Pensando em tornar a ingestão do pão sem glúten mais agradável e nutritiva, pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) desenvolveram uma receita que combina a farinha de grão-de-bico e o psyllium, um tipo de fibra solúvel, que, ao entrar em contato com líquidos, expande-se e forma uma massa gelatinosa, ajudando a dar liga na farinha. O resultado foi um produto rico em nutrientes e bem aceito nas pesquisas de qualidade. O pão serve como substituto aos produtos convencionais, feitos com farinha de trigo, e é indicado principalmente para as pessoas que seguem dieta sem glúten, único tratamento possível para portadores da doença celíaca. Para essas pessoas, o glúten (proteína existente no trigo, no centeio e na cevada) desencadeia uma reação imunológica que pode causar distúrbios em todos os órgãos do corpo, gerando complicações graves, caso não seja tratada. Autoimune, a doença é genética e afeta 1,4% da população mundial. O glúten possibilite que os pães tradicionais sejam moldados e que, depois de assados, fiquem flexíveis e crocantes. “Reconhecemos atualmente três condições para as quais se indica dieta sem glúten: a doença celíaca, a alergia ao trigo e a sensibilidade não celíaca ao glúten. A sensibilidade não celíaca ao glúten é uma condição que tanto pode ser provocada pelo glúten como por outros componentes do trigo, como os carboidratos rapidamente fermentáveis. Ao contrário da doença celíaca, não configura uma condição autoimune e seus sintomas, embora muitas vezes parecidos, não estão relacionados com complicações tão graves”, explica a nutricionista responsável pela pesquisa, Vanessa Dias Capriles. Segundo Vanessa, o desenvolvimento dos produtos adequados para pessoas nessas condições ainda é um grande desafio tecnológico. “O pão elaborado com farinha de trigo tem importância milenar na alimentação humana. E as impressões sensoriais que ele provoca estão profundamente arraigadas nos padrões e hábitos das pessoas. Por isso, é tão importante elaborar versões melhoradas, pois as pesquisas mostram que os consumidores estão insatisfeitos com as características de aparência, odor, sabor, variedade e praticidade dos produtos atualmente disponíveis no mercado.” A nutricionista ressalta que os pães sem glúten existentes no mercado normalmente têm baixa composição nutricional, porque são elaborados com farinhas e amidos refinados, como a farinha de arroz combinada com os amidos de milho, batata e mandioca. “Apresentam baixos níveis inerentes de fibras alimentares, proteínas, vitaminas e minerais e maior teor de gordura. Em poucos países, esses produtos são enriquecidos com micronutrientes.” Realizada com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), a pesquisa teve como objetivo melhorar o valor nutricional agregado, aumentar a aceitabilidade pelos consumidores e buscar soluções com viabilidade tecnológica. “Utilizando diferentes técnicas de criação e otimização de produtos, conseguimos obter mais de 15 formulações que consideramos ótimas. São produtos que contêm de 50% a 100% de farinha integral sem glúten em sua composição e, por isso, apresentam alto teor de fibras e maiores porcentagens de proteínas, vitaminas e minerais”, acrescenta a nutricionista. De acordo com Vanessa, foram pesquisadas também as farinhas integrais de arroz, sorgo e …
Governador participa de webinário internacional para marcar o lançamento da pesquisa, que será realizada nos 184 municípios do Estado e no arquipélago de Fernando de Noronha O governador Paulo Câmara participou, na manhã desta segunda-feira (24.05), do webinário Diretrizes Internacionais, Prevenção e Mapeamento de Serviços de Tratamento por Uso de Drogas. O evento discutiu a importância da construção de políticas eficazes com foco na prevenção e nas melhores práticas de tratamento, e também marcou o lançamento de uma abrangente pesquisa que será realizada em todos os 184 municípios de Pernambuco e no arquipélago de Fernando de Noronha. “Pernambuco tem sido referência em todo o Brasil com o trabalho de educação pública. Não se faz política de segurança apenas com repressão. A prevenção é o que está por trás de tudo isso, e é com ela que podemos evitar muitos transtornos no futuro. Por isso que investimos tanto na prevenção e sentimos realmente a necessidade de ter uma política pública robusta, pensada e que dialogue com quem entende do assunto mundo afora”, destacou Paulo Câmara. O mapeamento é uma iniciativa inédita no Brasil, inspirada na ferramenta elaborada pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Pernambuco mostra inovação na elaboração e no aprimoramento de suas políticas públicas ao atrair parceiros como o UNODC, a Agência das Nações Unidas para Assentamentos Humanos (ONU-HABITAT), o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o Instituto Igarapé. Os projetos, plataformas e ideias desenvolvidos e em desenvolvimento por esse grupo de instituições, todas com respaldo internacional, se apresentam como Cooperação Pernambuco: Prevenção, Cidadania e Segurança. De acordo com o secretário estadual de Políticas de Prevenção à Violência e às Drogas, Cloves Benevides, essa cooperação se soma aos elementos de sucesso na gestão da política pública representados pelo Pacto Pela Vida, nos seus 14 anos. “Toda essa cooperação apresenta uma abordagem específica para a proteção de jovens, para o enfrentamento de agenciamentos que levam às situações de violência e, sobretudo, para melhorar a capacidade de resposta de vários serviços”, enfatizou Benevides. A Cooperação Pernambuco é parte das inovações que a Secretaria de Políticas de Prevenção à Violência e às Drogas vem promovendo. O webinário internacional e o mapeamento dos serviços de tratamento de transtornos associados ao uso de drogas são produtos previstos na Cooperação Pernambuco. O encontro também contou com a presença da vice-governadora Luciana Santos e dos secretários estaduais André Longo (Saúde) e Alexandre Rebelo (Planejamento e Gestão).
