Cerca de 44,2 milhões de suínos foram abatidos no Brasil no ano passado. O volume é recorde na série histórica da pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), iniciada em 1997. De acordo com os dados divulgados hoje (14), houve crescimento de 3,4% em relação a 2017. O abate cresceu em 19 das 26 unidades da Federação pesquisadas. Houve aumentos em locais como Mato Grosso do Sul (mais 296,4 mil cabeças), Rio Grande do Sul (mais 194,72 mil) e São Paulo (mais 181,64 mil). Santa Catarina manteve a liderança no abate de suínos em 2018, com 26,2% da participação nacional, seguida pelo Paraná (21%) e o Rio Grande do Sul (18,6%). O abate de bovinos também fechou 2018 com crescimento (3,4%). No total, foram abatidos 31,9 milhões de animais. Já o abate de frangos teve queda de 2,5% em 2018, a segunda redução consecutiva do indicador. Ovos Outro segmento agropecuário com recorde em 2018 foi a produção de ovos, que fechou o ano com 3,6 bilhões de dúzias, um aumento de 8,6% em relação a 2017 e o maior resultado desde o início da pesquisa, em 1987. A aquisição de leite pelas unidades beneficiadoras do produto (24,45 bilhões de litros) manteve-se relativamente estável, com crescimento de apenas 0,5% em relação a 2017. Já a aquisição de couro por curtumes nacionais cresceu 3% em relação a 2017.
Nos protestos que há um ano cobram a solução do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, a pergunta “quem matou?” esteve sempre junta de “quem mandou matar?”. Ao prenderem dois suspeitos nesta semana, a Polícia Civil e o Ministério Público apresentaram sua resposta para a primeira. A identidade de possíveis mandantes é uma das perguntas que vão guiar a segunda fase da investigação, que já está em curso. O chefe da Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro, delegado Giniton Lages, deixou claro ontem que as equipes continuam a apuração de outros suspeitos de envolvimento no crime. Apesar de apenas dois mandados de prisão terem sido cumpridos na última terça (12), contra o policial militar reformado Ronnie Lessa, suspeito de atirar, e o ex-PM Élcio Vieira de Queiroz, suspeito de dirigir o Colbalt que seguiu Marielle, os policiais civis cumpriram 34 mandados de busca e apreensão. Um dia depois, mais 16 mandados de busca foram cumpridos e cinco pessoas prestaram depoimento, sendo um bombeiro, dois policiais militares e dois empresários. “O caso ainda está em aberto”, resumiu Giniton Lages, ao apresentar os resultados da investigação na última terça, após um ano de sigilo. O segredo em relação aos dados da investigação vai continuar na segunda fase, adiantou ele, que não descartou a possibilidade de os assassinos terem agido por conta própria. “Se ele [Ronnie Lessa] resolveu da cabeça dele, é uma hipótese, está em aberto. Se ele recebeu para fazê-lo, está em aberto. Por isso que a segunda fase é muito difícil”. Ontem, o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, disse haver grande probabilidade de que os assassinos tiveram um mandante e informou que a segunda fase contará com técnicas de investigação próximas das usadas contra organizações criminosas, com análise de documentos já apreendidos, oitiva de testemunhas e delação premiada. Os advogados dos dois suspeitos presos, entretanto, afastam a possibilidade de acordos de colaboração e afirmam que seus clientes são inocentes. A investigação, no entanto, não será mais coordenada na Polícia Civil pelo delegado Giniton Lages, que foi convidado pelo governador para participar de um intercâmbio na Itália para estudar formas de combate a organizações criminosas como a Máfia. Giniton vai ajudar a elaborar um programa de aperfeiçoamento para delegados fluminenses e um programa de intercâmbio no Rio de Janeiro para policiais italianos. “Convidei porque ele está cansado, está esgotado. É uma investigação que teve um certo esgotamento da pessoa”, disse o governador, que afirmou acreditar que a troca da chefia da investigação não vai prejudicá-la. “Aquela investigação que foi feita, o conhecimento foi compartilhado com outros delegados. Outros delegados têm o mesmo conhecimento de como foi produzida a prova”. Perfil Em uma entrevista coletiva concedida nesta semana, o investigador que conduziu o caso até aqui evitou revelar parte das técnicas utilizadas para identificar os suspeitos, para preservar sua eficácia. “Como fizeram um crime praticamente perfeito, tivemos que inverter a ordem das coisas: não é dos vestígios para os autores, mas dos autores para os vestígios”. O delegado lembrou que não foi possível contar com o relato ou reconhecimento de testemunhas …
Após a ameaça de greve de funcionários em razão de atrasos de salários, a Avianca Brasil pagou hoje (14) os salários atrasados, férias e diárias, informou o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA). De acordo com o sindicato, a empresa se comprometeu regularizar o pagamento daqui para frente. Com isso, a categoria decidiu suspender a realização de uma assembleia para deliberar sobre eventual paralisação das atividades por parte dos tripulantes. Os trabalhadores da empresa estiveram reunidos em assembleia durante a tarde de hoje. Além de decidir pela suspensão do movimento paredista, eles aprovaram uma nova assembleia para debater o processo de recuperação judicial da companhia. “Em especial, sobre o acordo de intenção de compra firmado entre a Avianca e a Azul, conforme já anunciado pelas companhias, além de tratar sobre os atrasos nos pagamentos”, informou o sindicato. Na segunda-feira, a companhia aérea Azul informou que assinou uma proposta de aquisição de ativos da Avianca Brasil, que incluem aviões e slots. A aquisição soma US$ 105 milhões. De acordo com o comunicado, a aquisição envolve o direito de a Azul usar 30 aeronaves Airbus 320 da frota da Avianca Brasil. Além disso, a Azul deve ficar com 70 slots de aeroportos hoje ocupados pela Avianca. A proposta não é vinculante, mas pode gerar um aporte considerável de recursos para a Avianca que, desde dezembro, está em recuperação judicial, com dívidas de cerca de R$ 500 milhões. A Azul disse ainda que o acordo depende de uma diligência sobre os ativos da Avianca. A compra também deve passar pela análise dos órgãos reguladores, dos próprios credores da Avianca. De acordo com o comunicado, o processo deve durar três meses.
