nesta quarta-feira a transferência de uma parte dos seus militares destacados no Iraque para o Kuwait, por razões de segurança. “Aqueles que estavam em posições mais arriscadas foram para o Kuwait”, explicou a vice-primeira-ministra espanhola, Carmen Calvo. No Iraque ficou “um número reduzido” de soldados espanhóis. O Ministério da Defesa da Espanha assegurou que o contingente espanhol destacado no Iraque, que integra os militares portugueses no país, não sofreu qualquer ataque e que a situação está “calma e sem grandes alterações”. O ministro português da Defesa, João Gomes Cravinho, assegurou que os 34 militares portugueses que se encontram na base de Besmayah, a 50 quilômetros de Bagdá, “estão bem” e que foram adotadas “medidas de proteção reforçadas no perímetro da base”. China A China também reagiu ao mais recente ataque, pedindo aos Estados Unidos e ao Irã que exerçam a moderação e resolvam a disputa por meio do diálogo. Pequim tem criticado os EUA pela escalada na tensão com o Irã. “Não é do interesse de nenhuma das partes que a situação …
O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), fechou 2019 com taxa de inflação de 7,70%. A taxa é superior aos 7,10% registrados em 2018. Em dezembro, o índice ficou em 1,74%, superior ao registrado em novembro (0,85%). A alta da taxa foi puxada pelo atacado, pelo varejo e pela construção. O Índice de Preços ao Produtor Amplo, que mede o atacado, subiu de 1,11% em novembro para 2,34% em dezembro. O Índice de Preços ao Consumidor, que mede o varejo, cresceu de 0,49% para 0,77%. Já o Índice Nacional de Custo da Construção passou de 0,04% para 0,21% no período. Fonte: AB
Algumas companhias aéreas comerciais redirecionaram os voos que cruzam o Oriente Médio, para evitar eventuais perigos em meio à crescente tensão entre os Estados Unidos (EUA) e o Irã. A companhia australiana Qantas disse que está alterando as suas rotas de Londres para Perth, na Austrália, a fim de evitar o espaço aéreo do Irã e do Iraque até novo aviso. A rota mais longa significa que a Qantas terá de transportar menos passageiros e usar mais combustível para permanecer no ar por mais 40 a 50 minutos. As companhias aéreas Emirates e Flydubai, dos Emirados Árabes Unidos, cancelaram os voos para Bagdá, depois dos ataques do Irã contra duas bases em território iraquiano, que abrigam militares norte-americanos. Fonte da Flightradar, que monitora o tráfego aéreo, disse que dois voos da Emirates fizeram rota diferente para evitar a passagem pelo Iraque, enquanto um voo da Air Canada para Dubai redirecionou o trajeto pelo Egito e a Arábia Saudita A companhia aérea Malaysia Airlines confirmou que “devido aos recentes acontecimentos”, os seus aviões evitariam o espaço aéreo iraniano. A Singapore Airlines também disse que os seus voos para a Europa seriam redirecionados para evitar o espaço aéreo do Irã. A Administração Federal de Aviação (FAA) dos EUA informou que está proibindo pilotos e transportadoras americanas de voar em algumas áreas do Iraque, Irã e em espaço aéreo do Golfo Pérsico. Alertou para o “potencial de erro de cálculo ou de identificação” de aeronaves civis em meio à escalada da tensão entre os EUA e o Irã. Essas restrições costumam ser preventivas, com o objetivo de impedir que aeronaves civis sejam confundidas com as que estão envolvidas em conflitos armados. A FAA disse ainda que as restrições são estabelecidas devido a “atividades militares mais ativas e ao aumento das tensões políticas no Médio Oriente, que apresentam risco para as operações de aviação civil dos EUA“. As restrições de voo surgem na sequência dos ataques iranianos com mísseis balísticos, nessa terça-feira (7), a duas bases iraquianas (em Ain al-Assad e Arbil) que abrigavam tropas norte-americanas. A ação foi assumida pelos Guardas da Revolução iranianos como uma “operação de vingança” da morte do general Qassem Soleimani, comandante da força de elite Al-Quds. Ele morreu na sexta-feira (3), em um ataque aéreo norte-americano em Bagdá, capital do Iraque. Fonte: AB