Os cães farejadores são capazes de identificar o odor da covid-19 com uma taxa de precisão de até 94%, de acordo com um estudo preliminar da associação britânica Medical Detection Dogs publicado nesta segunda-feira (24). A pesquisa, realizada em conjunto com a Escola de Medicina Sanitária e Tropical de Londres e a Universidade de Durham, também da Inglaterra, usou amostras de mais de 3.750 pessoas, como camisas, máscaras e meias usadas, para treinar seis cães para detectar a covid-19. Os resultados iniciais, ainda pendentes de revisão externa por outros cientistas, sugerem que os cães foram capazes de identificar a doença em 94% dos casos, uma precisão superior à oferecida pelos testes de antígeno, entre 58% e 77%. O estudo preliminar também mostra que um único cão pode examinar até 250 pessoas em uma hora, consideravelmente mais rápido do que o resto dos métodos de detecção para covid-19, apontam os especialistas. Fonte: R7
Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) analisaram a taxa de eficiência das máscaras usadas contra a Covid-19 no Brasil. Enquanto o modelo mais eficaz, a N95/PFF2, chega a filtrar 98% das partículas suspensas no ar, que podem conter o Sars-Cov-2, outras têm capacidade de apenas 15%. Os resultados foram publicados recentemente no periódico Aerosol Science and Technology. Ao todo, 227 tipos de máscaras comumente usadas pela população e encontradas em lojas e farmácias do País passaram pelos testes feitos pelo Laboratório de Física Atmosférica da USP. Uma pessoa contaminada transmite o coronavírus por meio de gotículas muito pequenas que se dispersam no ar ao falar, tossir e espirrar. Por conta disso, distanciamento físico, uso de máscara e ambiente ventilado são fundamentais para conter a transmissão da doença. Os valores de eficiência de filtração foram medidos a partir da produção de partículas de aerossol de tamanhos variados.Os pesquisadores observaram a concentração no ar antes e depois da filtragem pela máscara. A partir de uma solução de cloreto de sódio (sal), foram produzidas partículas de aerossol de tamanho semelhante às que carregam o coronavírus no ar (60 a 120 nanômetros) e testaram a capacidade das máscaras em reter, ou deixar passar, essas micropartículas. Outro fator importante analisado foi o da respirabilidade do tecido. Um tecido com trama muito fechada pode filtrar muito bem, mas tende a ser removido do rosto por quem o utiliza. As medidas de respirabilidade, junto com a eficiência de filtração, permitiram calcular o Fator de Qualidade (FQ) de cada máscara. “Queremos deixar muito claro que, embora algumas máscaras sejam mais eficientes do que outras, o uso de máscaras é essencial, qualquer que seja”, disse o físico Fernando Morais, principal autor do estudo, à BBC News Brasil. NúmerosAs máscaras PFF2, equivalentes à N95, apresentaram nos testes a maior eficiência para todos os tamanhos de partículas. Segundo o estudo, esse tipo de máscara apresenta em torno de 98% de eficácia e foi considerada como referência para avaliação de desempenho de máscaras caseiras de tecido. O FQ foi apontado como bom. As máscaras cirúrgicas descartáveis têm eficiência de 89%, considerada “ótima” pela pesquisa, e um FQ bom. As máscaras caseiras de tecido não tecido (TNT) feitas de propileno, um tipo de plástico, mostraram uma eficiência média de 78% com um excelente FQ, podendo ser considerado o melhor material para a fabricação caseira de máscaras, de acordo com a pesquisa. O modelo de TNT SMS, mais uniforme e com três camadas, apresentou taxa média de 87%. Apesar disso, o material mais usado para máscaras caseiras é o algodão, que apresentou uma eficiência de filtração muito variável, entre 20% e 60%, com média de 40%, e com baixo FQ. Portanto, conclui a pesquisa, não se mostrou a melhor opção para a confecção de máscaras. O uso combinado de máscara de tecido por cima de uma máscara cirúrgica pode bloquear mais de 90% das partículas emitidas, segundo estudo apresentado em fevereiro pelos Centros de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDCs).Máscara PFF2, apontada como …
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revisou sua previsão para a inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), neste ano. Segundo o instituto, a taxa deve fechar o ano em 5,3%. A estimativa divulgada hoje (24) é superior à previsão anterior, de 4,6%. Segundo o Ipea, nos últimos meses houve mudança nos fatores de pressão sobre a inflação brasileira. Atualmente, o principal impacto na alta de preços vem dos itens monitorados, ou seja, produtos como gasolina, gás de botijão e medicamentos. A previsão de inflação dos monitorados para 2021 subiu de 6,8% para 8% na pesquisa divulgada hoje. O Ipea também revisou a estimativa para os grupos de bens industriais, de 3,8% para 4,3% em maio, e dos serviços livres, exceto educação, de 3,6% para 4%. A previsão para a inflação dos alimentos em domicílio foi mantida em 5% e da educação em 3,8%. A previsão para o INPC, que mede a inflação para famílias com renda de até cinco salários mínimos, subiu de 4,3% para 4,7%. Fonte: EBC
A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) recuou 1,6% na passagem de abril para maio deste ano e chegou a 67,5 pontos. Essa é a segunda queda consecutiva do indicador, que atingiu o menor patamar do indicador desde agosto de 2020 (66,2 pontos). O dado foi divulgado hoje (24) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Em relação a maio de 2020, a queda chegou a 17,3%. Esse é o 14º recuo do indicador neste tipo de comparação e o pior mês de maio da série histórica, iniciada em 2010. Na passagem de abril para maio, os sete componentes da ICF tiveram redução, com destaque para perspectiva profissional (-4,4%) e momento para a compra de bens duráveis (-3%). Na comparação com maio, também houve queda nos sete componentes, sendo as maiores deles na renda atual (-23,5%) e no momento para bens duráveis (24,7%). “De modo geral, ainda há muita desconfiança com relação à capacidade de recuperação econômica até o fim do ano. O mercado de trabalho vem amparando a resiliência do brasileiro, incentivando sua capacidade de consumo, mas mesmo as empresas encontram obstáculos. Até a imunização coletiva, não conseguiremos encerrar essa oscilação completamente”, afirma o presidente da CNC, José Roberto Tadros.
Estudo feito por pesquisadores brasileiros mostrou que pessoas que tiveram dengue têm mais propensão a desenvolverem sintomas da Covid-19, caso sejam contaminadas pela doença. A pesquisa, divulgada no último dia 6, é baseada na análise de amostras sanguíneas de 1.285 moradores da cidade de Mâncio Lima (AC), na região amazônica. O trabalho, coordenado pelo professor da Universidade de São Paulo (USP) Marcelo Urbano Ferreira, e financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de S. Paulo (Fapesp), foi publicado na revista Clinical Infectious Diseases. “Relatamos um risco aumentado de Covid-19 clinicamente aparente entre as pessoas da região amazônica com infecção prévia por dengue, com importantes implicações para a saúde pública”, diz a conclusão da pesquisa publicada. As amostras de sangue utilizadas no estudo foram coletadas em dois momentos e comparadas: em novembro de 2019 e novembro de 2020. O material foi submetido a testes capazes de detectar anticorpos contra os quatro sorotipos da dengue e também contra o novo coronavírus. “Por meio de análises estatísticas, concluímos que a infecção prévia pelo vírus da dengue não altera o risco de um indivíduo ser contaminado pelo SARS-CoV-2. Por outro lado, ficou claro que quem teve dengue no passado apresentou mais chance de ter sintomas uma vez infectado pelo novo coronavírus”, disse à Agência Fapesp, Vanessa Nicolete, pesquisadora do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, e uma das autoras do artigo.