Pedestres que não enxergam ou possuem algum grau de perda visual relatam dificuldades em trafegar em avenidas e ruas do Recife. Mesmo com o uso da bengala, alguns acabam se machucando e contam que, diante da falta de acessibilidade, precisam da ajuda de outras pessoas para se locomoverem. O músico Joabson do Nascimento, 23, tem glaucoma congênita em ambos os olhos desde a infância. Ele contou que os buracos nas ruas e calçadas são os seus principais obstáculos ao trafegar nas ruas do Recife. “Falta acessibilidade para pessoas com necessidades especiais. Como já nasci sem enxergar e sou bastante autônomo, tenho noção dos locais onde tenho que desviar, mas muitos precisam da ajuda de outras pessoas para andar e atravessar as ruas.” O locutor e pedagogo Domingos Sávio, 49, que tem retinose pigmentar e perdeu a visão total dos dois olhos aos 12 anos também sente muitas dificuldades em andar pela cidade. Ele aponta a falta de empatia da população e a de estrutura da cidade como algumas das principais barreiras na locomoção. “A falta de organização dos comércios, por exemplo, afeta no trafego seguro. Falta identificação em braile e iniciativas inclusivas”, disse. Domingos está há um ano a frente do programa Resgatando a Cidadania, da Rádio Folha FM 96,7, que busca justamente provocar o poder público, instituições e sociedade em geral sobre a inclusão. “Levamos pessoas com necessidades especiais e gestores públicos para debaterem a acessibilidade para todos”. Assim como Joabson e Domingos Sávio, no Recife, muitos são os deficientes visuais que sofrem dificuldades diárias e contam com o apoio do , que completou recentemente 110 anos e tem como missão levar a autonomia aos portadores da deficiência. O espaço é mantido atualmente pela Santa Casa de Misericórdia e é o primeiro no Nordeste dedicado a necessidade de pessoas com algum grau de perda visual. O estudante Allison Lucas Soares, 16, é um deles. Ele perdeu a visão total do olho direito há dois anos e enxerga atualmente com dificuldades pelo olho esquerdo devido a uma distrofia de retina e miopia desenvolvida desde a infância. No dia a dia, ele relatou que sente muitas dificuldades ao trafegar nas ruas mesmo diante da autonomia que possui ao se descolar sozinho pela cidade. Allison contou que buscou o Instituto em 2016, após perder a visão, para desenvolver melhor os sentidos e aprender a se deslocar com a bengala. No local, ele frequenta também aulas de braile, música e goalball, que é uma modalidade do futsal adaptado para pessoas com algum grau de perda visual. “Esse lugar é a minha segunda casa”, disse. Atualmente, o espaço atende 180 pessoas “preparando-as para a vida”, destaca a professora de práticas educativas, Vitória Marinho Damasceno. Em comemoração dos 110 anos, o arcebispo de Olinda e Recife dom Fernando Saborido, realizará no próximo dia 20, às 11h30, uma missa no auditório do Instituto. Entramos em contato com a Prefeitura do Recife (PCR) que por meio da Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano do Recife (Semoc) informou que trabalha constantemente para a melhoria das calçadas da cidade e que desde 2013, notifica passeios irregulares, que estejam em discordância …
A população de Suzano, a 57 quilômetros de São Paulo, amanheceu nesta quinta (14) questionando o por quê do massacre na Escola Estadual Professor Raul Brasil, em que morreram dez pessoas e há 11 feridos. A quinta-feira será um dia de despedidas. Estão previstos velórios e enterros. A cidade, com mais de 1,3 milhão de habitantes, se prepara para o luto oficial de três dias e o velório coletivo na Arena Suzano, no Parque Max Feffer. Cinco estudantes foram assassinados pelos atiradores Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, de 25 anos, além de duas funcionárias da escola, o tio de um dos responsáveis pelo ataque e duas pessoas que passavam pela rua. Nesta sexta (15), por orientação da prefeitura, os educadores se reunirão para definir as ações que serão tomadas com os 26 mil alunos das escolas públicas municipais. O objetivo é adotar medidas para combater a violência e o assédio moral no esforço de estabelecer a cultura de paz. AssistênciaEquipes de psicólogos vão apoiar o trabalho. Eles se colocaram à disposição, ao lado de assistentes sociais, psiquiatras, enfermeiros e terapeutas ocupacionais, para ajudar os amigos e parentes das vítimas. Só ontem cerca de 200 pessoas passaram pelo local. Para a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, o crime foi meticulosamente organizado. Os jovens atacaram, primeiro, Jorge Antônio Moraes, tio de um deles, em uma locadora. Depois, roubaram um carro e saíram em disparada na direção da escola. No colégio, eles entraram e partiram para os ataques. Segundo as investigações, os atiradores utilizaram um revólver calibre 38, uma besta (espécie de arma antiga que se assemelha ao arco e flecha) e uma machadinha. Eles só pararam quando se viram cercados pela polícia e sem saída. Neste momento, um dos jovens atirou no outro e depois se matou. HistóricoDe acordo com os policiais, Guilherme Taucci Monteiro e Luiz Henrique de Castro estudaram no colégio, que se transformou em palco da tragédia. Eles moravam perto de uma das vítimas, que sobreviveu, e próximo à escola. O secretário de Educação de São Paulo, Rossieli Soares, disse que Guilherme Monteiro estudou no colégio até 2017 e não havia registro de mau comportamento ou qualquer tipo de dificuldade. Mas, no ano passado, ele abandonou o colégio e estava sendo acompanhado para retornar à sala de aula.
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) decretou hoje (13) a prisão de 11 funcionários da Vale e dois da empresa terceirizada Tüv Süd, investigados no processo que apura responsabilidades pelo rompimento da barragem em Brumadinho. A 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça negou, por unanimidade, habeas corpus impetrados em favor dos funcionários. Com a decisão, os 13 terão de cumprir a prisão temporária decretada pelo juiz da comarca de Brumadinho, Rodrigo Heleno Chaves. Conforme nota do TJMG, os funcionários da Vale são investigados por envolvimento no rompimento barragem de Brumadinho. Os engenheiros da Tüv Süd atestaram a estabilidade da barragem. A decisão atinge Artur Bastos Ribeiro, Marilene Christina Oliveira Lopes de Assis Araújo, Cristina Heloiza da Silva Malheiros, Renzo Albieri Guimarães Carvalho, Joaquim Pedro de Toledo, Alexandre de Paula Campanha, Hélio Márcio Lopes de Cerqueira, Felipe Figueiredo Rocha, Makoto Manba, André Yum Yassuda, César Augusto Paulino Grandchamp, Rodrigo Artur Gomes Melo e Ricardo de Oliveira. Inquérito policial Desembargador Marcílio Eustáquio Santos, relator dos HCs. – Robert Leal/TJMG/Direitos reservados No último dia 25 de janeiro, a barragem da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte, se rompeu espalhando lama pela área. Segundo o Tribunal, o rompimento da barragem da Vale matou 200 pessoas e outras 108 permanecem desaparecidas sob a lama de rejeitos de minério que contaminou rio Paraopeba. O desembargador Marcílio Eustáquio Santos, relator do processo, disse em seu voto que a “prisão temporária é necessária ao bom andamento do inquérito policial no qual, frisa-se, apura delito de elevada gravidade concreta”. Para o relator, não há “constrangimento ilegal na manutenção da medida cautelar”. O voto foi acompanhado pelos desembargadores Cássio Salomé e Agostinho Gomes de Azevedo. Segundo o relator, a decretação da prisão temporária foi “devidamente fundamentada pelo juiz, como forma de se buscar informações sobre o conhecimento dos investigados a cerca da situação de instabilidade da barragem.” A Câmara Criminal também negou o pedido de prisão domiciliar apresentado em favor de Marilene Christina Oliveira Lopes de Assis Araújo e Cristina Heloiza da Silva Malheiros, funcionárias da Vale. Elas disseram ter filhos menores de 12 anos, mas o argumento foi rejeitado.
O porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros, afirmou nesta quarta-feira (13) que a morte de oito pessoas em uma escola no interior de São Paulo não tem relação com o decreto assinado por Jair Bolsonaro (PSL), que flexibiliza a posse de armas no Brasil. “O evento em São Paulo não tem relação direta com os projetos propostos pelo nosso presidente no seu programa de governo e a partir da sua assunção do governo, capitaneados também pelo Ministério da Segurança”, disse Rêgo Barros ao ser consultado sobre se há relação entre a medida que facilitou a posse de armas e o ataque a uma escola em Suzano, no interior paulista, nesta quarta. O porta-voz ainda foi questionado sobre se o governo pretende fazer alguma ação por meio do Ministério da Educação. Leia também:Especialistas desvendam as máscaras dos assassinos de SuzanoFlávio Bolsonaro usa tragédia de Suzano para estatuto do desarmamento“Naturalmente nós estamos muito tocados pelo evento e nós estamos a imaginar onde nós podemos colaborar para que coisas semelhantes a essa jamais retornem a acontecer no nosso país. Mas no momento, o governo não tem como adiantar e sequer teve tempo de pensar sobre eventuais campanhas ou coisas semelhantes”, respondeu. Um homem e um adolescente mataram ao menos oito pessoas e feriram outras dez em um ataque a tiros na escola estadual Professor Raul Brasil em Suzano, no estado de São Paulo, na manhã desta quarta. As vítimas são cinco alunos, duas funcionárias e o dono de uma locadora de carro próxima ao local. Os atiradores são ex-alunos da instituição e também morreram. Após mais de seis horas de silêncio, Bolsonaro lamentou a morte de oito pessoas em mensagem nas redes sociais, na qual definiu a tragédia como monstruosidade e covardia e prestou condolências aos familiares das vítimas do ataque a tiros. “Presto minhas condolências aos familiares das vítimas do desumano atendado ocorrido hoje na escola Professor Raul Brasil, em Suzano. Uma monstruosidade e covardia sem tamanho. Que Deus conforte o coração de todos”, escreveu. A manifestação do presidente ocorreu depois de integrantes de sua equipe ministerial já terem se pronunciado. Mais cedo, o ministro da Secretaria-Geral, Floriano Peixoto, classificou o episódio como “tristíssimo”. E o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, desejou sentimentos às famílias das vítimas. As mensagens de pesar também foram divulgadas pelo vice-presidente Hamilton Mourão e pelos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli. “É muito triste e temos de chegar à conclusão por que isso está acontecendo. Essas coisas não aconteciam no Brasil”, disse Mourão. Antes da mensagem do presidente nas redes sociais, o Palácio do Planalto divulgou nota oficial, não assinada por Bolsonaro, lamentando o ocorrido. O documento ressaltou que o país foi abalado por uma “grande tragédia” e ofereceu “sinceros sentimentos às famílias das vítimas de tão desumana ação”. A demora do presidente foi criticada, em caráter reservado, por integrantes de partidos que apoiam o governo no Congresso. Para eles, Bolsonaro deveria, pelo menos, ter manifestado solidariedade às vítimas em mensagem nas redes sociais.
O deputado federal Gonzaga Patriota (PSB-PE), lamentou as últimas tragédias que a cidade de São Paulo vem enfrentando. Após as fortes chuvas que causaram a morte de 13 pessoas, na manhã desta quarta-feira (13) mais um episódio triste atingiu a cidade: o massacre ocorrido na Escola Estadual Professor Raul Brasil, no município de Suzano. “Me solidarizo com as famílias atingidas por essas tragédias e o povo de São Paulo. É lamentável que a chuva tenha causado tantos danos e, infelizmente, a morte de várias pessoas. E, agora, mais essa notícia do massacre em uma escola. Recebi a informação com perplexidade e profunda tristeza. Que Deus conforte o coração de todos os envolvidos nesse episódio e que as reais causas dessa tragédia sejam descobertas”, lamentou. Gonzaga Patriota segue internado, após ser diagnosticado com Chikungunya e diverticulite. O quadro clínico é estável e ele está recebendo todos os cuidados necessários. Assessoria de imprensa do deputado federal Gonzaga Patriota (PSB/PE)
O ministro Rogério Schietti, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), determinou hoje (13) a transferência de uma detenta transexual para a ala feminina de um presídio no Rio Grande do Sul, condizente com sua identidade de gênero. A decisão é inédita no tribunal superior. O pedido havia sido negado duas vezes pela justiça gaúcha, mas a decisão foi revertida pelo ministro do STJ após a defesa alegar tratar-se de “indivíduo extremamente vulnerável, o qual está sendo submetido, ao ser mantido junto ao alojamento masculino, a evidente violência psíquica, moral, física e, quiçá, sexual”. “A paciente está submetida, por falta de espaço próprio, a permanecer no período noturno em alojamento ocupado por presos do sexo masculino, em ambiente, portanto, notória e absolutamente impróprio para quem se identifica e se comporta como transexual feminina”, concordou Schietti. O ministro reconheceu não haver espaço específico para abrigar a presa, identificada como Dagmar, em ambiente compatível com sua identidade de gênero, mas ponderou ser preferível que ela seja colocada na ala feminina e “em nenhuma hipótese” na masculina, por ser ambiente “notória e absolutamente impróprio para quem se identifica e se comporta como transexual feminina”. Ele acrescentou serem evidentes os riscos aos quais a presa trans está exposta, “dada a característica ainda patriarcal e preconceituosa de boa parte de nossa sociedade, agravada pela promiscuidade que caracteriza ambientes carcerários masculinos”. Rogério Schietti citou o recente voto do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), em que ele se manifestou a favor da criminalização do comportamento homofóbico. O ministro do STJ também suscitou uma resolução conjunta, de 2014, do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária e do Conselho Nacional de Combate à Discriminação, segundo a qual devem ser oferecidos espaços de vivência específicos às travestis e aos gays privados de liberdade. No mês passado, o ministro Luís Roberto Barroso concedeu pedido semelhante feito por outras duas travestis, determinando que fossem transferidas para uma unidade prisional compatível com o gênero com o qual se identificam.
O presidente Jair Bolsonaro sancionou, nesta quarta-feira (19), a lei que proíbe o casamento de menores de 16 anos. O texto mantém a exceção, preservada no Código Civil, na qual pais ou responsáveis de jovens com 16 e 17 anos podem autorizar a união. A sanção foi publicada no Diário Oficial da União. A lei, de autoria da ex-deputada federal Laura Carneiro (MDB-RJ), foi aprovada pelo Senado em fevereiro deste ano, e atende às orientações da Organização das Nações Unidas (ONU). De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), na última década foram evitados 25 milhões de casamentos de menores de idade. De acordo com a agência da ONU, a proporção de mulheres que se casam enquanto crianças diminuiu 15% na última década, descendo de uma em quatro meninas para, aproximadamente, uma em cada cinco.