A pandemia de Covid-19 está sendo perpetuada por uma “escandalosa desigualdade” na distribuição de vacinas, disse o chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, nesta segunda-feira (24). O diretor-geral da OMS pediu, na assembleia ministerial anual da organização, que os países doem vacinas ao programa Covax para imunizar 10% da população de todos os países até setembro e 30% até o fim do ano. O programa, das Nações Unidas, tem o objetivo de garantir que todos os países tenham acesso à vacinação. Tedros também pediu aos fabricantes de vacinas que comprometam 50% de seus volumes com o programa este ano. Fonte: EBC
Os países membros da UE devem estabelecer a partir de hoje até 9 de junho uma lista de países não europeus, cujos cidadãos poderão entrar livremente nos países do bloco, declarou o chefe da diplomacia francesa no domingo (23). “O objetivo é ter até 9 de junho esta lista, ou o mais rápido possível”, declarou Jean-Yves Le Drian ao programa “Le Grand Jury” da RTL, Le Figaro e LCI. Esta categoria “verde” facilitará vir à Europa “sem nenhuma dificuldade, exceto controles sanitários mínimos”, disse em mais detalhes.Será feita uma “lista laranja” que registrará os países cujos habitantes deverão ter recebido uma “vacina reconhecida” pela UE e uma “lista vermelha” que exigirá medidas ainda mais restritas, como é o caso da circulação das variantes da Covid-19, garantiu Le Drian.Esta “lista vermelha” inclui países como o Brasil, Argentina e a Índia. A medida se aproxima da temporada turística de verão e a UE se pôs em comum acordo na quarta-feira para autorizar a entrada de visitantes de terceiros países que tenham recebido as doses necessárias de vacinas anti-Covid autorizadas no continente europeu. Fonte: DP
A Índia se tornou nesta segunda-feira (24) o terceiro país a superar a marca de 300 mil mortes por Covid-19, depois de Estados Unidos e do Brasil, em meio a uma agressiva segunda onda da pandemia. Foram 4.454 óbitos nas últimas 24 horas, segundo dados do Ministério da Saúde indiano, o segundo maior número já registrado pelo país na pandemia (o recorde mundial foi registrado na terça). O país registrou mais de 57 mil mortes por Covid-19 nas últimas duas semanas, elevando o total de vítimas para mais de 303 mil. Os EUA têm 589 mil óbitos e o Brasil, 449 mil. A principal causa da tragédia indiana é a complacência do governo, que se recusou a adotar um lockdown nacional, liberou comícios políticos e festivais religiosos e permitiu que uma nova variante, a B.1.617, se espalhasse pela Índia e para todos os continentes. A Índia registrou também 222 mil novos casos, o menor patamar diário desde 15 de abril, mas a segunda onda de Covid-19 segue devastando o país há quase dois meses, com hospitais lotados e crematórios que não conseguem atender ao volume de corpos. São 26,7 milhões infectados desde o início da pandemia, atrás apenas dos EUA (33,1 milhões) e à frente do Brasil (16 milhões) e França (5,9 milhões). Apesar dos números astronômicos, há fortes indícios de subnotificação — sobretudo de mortes — no país. Especialistas acreditam que os números reais podem ser de cinco a dez vezes maiores. Causas da tragédia A principal causa da tragédia indiana é a complacência do governo, que chegou a falar em “fase final da pandemia” em março, quando o país chegou a registrar menos de 10 mil infectados e 100 mortes por dia. O governo do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, tem se recusado a adotar um lockdown nacional, ao contrário de 2020 (quando a primeira onda foi controlada com sucesso), e também liberou a realização de comícios eleitorais e festivais religiosos quando os casos já começavam a subir. Em meio a aglomerações, ao desrespeito a medidas de distanciamento e ao não uso de máscaras, novas variantes do coronavírus encontraram terreno fértil. Uma nova cepa do coronavírus, a B.1.617, foi descoberta em outubro de 2020 e levou meses para se proliferar pela Índia, mas agora já foi detectada em dezenas países de todos os continentes, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No dia 10, a OMS classificou-a como uma variante de “preocupação global” (veja no vídeo abaixo) e alertou para um risco de maior transmissibilidade e características que poderiam tornar as vacinas contra a Covid-19 menos eficazes. Fonte: G1
A pandemia de Covid-19 causou impacto no comércio do Brasil com outros países acima da média mundial. No ano passado, a corrente de comércio (soma de importações e exportações) brasileira recuou 8,2%, segundo levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), com base em números recentes da Organização Mundial do Comércio (OMC). A variação supera o encolhimento de 7,6% na corrente de comércio mundial em 2020. Em relação aos demais membros do G20 (grupo das 20 maiores economias do planeta), o cenário também não é melhor para o Brasil. No ano passado, a corrente de comércio entre os membros do grupo diminuiu 8% em relação a 2019. A retração na corrente de comércio brasileira resulta da queda de 7% na exportação e de 10% na importação no ano passado. O recuo nas vendas externas decorre da interrupção das cadeias de comércio e da queda do comércio internacional, principalmente nos primeiros meses da pandemia. Do lado das importações, o principal fator foi a desvalorização do real, que encareceu as mercadorias vindas do exterior. Apesar da diminuição do fluxo comercial, o Brasil manteve-se na 27ª posição no ranking de comércio mundial. No ano passado, o país deteve 1% de participação na movimentação global de exportações e importações. LiderançaEntre os países do G20, a China foi o único a registrar crescimento na corrente de comércio em 2020, refletindo a integração do país às cadeias globais de valor. Com crescimento de 4% nas exportações e de 1% nas importações, o país registrou uma corrente de US$ 4,6 trilhões no ano passado e viu a participação no comércio mundial subir de 12% para 13%, mantendo a liderança no ranking. Em segundo lugar no comércio mundial ficaram os Estados Unidos. Embora a corrente de comércio do país tenha encolhido, o país exportou e importou US$ 3,8 trilhões no ano passado e concentrou 11% do comércio mundial. A Alemanha fechou 2020 em terceiro lugar, com 7% do comércio global, e o Japão em quarto, com 4%. Em todo o planeta, também como reflexo da pandemia, o comércio de bens atingiu em 2020 o menor nível desde 2016, tendo toda a sua cadeia de valor afetada. A corrente de comércio somou US$ 35,4 trilhões, queda de 7,6% em relação a 2019. A exportação mundial caiu 7,5%, enquanto a importação recuou 7,6%. PerspectivasPara melhorar a integração do Brasil ao comércio global, a CNI defende políticas internas e externas. No plano interno, a entidade recomenda o avanço de reformas estruturais, principalmente a tributária, e a eliminação de gargalos que elevam o custo Brasil, como a modernização da infraestrutura. No plano externo, a agenda de comércio exterior engloba medidas de desburocratização, redução de tarifas, melhoria do financiamento e o fechamento de acordos comerciais para a redução de barreiras aos produtos brasileiros no exterior. De acordo com a CNI, a melhoria das exportações brasileiras depende também da recuperação econômica global no pós-pandemia. Para a entidade, é necessário que os principais parceiros comerciais do Brasil, como os Estados Unidos, a Europa e os demais países da …
Com a chegada da primeiras doses da vacina da Pfizer ao Brasil, após longo imbróglio do governo Bolsonaro, adolescentes de 16 a 18 anos do grupo de risco para a Covid-19 vislumbraram a possibilidade de retomar parte de suas rotinas, como ir à escola e até mesmo dar continuidade a tratamentos médicos. O imunizante é o único disponível no país com autorização para ser aplicado em pessoas a partir dos 16 anos. No entanto, o Ministério da Saúde e os governos estaduais ainda não incluíram os adolescentes dessa faixa etária nos grupos que podem se vacinar. Por isso, jovens com comorbidades e síndromes estão mobilizados para serem incluídos no calendário de vacinação. As famílias têm acionado a Defensoria Pública e Ministério Público de diversos estados para garantir o direito à imunização. “Quando as primeiras doses da Pfizer chegaram, eu tive uma esperança que há meses não sentia. Porque é a única vacina que minha filha poderia tomar no curto prazo, mas nunca houve menção de incluir essa faixa etária. É um grupo esquecido pelas autoridades”, conta Denise Crispim, 42. Ela é mãe de Sofia, que irá completar 16 anos no início de junho. A adolescente tem tetraplegia, o que compromete seriamente o sistema respiratório e a coloca em grave risco para a Covid-19. “Com o quadro de saúde da Sofia, se ela tivesse mais de 18 anos, nós já poderíamos tentar vaciná-la com as doses da xepa ou saber que seria vacinada até junho. Mas, por ser menor de idade, não temos qualquer previsão.” Enquanto isso, Sofia segue em rigoroso isolamento em casa. Ela não frequenta as aulas presenciais que foram retomadas na escola particular onde estuda. Também está desde o início da pandemia sem fazer fisioterapia, o que tem causado dores em todo o corpo. “Há uma preocupação da sociedade em voltar com as aulas presenciais para retomar a vida dos jovens, mas ninguém olha para os adolescentes com deficiência. É mais uma exclusão, mais uma situação de invisibilidade”, diz Crispim. Para especialistas, adolescentes com comorbidades e síndromes têm risco tão grande de desenvolver casos graves da doença como o de outras faixas etárias e deveriam ter prioridade na vacinação. Segundo eles, o que impede a imunização do grupo não é só a baixa disponibilidade de doses no país, mas, principalmente, a falta de organização das autoridades de saúde para distribuir o imunizante. Caio Bruzaca, geneticista do Instituto Jô Clemente, organização que promove a saúde de pessoas com deficiência intelectual, diz que um planejamento eficiente e responsável teria buscado formas de priorizar essa faixa etária para receber o imunizante da Pfizer, já que é o único aprovado para o grupo. Atualmente, as doses da Pfizer só estão disponíveis para aplicação nas capitais do país. Como o imunizante precisa ser conservado em temperaturas muito baixas, entre -40ºC a -70ºC, há dificuldade em levá-lo para outros municípios, como ocorre com os da AstraZeneca ou da Coronavac. “O Ministério da Saúde pode argumentar que não incluiu os adolescentes por princípio de isonomia, …
O Ministério da Saúde autorizou o funcionamento de mais 650 leitos de unidades de Terapia Intensiva (UTI) adulto e 14 leitos de UTI pediátrica para tratamento de pacientes graves de Covid-19. A autorização foi dada na sexta-feira (21) e divulgada neste domingo (23) pela pasta. Segundo o ministério, a autorização tem caráter excepcional e temporário e visa apoiar os estados e municípios durante a pandemia. Foram contemplados municípios nos estados do Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Com isso, o governo federal vai repassar quase R$ 32 milhões por mês para a manutenção dos novos leitos. As secretarias estaduais e municipais de saúde têm autonomia para disponibilizar e financiar os leitos, mas o Ministério da Saúde disponibiliza recursos adicionais e auxílio técnico para o enfrentamento da doença, diante do atual cenário de emergência. Segundo a pasta, apenas neste ano já foram autorizados cerca de 23 mil leitos de UTI covid-19, com valores totais de R$ 2,33 bilhões. De acordo com a pasta, as autorizações são dadas após análise de critérios como a curva epidemiológica do coronavírus na região, a estrutura para manutenção e funcionamento da unidade intensiva e o corpo clínico para atuação em UTI.
A última semana de maio começa com previsão de muito sol ao longo dos próximos dias. O Climatempo estima que a segunda-feira (24) será de sol com algumas nuvens. A máxima fica na casa dos 34°C e a mínima, em 20°C. A população do Vale precisa estar atenta aos cuidados básicos para enfrentar as altas temperaturas. Não esqueça de utilizar protetor solar, evitar exposição solar das 10h às 16h e mantenha-se hidratado. Fonte: Waldiney Passos
Um estudo divulgado pela Agência Pública de Saúde da Inglaterra (PHE) chegou a conclusão que as vacinas da Pfizer/BioNTech e da AstraZeneca/Oxford são quase tão eficazes contra a variante indiana, quanto foram em relação a variante britânica. A pesquisa foi feita entre 5 de abril e 16 de maio e obteve os seguintes números. A vacina Pfizer/BioNTech mostrou-se 88% eficaz contra a forma sintomática da variante indiana duas semanas após a segunda dose e 93% em relação à inglesa. Nesse mesmo intervalo, a vacina AstraZeneca apresentou uma eficácia de 60% contra a indiana e 66% contra a inglesa. Os números podem ser um alento, já que a maior preocupação mundial no momento é a possível 3ª onda, provocada justamente pela variante indiana. Fonte: Waldiney Passos
As notificações por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) aumentaram, informa o Boletim Observatório Covid-19, divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Os casos de SRAG são responsáveis por incidências graves de doenças respiratórias, que demandam hospitalização ou levam a óbito. São atualmente, em grande parte, devido a infecções por Sars-CoV-2. Conforme o boletim, outro dado preocupante é que, pela primeira vez no Brasil, a mediana da idade de internações em unidades de terapia intensiva (UTIs) de todo o país ficou abaixo de 60 anos. O ano de 2021 vem, a cada semana, apresentando rejuvenescimento da pandemia, alertam os pesquisadores. “Diferentemente das últimas semanas, mais da metade dos casos de internação hospitalar e internação em UTI ocorreram entre pessoas não idosas. Em relação aos óbitos, embora a mediana ainda seja superior a 60 anos, ao longo deste ano, houve queda num patamar de 10 anos. Os valores de mediana de idade dos óbitos foram, respectivamente, 73 e 63 anos”, diz o boletim. Thank you for watching A análise comparou a Semana Epidemiológica 1 (3 a 9 de janeiro) e a 18 (2 a 8 de maio) de 2021 e verificou que a mediana da idade das internações hospitalares (idade que delimita a concentração de 50% dos casos) foi de 66 anos na SE 1 para 55 anos na SE 18. Já a mediana de idade de internações em UTI foi de 68 anos na SE 1 para 58 anos na SE 18. Fonte: Edenevaldo Alves