Está em tramitação na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) o projeto de Lei nº 56/2019, de autoria da deputada Alessandra Vieira (PSDB), que pretende impedir indivíduos condenados pela Lei 11.340, de 7 de agosto de 2016, conhecida como Lei Maria da Penha, de ocupar cargos comissionados em Pernambuco. O texto do projeto prevê a proibição no “no âmbito da administração pública direta e indireta, em todos os Poderes do Estado de Pernambuco, no Tribunal de Contas do Estado, no Ministério Público, na Defensoria Pública e nos órgãos, entidades e empresas administradas pelo Estado de Pernambuco”. (Folha PE).
O percentual de famílias com dívidas (em atraso ou não) no país atingiu 61,5% em fevereiro deste ano. Segundo dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada hoje (13) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a taxa é superior aos 60,1% de janeiro deste ano e aos 61,2% de fevereiro do ano passado. A parcela de inadimplentes, ou seja, aqueles que têm dívidas ou contas em atraso, subiu de 22,9% em janeiro para 23,1% em fevereiro deste ano. Apesar da alta mensal, o percentual ficou abaixo dos 24,9% observados em fevereiro de 2018. Outro indicador que teve aumento de janeiro para fevereiro foi o percentual de famílias que não terão condições de pagar suas contas ou dívidas, o qual passou de 9,1% para 9,2%. Assim como a inadimplência, esse indicador ficou abaixo do registrado em fevereiro de 2018 (9,7%). Entre as famílias com contas ou dívidas em atraso, o tempo médio de atraso foi de 64,9 dias em fevereiro de 2019, estável em relação aos 64,9 dias de fevereiro de 2018. O tempo médio de comprometimento com dívidas entre as famílias endividadas foi de 6,8 meses, sendo que 26,2% delas estão comprometidas com dívidas até três meses e 29,7%, por mais de um ano. A parcela média da renda comprometida com dívidas das famílias endividadas diminuiu na comparação anual, passando de 29,4% em fevereiro de 2018 para 29,1% em fevereiro de 2019. O cartão de crédito foi apontado em primeiro lugar como um dos principais tipos de dívida por 78,5% das famílias endividadas, seguido por carnês, para 13,9%, e, em terceiro, por financiamento de carro, para 9,8%.
Um erro na forma como satélites e sensores GPS calculam o tempo poderá causar falhas em sistemas de localização no dia 6 de abril. O problema, que está sendo comparado ao “bug do milênio”, que assustou a indústria da tecnologia na virada para o ano 2000, não afetará os smartphones, pois esses equipamentos são recentes. [ Sistemas mais antigos de navegação de navios, carros e aviões podem estar suscetíveis a erros, além de redes de computadores, servidores, instalações elétricas, sites e outros equipamentos que dependam de satélites GPS para ajustarem seus relógios. o erro ocorre porque os dispositivos mais antigos começaram a contar o tempo em 6 de janeiro de 1980 e realizam esta tarefa verificando as semanas. Nos equipamentos mais antigos, o software destinava 10 bits para essa função. Dois elevado à décima potência é 1024, ou seja, esses equipamentos eram capazes de contar 1024 semanas, ou 19,7 anos. Isso que dizer que o mesmo problema já aconteceu no dia 21 de agosto de 1999. Contudo, naquela época, dependíamos menos do GPS. Agora, 1024 dias depois, o bug volta a ocorrer. A FalTech GPS, fabricante britânica de repetidores GPS, alertou em um blog que “mercados financeiros, companhias geradoras de energia, serviços de emergência e sistemas de controle industrial podem ser afetados”. No entanto, como trata-se da segunda ocorrência do erro, muitos fornecedores já devem ter resolvido esse problema. Segundo o vice-presidente da Trend, Bill Malik, em entrevista ao site Tom’s Guide, “os efeitos devem ser mais difundidos hoje, porque muito mais sistemas integraram o GPS em suas operações”. “Portos carregam e descarregam contêineres automaticamente, usando GPS para guiar as gruas. Sistemas de segurança pública incorporaram o GPS, assim como sistemas de monitoramento do tráfego. Há 20 anos essas conexões eram primitivas, agora elas estão incorporadas. Então, qualquer impacto agora será substancialmente maior”, explicou. Em abril do ano passado, o Departamento de Segurança Nacional dos EUA orientou “organizações federais, estaduais, locais e do setor privado” a verificarem a necessidade de atualização do firmware com fabricantes dos seus equipamentos GPS. A Agência Europeia para a Segurança da Aviação emitiu um alerta semelhante. O erro pode indicar que os aviões estão a quilômetros de distância da posição verdadeira, alguns equipamentos também podem ter ausência do horário, perda frequente do sinal de GPS ou impossibilidade da navegação. “Eu não vou voar no dia 6 de abril”, afirmou Malik.
A Câmara aprovou hoje (12) projeto de lei que torna crime o assédio moral no trabalho. A proposta segue para apreciação no Senado. Pelo texto, configura assédio moral quem ofender reiteradamente a dignidade de alguém, causando-lhe dano ou sofrimento físico ou mental, no exercício de emprego, cargo ou função. De acordo com a proposta, a causa somente terá início se a vítima representar contra o ofensor. Essa representação é irretratável. O projeto prevê a inclusão do assédio moral no Código Penal e define que a pena para o crime será detenção de um a dois anos. A pena pode ser aumentada em um terço se a vítima tiver menos de 18 anos. Segundo a relatora, deputada Margarete Coelho (PP-PI), o assédio moral não pode se apresentar esporadicamente ou em decorrência de um fato isolado. “A dignidade da pessoa deve ser afetada de forma intencional e reiterada, tanto no trabalho como em todas as situações em que haja algum tipo de ascendência inerente ao exercício do emprego, cargo ou função”, afirmou. O texto pretende evitar que as pessoas sejam submetidas a situações que violem sua dignidade ou que as exponham a condições humilhantes ou degradantes. “As maiores vítimas do assédio moral são as mulheres”, ressaltou Margarete Coelho. Divergências Em uma sessão presidida pela deputada Geovania de Sá (PSDB-SC) e destinada à apreciação de projetos da bancada feminina, o texto foi debatido por mais de quatro horas no plenário apesar de ter tramitado por 18 anos na Câmara. O deputado Hildo Rocha (MDN-MA) disse temer que o projeto se transforme em “texto morto”, sem aplicação prática. “São de interpretações muita subjetivas. Esses textos podem ser rasgados e jogados no lixo porque não vão servir para que seja exequível essa lei. Coloca-se na mão do juiz, daquele que vai julgar uma relação de trabalho, algo bastante temerário. Aqui diz que assédio moral é excessivo vigor no trabalho. O que é excessivo vigor no trabalho? Não se pode definir assédio moral em apenas um artigo. É necessário um debate maior, um aprimoramento, ou será um texto morto na legislação brasileira, não será aplicado ou será uma arma na mão de promotores e juízes”, afirmou. A deputada Carla Zambelli (PSL-SP) argumentou que o texto pode gerar insegurança aos empregadores no país. “Estão falando que as mulheres vão sofrer se este projeto não for aprovado, mas, na verdade, não se trata de mulheres ou homens, todo mundo pode ser prejudicado, principalmente os empregadores que vão começar a não contratar e vão ficar com medo de investir no Brasil.” Apreensão de armas O plenário da Câmara aprovou, em votação simbólica, projeto que determina a apreensão de arma de agressor de mulheres. O texto segue para o Senado. Pela proposta, o juiz do caso de violência contra a mulher deve ordenar a apreensão de arma de fogo eventualmente registrada em nome do agressor. A matéria foi aprovada na forma de um substitutivo da relatora, deputada Christiane de Souza Yared (PR-PR). De acordo com a relatora, o Anuário Brasileiro de Segurança …
O prêmio principal da Mega-Sena poderá pagar nesta quarta-feira (13) R$ 7 milhões a quem acertar as seis dezenas do concurso 2.133, que será realizado a partir das 20h (horário de Brasília) no Caminhão da Sorte estacionado na cidade de Itupeva, em São Paulo. Segundo a Caixa, o valor do prêmio principal, caso aplicado na poupança, poderia render R$ 26 mil por mês. Os apostadores podem fazer os seus jogos até as 19h (horário de Brasília), em qualquer uma das mais de 13 mil casas lotéricas credenciadas pela Caixa em todo o país. A aposta simples, com seis dezenas, custa R$ 3,50.