A partir das 10h de hoje (24), o contribuinte que entregou a Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física no início do prazo saberá se vai receber dinheiro do Fisco ainda este mês. Nesse horário, a Receita Federal libera a consulta ao primeiro dos cinco lotes de restituição de 2021. Será o maior lote de restituição da história, tanto em valor desembolsado quanto em número de contribuintes. Ao todo, 3.446.038 contribuintes receberão R$ 6 bilhões. Desse total, R$ 5.548.337.897,41 serão pagos aos contribuintes com prioridade legal, sendo 96.686 idosos acima de 80 anos, 1.966.234 entre 60 e 79 anos, 127.783 contribuintes com alguma deficiência física, mental ou doença e 891.421 contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério. O restante do lote será destinado a 263.914 contribuintes não prioritários que entregaram declarações de exercícios anteriores até 28 de fevereiro deste ano. O dinheiro será pago em 31 de maio. A consulta pode ser feita na página da Receita Federal na internet. Basta o contribuinte clicar no campo “Meu Imposto de Renda” e, em seguida, “Consultar Restituição”. A consulta também pode ser feita no aplicativo Meu Imposto de Renda, disponível para os smartphones dos sistemas Android e iOS. A consulta ao site permite a verificação de eventuais pendências que impeçam o pagamento da restituição – como inclusão na malha fina. Caso uma ou mais inconsistências sejam encontradas na declaração, basta enviar uma declaração retificadora e esperar os próximos lotes. Calendário Inicialmente prevista para terminar em 30 de abril, o prazo de entrega da Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física passou para 31 de maio por causa da segunda onda da pandemia de covid-19. Apesar do adiamento, o calendário original de restituição foi mantido, com cinco lotes a serem pagos entre maio e setembro, sempre no último dia útil de cada mês. A restituição será depositada na conta bancária informada na Declaração de Imposto de Renda. Se, por algum motivo, o crédito não for realizado, como no caso de conta informada desativada, os valores ficarão disponíveis para resgate por até um ano no Banco do Brasil. Nesse caso, o cidadão pode reagendar o crédito dos valores de forma simples e rápida pelo Portal BB, ou ligando para a Central de Relacionamento BB por meio dos telefones 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos). Fonte: EBC
A testagem para detectar a Covid-19 é uma das principais ferramentas de contenção da pandemia. Com o diagnóstico correto e em tempo devido, pessoas são capazes de tomar restrições que as impeçam de disseminar o vírus. Em Pernambuco, a testagem para detectar a doença registrou um aumento de 463% no processamento de testes no Laboratório Central de Saúde Pública do Estado (Lacen-PE), quando comparado o pico da pandemia em 2020 (maio) com os primeiros 20 dias de maio de 2021. Enquanto naquele mês do ano passado, foram 22.582 amostras analisadas pelo laboratório, que é a principal referência na rede pública de Saúde, agora, o Estado já computa 85.992 exames processados no Lacen. Fazendo o comparativo entre a média de exames processados diariamente, quando Pernambuco vivenciava o primeiro pico da pandemia, em maio de 2020, o Lacen tinha capacidade para analisar 730 testes por dia. Atualmente, o número gira em torno de 4.300 exames processados diariamente – um aumento de 490%. O Laboratório recebe amostras de toda a rede pública, da rede conveniada e também de alguns serviços privados. Este aumento possibilitou a constante ampliação no público prioritário para a testagem, que, em maio de 2020 era destinada apenas aos casos graves internados em unidades hospitalares e, atualmente, pode ser acessada, gratuitamente, para as pessoas com sintomas sugestivos da Covid-19, independente de leve ou grave, e os contatos de casos confirmados, mesmo que assintomáticos. De acordo com a secretaria de Saúde de Pernambuco, a ampliação da testagem no Lacen-PE, juntamente com a maior oferta de testes rápidos de antígeno, tanto nas redes públicas municipais, como nos serviços privados, inclusive farmácias, contribui para o aumento no registro diário de novos casos em Pernambuco, que registrou, nesta sexta-feira (21), 3.969 casos.
Após dizer ao jornal francês Paris Match que será candidato em 2022, o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT) ressaltou que a decisão ainda não está tomada. “Eu ainda não decidi se sou candidato, posso ser candidato, tenho que ter responsabilidade para tomar minha decisão”, afirmou em entrevista à rádio Tupi, na manhã desta sexta-feira (21). Lula ainda afirmou que se “se for candidato, serei para ganhar”. As primeiras pesquisas com possíveis cenários para 2022 apontam a liderança de Lula nas intenções de voto. Na pesquisa Exame/ Ideia divulgada nesta sexta-feira (21) Lula tem 45% das intenções de voto contra 37% do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em um eventual segundo turno. Já na pesquisa Datafolha, Lula está 18 pontos percentuais à frente de Bolsonaro no primeiro turno e 23 no segundo. O petista avaliou, durante a entrevista, que a opção dos brasileiros nesta eleição deve ser a de retirar Bolsonaro do poder. “Não se trata se o Lula vai vencer ou não Bolsonaro. O povo brasileiro vai derrotar o Bolsonaro. Vai fazer uma opção pela democracia, por alguém que seja humanista, que gosta de paz e não de guerra, que não faça discurso de ódio 24 horas por dia”, afirmou. Questionado sobre a formação de uma frente ampla de esquerda, Lula disse que a intenção sempre foi a de não se restringir aos eleitores da esquerda. “Eu quero falar com todos os milhões de brasileiros para que essa pessoas assumam a responsabilidade de recuperar o Brasil”, disse. Lula ainda analisou a opção do ex-ministro Ciro Gomes (PDT) de fazer oposição a ele nas eleições. “Acho que o companheiro Ciro Gomes está equivocado, mas eu não vou ficar dando conselho para o Ciro. Que ele tenha mais sorte do que teve nas outras eleições”, disse. Lula e Ciro trocaram farpas, nesta quarta-feira (19), pelo Twitter. Lula disse que “adoraria” dizer que Ciro Gomes é seu amigo, “mas infelizmente ele não quer”. Em resposta, o pedetista disse que Lula é “o responsável pela tragédia do desastrado Bolsonaro”. Fonte: Nill Junior
Com os registros, 444.094 vidas foram perdidas para a doença no país. Quanto ao total de casos, o Brasil registra 15.849.094 desde o início da pandemia. Ainda há 3.712 falecimentos em investigação. O termo é empregado pelas autoridades de saúde para designar casos em que um paciente morre, mas a causa segue sendo apurada mesmo após a declaração do óbito. Fonte: DP
A curva de mortes em função da pandemia do novo coronavírus continuou sua trajetória de queda, enquanto a de casos voltou a subir em percentuais pequenos semana após semana. É o que mostra o novo boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, que analisa a Semana Epidemiológica 19, de 9 a 15 de maio. Nesta semana, foram registradas 13.399 mortes, enquanto na semana anterior o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde trouxe 14.879 vidas perdidas para a pandemia do novo coronavírus. O resultado representa uma queda de 10% entre as duas semanas epidemiológicas. Especialistas consideram as variações até 15% como quadros de estabilidade. Na semana anterior a redução havia sido de 12%. A média móvel de mortes (total de vidas perdidas durante a semana dividida pelo número de dias) na SE 19 baixou dos 2 mil, ficando em 1.914. A curva de mortes durante a pandemia segue o movimento de reversão da tendência de alta da 2ª onda registrada neste ano, iniciada por um aumento intenso a partir do fim do mês de fevereiro. A inflexão teve início na semana epidemiológica 14, na 1ª quinzena de abril. Os boletins epidemiológicos do Ministério da Saúde sobre o coronavírus reúnem a avaliação da pasta sobre a evolução da pandemia, considerando as semanas epidemiológicas, tipo de mediação empregada por autoridades de saúde para essas situações. A semana epidemiológica é um recorte temporal adotado por autoridades de saúde para analisar esses movimentos. O número de novos casos aumentou 5%. Na SE 19 foram registrados 440.655 novos diagnósticos positivos da covid-19, contra 419.904 na semana anterior. A média móvel de casos ficou em 62.951. O resultado da SE 18 marcou um avanço na tendência de reversão do movimento de queda da curva de casos, já iniciada na semana anterior. A redução dos novos diagnósticos positivos de covid-19 foi iniciada em março, apenas com um revés na SE 13. Estados Conforme o boletim epidemiológico, o número de estados com aumento nos novos casos ficou em nove na semana epidemiológica 19, 10 ficaram estáveis e oito tiveram redução. As maiores ampliações se deram no Rio Grande do Norte (191%) e Pará (24%). Já as quedas mais intensas ocorreram no Amapá (-20%) e Rio de Janeiro (-21%). Quando consideradas as mortes, o número de estados com acréscimo das curvas foi de seis, quatro ficaram estáveis e 16 mais o DF tiveram redução em relação ao balanço da semana anterior. Os aumentos mais expressivos aconteceram em Pernambuco (14%) e Rio Grande do Norte (13%). As quedas mais efetivas foram registradas no Paraná e Tocantins (-33%) Mundo A Índia permanece na frente como país com mais novas mortes. Lá foram registrados 27.937 novos óbitos. O Brasil mantém a 2ª colocação. Em seguida vêm Estados Unidos (4.093), Colômbia (3.421) e Argentina (3.211). Quando considerados números absolutos, o Brasil segue na 2ª posição, atrás dos Estados Unidos (585.708). A Índia também é a campeã em novos casos, tendo 2.387.996 na semana analisada. O Brasil ocupou a 2ª colocação no ranking de casos, seguido por Estados Unidos (237.017), Argentina (154.777) …
A Pfizer entrou com pedido na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para obter uma autorização de flexibilização do armazenamento de sua vacina contra a covid-19 após o descongelamento. O imunizante já é aplicado no Brasil. Até o momento, a vacina da Pfizer tem permissão para ser armazenada nas temperaturas de 2º Celsius a 8ºC por até cinco dias. Contudo, a farmacêutica apresentou estudos que apontariam a estabilidade da substância quando guardada nesta condição por mais tempo. O comunicado da Anvisa sobre o pedido não detalha, contudo, durante qual prazo seria possível o armazenamento nessas temperaturas. A previsão da agência é que a análise seja feita até a próxima semana. De acordo com a autorização da Anvisa, a conservação da vacina pode ser feita por até duas semanas nas temperaturas entre -15ºC e -25ºC. Além deste período, é necessário garantir os recipientes em congelamento de -60ºC a -90ºC. Em audiência pública da Comissão Externa da Câmara dos Deputados de Enfrentamento da Pandemia nesta semana, o secretário executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, afirmou que a mudança é importante diante da dificuldade de cidades brasileiras disporem de estrutura para armazenar a vacina. Fonte: EBC
O novo coronavírus ainda era uma nova ameaça quando a família do Issao Aoyama, de 62 anos, foi infectada. Moravam juntos ele, a esposa e a filha de 34 anos. Todos eles perderam o olfato e o paladar. “Os médicos na época não sabiam que isto era sintoma de Covid. Não tivemos tosse e nariz com coriza, mas a garganta ardia e não tínhamos olfato e paladar. Passamos dias assim. Mas um dia [2 de maio de 2020] meu marido acordou cansado, com tontura e febre de 40 graus. Então o meu filho [que não morava junto] levou o pai no Pronto Socorro de Cambé [município da Região Metropolitana de Londrina-PR] e achávamos que era dengue. A médica falou que ele não tinha sintomas de gripe. Fizeram vários exames. Ele também não estava comendo muito bem. No pronto socorro ficou tomando soro. E então isolaram meu marido, porque a radiografia do pulmão não estava boa e então acharam que era Covid”, relata a viúva Silma de Fátima Branco Ayoama, de 63 anos. “Ainda no dia 2 meu marido foi encaminhado para a Santa Casa de Cambé, e no dia 3 foi transferido para o Hospital Universitário de Londrina. Ele estava bem, mas no dia 4, às 3 horas de madrugada, piorou e foi entubado. Daí continuou entubado até dia 6 de maio. Foi quando morreu”. Assim como Silma, mais de 400 mil pessoas no Brasil ficaram viúvas, viúvos ou órfãos devido à morte de familiares por Covid-19. De acordo com dados da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), que representa os cartórios, 2020 foi o ano com maior mortalidade de pessoas no país. No total, 1,4 milhão de pessoas morreram no último ano, dessas 194.949 foram vítimas da covid em 2020. De acordo com os dados da Assessoria de Comunicação Social do Instituto Nacional de Seguridade Social, em 2018 foram concedidas 373.015 pensões, em 2019 foram 428.512 e em 2020 foram 416.341 pensões por morte concedidas. A advogada Carla Benedetti, mestre em Direito Previdenciário pela PUC-SP, ressalta que, embora os números de 2020 sejam menores, houve um aumento crescente. “Houve um aumento considerável deste número a partir de agosto de 2020, quando o país contava com aproximadamente 100 mil mortes, mas insta salientar que as concessões, em regra, são finalizadas meses após o requerimento do pedido. Portanto, estes pedidos foram realizados alguns meses anteriores a agosto, para que o volume fosse cada vez mais frequente”. A advogada é autora do livro ‘Aposentadoria da pessoa com deficiência sob a visão dos Direitos Humanos’ e coordenadora da pós-graduação em Direito Previdenciário. A advogada frisa que, para se ter uma estimativa sobre o aumento do número de concessões de pedidos de pensão por morte e que, provavelmente, possuem relação com o número de mortes em razão da pandemia, enquanto em dezembro de 2019, houve a concessão de 34.246 pedidos, em dezembro de 2020 este número saltou para 53.202. “O mesmo cenário ocorre em janeiro de 2019, quando foram concedidos 30.199 pensões por …
Mais de 30 mil pescadores artesanais perderam a licença após auditoria realizada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento encontrar diversas irregularidades. Os motivos do cancelamento dos registros profissionais de pesca vão desde a falta de processo administrativo de concessão da licença, endereço de IP de estado diferente do local do registro do pescador, até informações incompletas. Para se regularizar, o pescador tem um prazo de até 10 dias úteis, a partir do dia 24, para recorrer da decisão. Pescar sem licença resulta em multa e os valores podem variar de acordo com a legislação de cada estado. O pescador com a licença registrada tem direito ao Seguro Defeso. O benefício é pago pelo INSS ao pescador na época da piracema, quando a pesca está proibida em função do ciclo reprodutivo dos peixes. O Ministério da Agricultura espera uma economia anual de R$140 milhões com os cancelamentos, considerando o pagamento do Seguro Defeso de um salário-mínimo, em média, por quatro meses. Fonte: EBC