Pela terceira vez, o Brasil vai sediar uma Cúpula do Brics (grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que está confirmada para 13 e 14 de novembro, em Brasília. Líderes e chanceleres dos cinco países participam do encontro. Em 2010, a runião ocorreu em Brasília e, em 2014, em Fortaleza. Sob a presidência rotativa do Brasil, as prioridades do Brics se concentram em acordos de cooperação em ciência, tecnologia e inovação, incentivos para a economia digital, combate aos ilícitos transnacionais e financiamentos para atividades produtivas. Paralelamente,, o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), conhecido como “Banco do Brics”, abrirá até dezembro o escritório regional em São Paulo. O objetivo é financiar projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável nos países-membros, ficando mais próximo de seus potenciais beneficiários no Brasil. Antes da cúpula em novembro, haverá um encontro prévio em Osaka, no Japão, durante a Cúpula do G20 (que engloba as 20 maiores economias mundiais), em junho. Depois, em julho, os chanceleres do Brics se encontrarão no Rio de Janeiro e, em setembro, em Nova York, durante a reunião da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas. Detalhes A Rússia, Índia, China e África do Sul, os outros quatro integrantes do Brics, foram destino, em 2018, de 30,7% das exportações brasileiras. O valor dos bens comprados por esses países atingiu US$ 73,8 bilhões (contra US$ 56,4 bi em 2017). Desses quatro países, vieram 23,8% das importações nacionais, correspondentes a US$ 43,1 bilhões. O saldo comercial do Brasil com o Brics foi, no ano passado, positivo em US$ 30,7 bilhões (era de US$ 23 bilhões em 2017), equivalente a 52% do superávit comercial brasileiro no ano.
Os participantes da lista de espera do Programa Universidade para Todos (ProUni) têm até hoje (13) para apresentar a documentação necessária às instituições de ensino superior nas quais pretendem estudar. As próprias instituições de ensino vão convocar os estudantes para preencher as bolsas de estudo remanescentes. Todos os estudantes que optaram por participar da lista devem apresentar os documentos que comprovam as informações prestadas na hora da inscrição, independentemente de serem selecionados. No site do ProUni está disponível a documentação necessária. ProUni Ao todo, 946.979 candidatos se inscreveram na primeira edição do ProUni deste ano, de acordo com o MEC. Como cada candidato podia escolher até duas opções de curso, o número de inscrições chegou a 1.820.446. Nesta edição são ofertadas 243.888 bolsas de estudo em 1.239 instituições particulares de ensino. Do total de bolsas, 116.813 são integrais e 127.075, parciais, de 50% do valor das mensalidades. O ProUni concede bolsas de estudo integrais e parciais em cursos de graduação e sequenciais de formação específica, em instituições privadas de educação superior. Em contrapartida, o programa oferece isenção de tributos às instituições que aderem ao programa. Os estudantes selecionados podem pleitear Bolsa Permanência, para ajudar nos custos dos estudos, e usar o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para garantir parte da mensalidade não coberta pela bolsa do programa.
A Câmara dos Deputados começa a instalar nesta quarta-feira (13) as comissões permanentes da Casa, com a eleição do presidente e dos três vice-presidentes de cada uma. O número de cadeiras que cada partido pode ocupar em cada uma das 25 comissões é feita com base no resultado da última eleição para a Câmara e no princípio da proporcionalidade partidária. Dessa forma, quanto maior a representação do partido ou bloco partidário na Casa, mais cadeiras poderá ocupar nos colegiados. O PSL, que agrupa o maior, ficará com o comando das comissões de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), de Fiscalização Financeira e Controle, e de Relações Exteriores e de Defesa Nacional. A CCJ é considerada a principal comissão da Casa e terá a função de dar encaminhamento à reforma da Previdência. Segundo a deputada Joice Hasselman, a CCJ será presidida pelo deputado Felipe Francischini (PSL-PR). No entanto, a indicação ainda não foi oficializada pelo partido. Já o PT comandará as comissões de Cultura; de Direitos Humanos e Minorias; e de Legislação Participativa. Segundo o partido, o deputado Hélder Salomão (PT-ES) conduzirá a Comissão de Direitos Humanos, a deputada Benedita da Silva (PT-RJ) comandará a Comissão de Cultura e o deputado Leonardo Monteiro (PT-MG) deve presidir a Comissão de Legislação Participativa. O PSDB presidirá a Comissão de Educação e indicou o deputado Pedro Cunha Lima (PB) para a condução dos trabalhos do colegiado. O Solidariedade anunciou a indicação do deputado federal Bosco Saraiva (AM) para a presidência da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços (Cdeics) da Câmara. O deputado Otaci Nascimento (RR) foi indicado para a primeira vice-presidência. O MDB, PP, PR, PSB e o PSD comandarão duas comissões cada. O MDB ficará com o comando da Comissão de Finanças e Tributação, também considerada estratégica na Casa por analisar, entre outras pautas, se as despesas previstas nos textos que tramitam na Câmara estão adequados ao Orçamento. Ao todo, dos 30 partidos com representação na Câmara nesta legislatura, 16 comandarão alguma comissão. – Veja quais são os partidos que vão comandar cada uma das comissões permanentes da Câmara: Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural – PP Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – PDT Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania – PSL Comissão de Cultura – PT Comissão de Defesa do Consumidor – PR Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher – PTB Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa – PSB Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência – PSC Comissão de Desenvolvimento Urbano – Podemos Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços – SD Comissão de Direitos Humanos e Minorias – PT Comissão de Educação – PSDB Comissão do Esporte – PSD Comissão de Finanças e Tributação – MDB Comissão de Fiscalização Financeira e Controle – PSL Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia – PP Comissão de Legislação Participativa – PT Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – PSB Comissão de Minas e …