Três colegiados da Câmara dos Deputados promovem na próxima sexta-feira (28) uma discussão sobre a detecção e o tratamento do câncer de mama no Brasil. A reunião será promovida pelas comissões dos Direitos da Pessoa Idosa; de Seguridade Social e Família; e dos Direitos da Mulher; e ocorre no Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher. “A despeito da variedade e da relevância de inúmeras outras temáticas inseridas na saúde da mulher, entende-se que a patologia do câncer de mama merece destaque”, afirmam as deputadas Silvia Cristina (PDT-RO) e Flávia Morais (PDT-GO), no requerimento em que sugeriram o debate. Elas ressaltam que, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de mama é o tipo que mais acomete as mulheres no País (excluídos os tumores de pele não melanoma). Os dados mostram que a incidência da doença aumenta em mulheres a partir dos 40 anos. A partir dos 60 anos, o risco é dez vezes maior, contrariando a ideia equivocada de que a ocorrência de câncer de mama é menor em mulheres idosas. As parlamentares lembram que, em todas as faixas etárias, o diagnóstico precoce e o tratamento em tempo adequado continuam sendo as medidas mais eficientes contra a doença. Pandemia e prevençãoElas alertam ainda para a dificuldade de detecção e tratamento do câncer de mama durante a pandemia causada pelo novo coronavírus. Segundo elas, dados do Sistema Único de Saúde (SUS) revelam queda de 84% no número de mamografias feitas durante a pandemia, em comparação com o mesmo período de 2019. Por outro lado, o Inca estima o surgimento de mais de 66 mil novos casos da enfermidade por ano até 2022, só no Brasil. “O diagnóstico no Brasil já costuma ser bastante problemático, já que cerca de 60,5% dos pacientes recebem confirmação de câncer em estádios avançados”, lamentam Silvia Cristina e Flávia Morais. No SUS, segundo elas, a jornada da paciente com câncer de mama continua sendo desafiadora. DebatedoresForam convidados para discutir o assunto, entre outros:– uma representante do Inca;– uma representante da Secretaria de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde;– uma representante da Sociedade Brasileira de Oncologia. A audiência será realizada no plenário 14, a partir das 9 horas. Os interessados poderão acompanhar o debate pelo portal e-Democracia, inclusive enviando perguntas aos convidados. Fonte: Agência Câmara de Notícias
A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Pernambuco (Abrasel-PE) criticou a nova prorrogação de restrições do Plano de Convivência com a Covid-19, anunciada pelo Governo do Estado, nessa quinta-feira (20). O novo decreto estende as medidas restritivas até 6 de junho. Com isso, bares e restaurantes seguem com funcionamento permitido entre 10h e 20h durante a semana e das 9h às 17h ou das 10h às 18h nos finais de semana. Para a Abrasel-PE, a decisão do Governo de Estado de prorrogar as medidas restritivas ‘condena o setor a uma espécie de lockdown, tornando a sobrevivência dos estabelecimentos cada vez mais difícil’. A associação afirma que a prorrogação era esperada diante do atual percentual de ocupação de leitos no Estado – o último boletim, de quinta-feira, indica 91% de taxa média na rede pública e 85% na rede privada. O presidente da Abrasel em Pernambuco, André Luiz Araújo, afirma que o horário de funcionamento estabelecido não atende à demanda de clientes. “Manter uma empresa funcionando durante poucas horas por dia não gera os resultados necessários para tornar o negócio viável, as contas não fecham. Sabemos que os índices estão altos há quase dois meses”, diz André. A expectativa do setor é de abertura de mais leitos hospitalares. “Essa é a forma do percentual de ocupação diminuir para que as flexibilizações que nós precisamos para sobreviver sejam retomadas”, completou o presidente. Por meio de nota, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco informou que “os dados epidemiológicos não permitem ampliar o funcionamento das atividades econômicas em Pernambuco, inclusive o de bares e restaurantes”. Segundo a pasta, o diálogo com os setores segue em andamento para “buscar possibilidade seguras de funcionamento da economia em todo o Estado”. Confira a nota na íntegra: O Governo de Pernambuco informa que os dados epidemiológicos não permitem ampliar o funcionamento das atividades econômicas em Pernambuco, inclusive o de bares e restaurantes. O diálogo com os setores produtivos segue permanente, na busca por possibilidades seguras de funcionamento da economia em todo o Estado. Vale ressaltar que o plano de convivência das atividades econômicas com a Covid-19 é dinâmico e, em análise dos dados da pandemia, pode flexibilizar ou aumentar as restrições. Fonte: Folha-PE
Oito estados apresentam crescimento de síndrome respiratória grave, segundo boletim InfoGripe da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) divulgado nesta sexta-feira (21). A incidência de doenças respiratórias, que, em casos graves, leva à hospitalização ou à morte se deve, em grande parte a infecções de covid-19, ressalta a fundação. Os estados são Amazonas, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná, Tocantins e Rio de Janeiro, além de Distrito Federal. A análise se refere ao período de 9 a 15 de maio. O boletim aponta “indícios de interrupção da tendência de queda” na Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo. Já Minas Gerais e Piauí demonstram tendência de estabilização. Mesmo com redução ou estabilidade de casos, os números ainda são muito altos, conforme destaca a Fiocruz. “É importante ter redução sustentada de número de casos para uma recomposição do sistema de saúde, inclusive com vistas a reduzir a taxa de ocupação de leitos”, afirmou o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, por meio de nota. “Diversos desses estados ainda estão com valores similares ou até mesmo superiores aos picos observados ao longo de 2020. Tais estimativas reforçam a importância da cautela em relação a medidas de flexibilização das recomendações de distanciamento para redução da transmissão de covid-19, enquanto a tendência de queda não tiver sido mantida por tempo suficiente para que o número de novos casos atinja valores significativamente baixos”, completou Gomes. A Fiocruz frisou o risco da retomada de atividades, que pode levar à interrupção da queda de casos ainda em um patamar fora do cenário de segurança, destacando que o pico de casos neste ano foi superior ao pico no ano passado em diversos estados. “Tal situação, caso ocorra, não apenas manterá o número de hospitalizações e óbitos em patamares altos como também manterá a taxa de ocupação hospitalar em níveis preocupantes, impactando todos os atendimentos, não apenas aqueles relacionadas à síndromes respiratórias e covid-19”, relata o boletim. Entre as capitais, Cuiabá, Curitiba, Florianópolis, Manaus, Palmas e Porto Alegre sinalizam tendêndia de crescimento de casos a longo prazo.
Muitos estados, que tiveram redução do número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) nas semanas anteriores, apresentam tendência de reversão ou aumento. O alerta é dado pelo novo Boletim InfoGripe, divulgado hoje (21) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Os dados se referem à Semana Epidemiológica (SE) 19, que compreende o período de 9 a 15 de maio. De acordo com o boletim, a incidência de doenças respiratórias, que demandam hospitalização ou até mesmo resultam em óbitos, nos casos de maior gravidade, se deve em grande parte, atualmente, a infecções por Sars-CoV-2, o novo coronavírus, que causa a covid-19. Todas as regiões do país encontram-se na zona de risco, com ocorrência de casos muito alta. A análise mostra que oito das 27 unidades da Federação apresentam sinal de crescimento. É o caso do Amazonas, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná, Tocantins, Distrito Federal e Rio de Janeiro. Entre os demais, há indícios de interrupção da tendência de queda na Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo. Foi verificada também tendência de estabilização em Minas Gerais e Piauí, embora os indícios não sejam muito claros nos dois estados. No Ceará e Pará, foi detectada probabilidade de queda dos casos de 95% no longo prazo, que envolve em torno de seis semanas; já no Amapá, Acre, Roraima e Rondônia, a possibilidade de redução de casos no longo prazo é de 75%. No curto prazo, estimado em três semanas, a tendência se mantém no mesmo percentual para Acre, Rondônia e Roraima, enquanto no Pará e no Ceará, o percentual de possível queda do número de casos passa também para 75%. Nesse cenário de curto prazo, a tendência no Amapá é de estabilidade no número de casos. Pressão O pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, advertiu que boletins anteriores já sinalizavam que, apesar de redução ou estabilidade, os números de casos ainda permaneciam muito elevados em alguns estados, o que demonstrava pressão sobre o sistema de saúde. Ponderou que é importante “ter redução sustentada de número de casos para uma recomposição do sistema de saúde, inclusive com vistas a reduzir a taxa de ocupação de leitos”. Marcelo Gomes destacou que desde a atualização da semana 14, alguns estados mantêm valores similares ou até mesmo superiores aos picos observados ao longo de 2020. “Tais estimativas reforçam a importância da cautela em relação a medidas de flexibilização das recomendações de distanciamento para redução da transmissão de covid-19, enquanto a tendência de queda não tiver sido mantida por tempo suficiente para que o número de novos casos atinja valores significativamente baixos”. Em função da elevação dos casos, os pesquisadores da Fiocruz alertam que a retomada das atividades de maneira precoce pode levar a um quadro de interrupção da queda ainda em valores muito distantes de um cenário de segurança. “Tal situação, caso ocorra, não apenas manterá o número de hospitalizações e óbitos em patamares altos, como também manterá a taxa de …
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou, hoje (21), que a União Europeia pretende doar ao menos 100 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 para países de baixa e média renda até o fim de 2021. O anúncio foi feito esta manhã, durante a abertura da Cúpula Global de Saúde do G20, da qual participam, remotamente, representantes dos países que integram o G20 (grupo das 20 maiores economias mundiais) e de organismos multilaterais, como a Organização Mundial de Saúde (OMS) e Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. E no qual o governo chinês prometeu doar US$ 3 bilhões a países em desenvolvimento. Ursula confirmou a intenção da Comissão Europeia em sua conta pessoal no Twitter, onde classificou a realização da cúpula como um “novo capítulo na história da saúde pública global”. Organizado pelo governo italiano, que, atualmente, preside o G20, e pela Comissão Europeia, o evento propõe que os líderes globais discutam maneiras de garantir que as vacinas contra a covid-19 cheguem rapidamente a todo os países. Não à toa, pedidos por mais cooperação e solidariedade deram o tom dos discursos de abertura do evento. Em resposta, a China prometeu conceder, nos próximos três anos, mais US$ 3 bilhões para iniciativas que ajudem os países em desenvolvimento a lutar contra a covid-19 e superar a crise econômica decorrente da pandemia. Além disso, o presidente Xi Jinping se comprometeu a apoiar os laboratórios farmacêuticos chineses a transferirem conhecimento tecnológico para outros países e, “na medida de nossas possibilidades”, oferecer mais vacinas ao restante do globo. Xi Jinping assegurou que a China já forneceu mais de 300 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 para outros países e já se manifestou favorável para discutir a possível quebra de patentes dos imunizantes. “Apoiaremos a Organização Mundial do Comércio e outras organizações internacionais a tomar uma decisão a respeito [deste assunto] com a maior brevidade possível”, garantiu o presidente chinês antes de propor a criação de um foro de cooperação internacional para “explorar formas de promover a distribuição equitativa e razoável das vacinas”. Ao discursar, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, destacou que pessoas continuarão a morrer em todo o globo enquanto a disparidade em termos de distribuição de vacinas persistir. “O rápido desenvolvimento das vacinas é um triunfo da ciência, mas a distribuição desigual é um fracasso para a humanidade”, afirmou Adhanon, enfatizando que a pandemia só será superada quando todos os países tiverem “as ferramentas para impedi-la”, o que, além dos imunizantes, exige outras medidas sanitárias. Fonte: EBC
A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados realizará audiência pública na próxima terça-feira (25) para discutir o andamento dos processos de adoção no Brasil, especialmente durante a pandemia. O debate foi proposto pela deputada Leandre (PV-PR), em alusão ao Dia Nacional da Adoção, comemorado em 25 de maio. “A adoção é um ato de amor. No entanto, a burocracia para adotar uma criança ou um adolescente permanece grande. E agora, quando o País atravessa o período de uma pandemia, o isolamento social provoca a diminuição no ritmo da prestação de serviços em geral.”, enfatiza Leandre. Ela destaca que há dificuldade em se dar prosseguimento dos processos já em andamento, mas que podem ser vistos casos isolados em que o sistema de adoção no Brasil funcionou mais rapidamente e levou em conta os direitos das crianças. “Varas da infância, serviços sociais e serviços de acolhimento estiveram muito mais empenhados na busca de lar para crianças. Os estágios de convivência para adoção foram agilizados. Essa situação e as boas práticas adotadas merecem ser consideradas”, afirma a deputada, lembrando que, inclusive, a Secretaria Nacional de Assistência Social lançou nota com orientações sobre o acolhimento de crianças e adolescentes durante a pandemia. Leandre ressalta ainda o fato de que no Brasil o número de interessados em adotar é bem maior do que o de crianças e adolescentes à espera de adoção. “Há 40 mil pessoas na fila esperando para adotar uma criança, e há menos de 4 mil crianças para serem adotadas, sendo esta mais uma razão para termos este importante debate, colocar luz sobre o tema e apresentar saídas legislativas e operacionais para potencializar as adoções em nosso país”, conclui. ConvidadosForam convidados para discutir o assunto:– o representante do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) André Tuma Delbim Ferreira;– a secretária nacional da Família do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Ângela Gandra;– o secretário especial de Programas, Pesquisas e Gestão Estratégica do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Marcus Lívio Gomes;– o coordenador da Comissão de Promoção e Defesa da Criança e do Adolescente do Colégio Nacional de Defensores Públicos Gerais (Condege), Rodrigo Azambuja Martins; e– a presidente da Associação Nacional de Grupos de Apoio a Adoção, Sara Vargas. A audiência está marcada para as 15h30, em local a ser definido. O debate será interativo e poderá ser acompanhado pelo portal e-Democracia. Os interessados poderão enviar perguntas, críticas e sugestões aos participantes. Fonte: Agência Câmara de Notícias