O Supremo Tribunal Federal (STF) começa a julgar às 14h de hoje (12) a competência da Justiça Eleitoral para conduzir inquéritos de investigados na Operação Lava Jato. Na sessão, a Corte vai definir se a competência para julgar crimes comuns conexos a crimes eleitorais é da Justiça Eleitoral ou Federal. De acordo com procuradores da força-tarefa do Ministério Púbico Federal (MPF), o julgamento poderá ter efeito nas investigações e nos processos que estão em andamento no âmbito da operação em São Paulo, no Rio de Janeiro e no Paraná. A punição prevista para crimes eleitorais é mais branda em relação aos crimes comuns. De acordo com a força-tarefa da Lava Jato, um eventual resultado negativo para o MPF poderá “acabar com as investigações”. Segundo o procurador Deltan Dallagnol, o julgamento afetará o futuro dos processos da operação. No entanto, ministros do STF consideram que os argumentos dos procuradores são extremados. Para o ministro Marco Aurélio, a decisão não terá grande impacto na investigação. “Não esvazia em nada a Lava Jato, é argumento extremado, que não cabe.” O plenário da Corte vai se manifestar sobre a questão diante do impasse que o assunto tem provocado nas duas turmas do tribunal. Dilema No início das investigações da Lava Jato, na primeira instância da Justiça no Paraná, a maioria dos investigados foi processada pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, ao ser acusada de receber recursos em forma de propina e usar o dinheiro para custear suas campanhas políticas, sem declarar os valores à Justiça Eleitoral. Na medida em que os recursos dos acusados foram chegando ao STF, a Segunda Turma da Corte passou a ter o entendimento de que, em alguns casos, as acusações deveriam ser remetidas à Justiça Eleitoral, porque as imputações de corrupção e lavagem de dinheiro devem ser tratadas como crime de caixa 2, cuja competência é daquela Justiça especializada. Com base no entendimento, investigações contra o senador José Serra (PSDB-SP) e outros políticos já foram remetidas para a primeira instância da Justiça Eleitoral. O colegiado é composto pelos ministros Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Celso de Mello, Cármen Lúcia e Edson Fachin. Na Primeira Turma, o entendimento de alguns ministros é de que as acusações devem ser julgadas pela Justiça Federal, cujas sentenças por crimes comuns resultam em penas mais altas. A turma é formada pelos ministros Luís Roberto Barroso, Luiz Fux, Rosa Weber, Marco Aurélio e Alexandre de Moraes. A questão será decidida com base no inquérito que investiga o ex-prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes e o deputado federal Pedro Paulo Carvalho Teixeira (DEM-RJ) pelo suposto recebimento de R$ 18 milhões da empreiteira Odebrecht para as campanhas eleitorais. Segundo as investigações, Paes teria recebido R$ 15 milhões em doações ilegais no pleito de 2012. Em 2010, Pedro Paulo teria recebido R$ 3 milhões para campanha e mais R$ 300 mil na campanha à reeleição, em 2014. Os ministros vão julgar um recurso protocolado pela defesa dos acusados contra decisão individual do ministro Marco Aurélio, que …
O delegado Giniton Lages, chefe da Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro, afirmou hoje (12) que haverá uma segunda etapa de investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e do motorista Anderson Gomes. Nesta fase, serão investigados possíveis mandantes do crime e o paradeiro do carro utilizado no dia do assassinato. De acordo com Lages, nesta segunda etapa será investigada ainda a motivação do atirador, uma vez que os policiais identificaram que Ronnie Lessa, policial militar reformado detido hoje, nutria ódio contra pessoas de esquerda e havia pesquisado informações de Marielle e o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ), entre outros. “O perfil dele [Ronnie Lessa] revela uma obsessão por determinadas personalidades que militam à esquerda política”, disse Lages. “Você percebe ódio e desejo de morte. Você percebe o comportamento de alguém capaz de resolver uma diferença do modo como foi o caso Marielle.” Segundo o delegado, as apurações não se encerram nas prisões do sargento reformado Ronnie Lessa e do ex-policial militar Élcio Vieira de Queiroz, realizadas nas primeiras horas desta terça-feira. “O caso ainda está em aberto. Estamos entregando a primeira fase, e a segunda ainda está em andamento”, disse o delegado, que lembrou que hoje foram cumpridos também 34 mandados de busca e apreensão referentes ao caso. Indiciamentos O delegado informou que Lessa e Vieira foram indiciados com os agravantes de impossibilitar a defesa da vítima, emboscada e motivo torpe. “O crime de ódio, segundo doutrina, encaixa no motivo torpe”. O delegado defendeu o sigilo das investigações como imprescindível e disse que o modo como o crime foi executado levou a concentração por parte dos policiais nos preparativos para o assassinato e na fuga. “Como fizeram um crime praticamente perfeito, temos que inverter a ordem das coisas: não é dos vestígios para os autores, mas dos autores para os vestígios”, disse o delegado. Mobilização O caso Marielle e Anderson mobilizou 47 policiais civis dedicados exclusivamente. Mais de 5,7 mil páginas de investigação foram produzidas, em um inquérito que tem 29 volumes e ouviu 230 testemunhas. O número de linhas telefônicas interceptadas chega a 314. “Não quero que o caso Marielle e Anderson se repita. Esse é o maior motivo da nossa dedicação nesse tempo todo. É fazer com que a resposta chegue para mandar recado. O crime Marielle e Anderson não pode se repetir. Esse caso não pode ficar sem resposta, é muito perigoso ficar sem resposta”. De acordo com o delegado, indícios mostram os suspeitos foram “muito treinados”. Segundo ele, o cuidado em permanecer no automóvel, um Cobalt, desde o deslocamento na orla da Barra da Tijuca às 17h20 até o momento do crime entre 21h09 e 21h12. O percurso foi captado por uma série de câmeras da cidade, e o delegado disse que foi afastada a hipótese de que o desligamento de câmeras nos arredores do local do crime tivesse relação com os assassinos. Nesse período em que os assassinos estavam esperando, uma assessora de Marielle chegou a pôr a mão na maçaneta no carro …
O ministro da Cidadania, Osmar Terra, confirmou nesta terça-feira (12) o pagamento do décimo terceiro salário do Bolsa Família em dezembro. Com custo estimado de R$ 2,5 bilhões, esse foi um dos compromissos de campanha do presidente Jair Bolsonaro. “Está tudo certo, estamos negociando com o ministro Paulo Guedes [Economia]. Uma parte [dos recursos] virá do Orçamento [Geral da União], que será revisto, e a outra parte, menor, virá do pente-fino [no programa] que a gente quer aprofundar”, afirmou Terra. (EBC)
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, espera que as prisões dos acusados de ter assassinado a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, em março de 2018, bem como o cumprimento de mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos suspeitos, sejam “mais um passo para a elucidação completa deste grave crime e para que todos os responsáveis sejam levados à Justiça”. Por meio da conta oficial do ministério no Twitter, Moro destacou hoje (12) que a Polícia Federal (PF) tem contribuído com as investigações, a cargo da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio de Janeiro. O ministro garantiu que a PF continuará colaborando com todos os recursos necessários à continuidade das investigações, incluindo as já instauradas, para apurar supostas tentativas de obstruir o avanço do trabalho policial. Em uma operação conjunta, o Ministério Público e a Polícia Civil do Rio de Janeiro prenderam esta madrugada dois suspeitos de matar a vereadora e o motorista, em 14 de março de 2018. Os dois presos têm vínculos com a Polícia Militar do Rio de Janeiro. Um dos presos, Ronie Lessa, é policial militar reformado, tendo se aposentado depois de ser vítima de um atentado a bomba que resultou na amputação de uma de suas pernas. A suspeita é de que o atentado tenha sido motivado por uma briga entre facções criminosas. O outro é o ex-PM Elcio Vieira de Queiroz, expulso da corporação depois de ter sido preso na Operação Guilhotina, deflagrada pela PF em 2011, para apurar o envolvimento de policiais militares com traficantes de drogas e com grupos milicianos. Na época, Queiroz era lotado no Batalhão de Olaria (16º BPM). Lessa e Queiroz são os primeiros investigados a serem formalmente denunciados e presos pelo crime. Segundo o Ministério Público, os dois foram denunciados depois das análises de diversas provas obtidas ao longo de quase um ano de investigações. Ainda segundo o MP, Lessa é o autor dos disparos que atingiram Marielle e Anderson Franco. Já Elcio dirigia o veículo usado na execução. De acordo com o MP, o crime foi planejado nos três meses que antecederam os assassinatos. Operação Além dos mandados de prisão, a Operação Lume cumpre mandados de busca e apreensão em endereços dos dois suspeitos, para apreender documentos, telefones celulares, computadores, armas e acessórios. Na denúncia apresentada à Justiça, o MP também pediu a suspensão da remuneração e do porte de arma de fogo de Lessa, a indenização por danos morais aos familiares das vítimas e a fixação de pensão em favor do filho menor de Anderson até completar 24 anos de idade. Segundo nota do MP, o nome da operação é uma referência a uma praça no centro da cidade do Rio de Janeiro, conhecida como Buraco do Lume, onde Marielle desenvolvia um projeto chamado Lume Feminista. No local, ela também costumava se reunir com outros defensores dos direitos humanos e integrantes do seu partido, o PSOL. “Além de significar qualquer tipo de luz ou claridade, a palavra …
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que calcula a inflação para famílias com renda até cinco salários mínimos, ficou em 0,54% em fevereiro. O resultado é superior ao 0,36% registrado pelo INPC em janeiro e ao 0,43% registrado pela inflação oficial (IPCA) em fevereiro. O INPC acumula taxas de 0,9% no ano e de 3,94% em 12 meses, ambas também acima das registradas pelo IPCA nesses períodos: 0,75% no ano e 3,89% em 12 meses. Os dados foram divulgados hoje (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os preços dos produtos alimentícios subiram 0,94% em fevereiro, ante 0,9% em janeiro. Já os não alimentícios tiveram inflação de 0,37% em fevereiro, também acima do resultado de janeiro (0,13%). A safra de grãos 2018/2019 deve alcançar a marca de 233,3 milhões de toneladas, uma redução em relação ao levantamento anterior, de 0,4%. Em relação à safra 2017/2018, a previsão indica aumento de 2,5%. Os dados do 6º levantamento foram divulgados hoje (12) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). “Tivemos algumas dificuldades climáticas. Houve uma quebra na soja, no arroz e no feijão, mas o milho teve desempenho muito bom e o algodão também. Isso é suficiente para atender ao nosso consumo interno com bastante tranquilidade e cumprir os compromissos de exportações, sem problemas”, disse o diretor do Departamento de Comercialização e Abastecimento da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Silvio Farnese. Apesar da redução em relação ao levantamento anterior, a Conab destaca que a safra atual será a segunda maior da série histórica do país. “O bom desempenho é impulsionado pela melhora da produção do milho na segunda safra do grão”, diz a companhia. Para a segunda colheita do milho, a expectativa é que a produção chegue a 66,6 milhões de toneladas, volume 23,6% superior ao registrado na safra passada. “Esse resultado é reflexo da maior área”, afirma o superintendente de Informações do Agronegócio da Conab, Cleverton Santana. “Com 80% dos grãos já plantados, os agricultores devem destinar 12 milhões de hectares para plantio em vez dos 11,5 milhões de hectares da safra passada”. Segundo a Conab, o estudo mostra que o algodão também teve destaque positivo, chegando a uma produção de até 2,6 milhões de toneladas da pluma, crescimento de 28,4%. A área plantada chegou a 1,6 milhão de hectares. Por outro lado, a soja, responsável por cerca de 49% da produção nacional de grãos, terá redução de 4,9%, chegando a 113,5 milhões de toneladas. A quebra de safra, prevista em 5,8 milhões de toneladas, pode ser observada em importantes estados que cultivam a oleaginosa, como Paraná, Goiás, Mato Grosso do Sul e a região do Matopiba, principalmente na Bahia. Mesmo assim, esta é a terceira maior produção já registrada, chegando próximo ao volume total de soja produzidos pelo país na safra 2004/2005. O feijão também apresentou produção menor na primeira safra. Com uma colheita de 987,5 mil toneladas, a queda pode chegar a 23,2%. Com menos produto no mercado, o preço …
A produção de cereais, leguminosas e oleaginosas em 2019 deve chegar a 228,8 milhões de toneladas, 1% superior a 2018 (mais 2,3 milhões de toneladas). Essa é a estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A previsão é 0,8% inferior à divulgada em janeiro (menos 1,9 milhão de toneladas). A estimativa da área a ser colhida chegou a 61,9 milhões de hectares, com aumento de 1,7% frente a 2018 e queda de 0,3% em relação ao levantamento de janeiro (menos 187,7 mil hectares). O arroz, o milho e a soja representaram 93,3% da estimativa da produção e responderam por 87,3% da área a ser colhida. Em relação a 2018, houve aumento de 3,3% na área do milho, 1,7% na área da soja e queda de 9,4% na área de arroz. Na produção, ocorreram quedas de 3,8% para a soja, de 10,9% para o arroz e aumento de 9,8% para o milho. A estimativa da produção de algodão foi de 5,6 milhões de toneladas, aumento de 3,7% em relação ao janeiro, recorde da série histórica do IBGE. A estimativa da produção de arroz (em casca) caiu 6,2% em relação ao mês anterior, correspondendo a uma redução de 696 mil toneladas. Houve quedas de 2,1% na área plantada, de 3,0% na área a ser colhida e de 3,3% no rendimento médio. A produção deve alcançar 10,5 milhões de toneladas. A produção estimada para o feijão em grão, considerando-se as três safras do produto, foi de 2,9 milhões de toneladas, com aumento de 0,3% em relação a janeiro. Em relação à safra de 2018, a produção total deverá ser 1,2% menor.
É com sentimento de pesar que o deputado federal Gonzaga Patriota (PSB) lamenta o falecimento de Rodrigo Santos Siqueira, natural de Sertânia e filho da enfermeira Luzinete, carinhosamente chamado de “Nego Rodrigo”, ocorrido neste sábado (09) em Brasília. “Rogamos a Deus que conforte o coração de toda a família e dos amigos de Rodrigo nesse momento de tristeza e dor”, lamentou Patriota. O velório acontecerá nesta terça-feira (12), às 09h, na Vila da Cohab, 28.
O presidente americano, Donald Trump, revelou nesta segunda-feira (11) sua proposta de 8,6 bilhões de dólares para financiar a construção de um muro limítrofe com o México e voltou a pedir lealdade à maioria republicana do Senado para a votação de sua controversa declaração de emergência fronteiriça. Espera-se que o Senado vote ainda esta semana um recurso democrata para anular a declaração de emergência de Trump, que a está utilizando para redirecionar fundos do governo para construir um muro na fronteira entre Estados Unidos e México. Quatro republicanos anunciaram que vão romper fileiras e se unirão aos democratas para bloquear a polêmica medida presidencial. Os democratas são minoria no Senado, mas seu esforço seria aprovado com o apoio dos quatro republicanos.. Os democratas argumentam que Trump excedeu sua autoridade quando invocou poderes especiais para anular a oposição do Congresso a financiar a construção de muros fronteiriços adicionais e vários republicanos expressaram seu desconforto com a decisão do chefe do Executivo. Mas nesta segunda-feira, Trump voltou a pressioná-los fortemente pela segunda vez em cinco dias, ao tuitar que os republicanos “têm uma votação muito fácil esta semana” sobre segurança fronteiriça e muro. “Os democratas estão 100% unidos” sobre este tema, acrescentou. “Fiquem firmes!”, pediu aos seus correligionários. Se a medida for aprovada, significará uma reprimida geral ao presidente por parte do Congresso, mas só terá uma importância simbólica já que Trump pode responder com o veto — o primeiro de sua Presidência — e continuar obtendo recursos para o muro. Os 8,6 bilhões de dólares de financiamento adicional para o muro, contidos na ambiciosa proposta de orçamento para 2020, que a Casa Branca apresentou nesta segunda-feira, superam consideravelmente os 5,7 bilhões que Trump pediu para o mesmo fim este ano.
Ultrapassam 3,5 mil as notificações de casos de doentes por dengue, chikungunya e zika este ano e subiu para dez as mortes suspeitas por estas arboviroses no Estado. Os dados fazem parte do boletim da Secretaria Estadual de Saúde (SES) que compila os dados até o dia 2 de março. Um dos destaques vai para a ocorrência de zika, que teve alta de 122,7% em relação ao mesmo período do ano passado. O aumento da zika alerta para um possível novo “boom” de microcefalia e malformações em bebês, que havia sido reduzido drasticamente no Estado em 2018. Somente este ano, 14 bebêsnasceram e foram notificados com a Síndrome Congênita do Zika (SCZ) até primeira quinzena de fevereiro. Já o número geral de notificações da SCZ agora chega a 51 quando se leva em conta as crianças nascidas em 2019 e períodos anteriores, mas só inseridas no protocolo este ano. Leia também:Mortes suspeitas por arboviroses aumentam 200% em PernambucoCasos de arboviroses têm alta no Sertão pernambucano “Onde tem uma gestante, um caso de zika e mosquito sempre vai ter risco daquele bebê ser afetado pela síndrome congênita. A gente não tem claro ainda todos os mecanismos que fazem uma gestante o filho ter a SCZ e outra não ter a síndrome. Ainda temos essa interrogação. Por isso não podemos baixar a guarda”, enfatizou o diretor de Controle de Doenças Transmissíveis da Secretaria Estadual de Saúde (SES), George Dimech. Algumas Gerências Regionais de Saúde (Geres) apresentam taxas muito elevadas com relação a zika. A pior situação é na 7ª Geres, que reúne as cidades de Belém do São Francisco, Cedro, Mirandiba, Salgueiro, Serrita, Terra Nova, Verdejante. Na área a alta da doença chega a 1.200%. Outras regiões onde a zika preocupa são a 6ª Geres (+550%) – que reúne 13 municípios do Sertão do Moxotó – e 2ª Geres (+200%) – que agrupa 20 cidades da Mata Norte. A situação da dengue também preocupa. Já são 2.988 casos suspeitos, em 136 municípios, representando um aumento de 6,5 % em relação ao mesmo período de 2018 que notificou 2.806 casos. A 7ª Geres já tem um surto instalado com quase 7000% de aumento de notificações de dengue. A 10ª Geres, que compreende 12 cidades sertanejas, também acumula incremento de 400% da doença. Os últimos óbitos classificados como suspeitos por arboviroses foram de uma mulher de 43 anos, moradora de São Caitano; um homem de 48 anos de Timbaúba; e um paciente de 23 anos da cidade de Tamandaré. Outras cidades que já registraram mortes que podem estar relacionadas a dengue, chikungunya ou zika foram São Lourenço da Mata, São Benedito do Sul, Arcoverde, Bezerros, Camaragibe, Custódia e Ipojuca, cada com uma morte.
A comercialização de 46 planos de saúde de 13 operadoras está suspensa a partir desta segunda-feira (11) por decisão da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A medida, anunciada pela agência no último dia 1º, é temporária e acompanha os resultados trimestrais do Programa de Monitoramento da Garantia de Atendimento, que monitora o desempenho do setor. A mesma avaliação permitiu a retomada, também a partir desta segunda, da venda de sete planos de saúde de duas operadoras, que haviam sido suspensos anteriormente. De acordo com a ANS, a suspensão temporária da comercialização de planos de 13 operadoras se deu em função de reclamações sobre cobertura assistencial, prazo máximo de atendimento e rede de atendimento, entre outras. A medida foi anunciada antes do carnaval, com base em reclamações de beneficiários no último trimestre de 2018. “Os planos suspensos só podem voltar a ser comercializados quando forem comprovadas melhorias”, informou a agência. Eles atendem, juntos, a cerca de 570 mil beneficiários, que não são afetados pela medida. A assistência médica continua valendo para quem já é cliente, mas novas vendas não podem ser feitas.
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em parceria com órgãos de defesa do consumidor (Procons) de todo o país, realiza, a partir desta segunda-feira (11), mutirões para negociação de dívidas. A ação ocorre na semana em que se comemora o Dia Mundial do Consumidor, 15 de março. Segundo a Febraban, os mutirões são eficazes porque cerca de 80% das pessoas que participam dessas ações chegam a um acordo com os bancos. De acordo com a Febraban, os estados da Paraíba e do Maranhão e as cidades mineiras de Uberlândia, Ubá, São Sebastião do Paraíso e Carmo do Rio Claro são algumas das localidades que já confirmaram participação nos mutirões. Leia também: Saldo dos empréstimos dos bancos cai 0,9% em janeiro, diz BCBancos poderão sacar valores do INSS pagos a pessoas falecidasA federação lembra, porém, que o consumidor não precisa esperar pela realização de um mutirão caso necessite negociar suas dívidas. Os principais bancos mantêm canais para prestar esse serviço e reservam, em seus sites, áreas específicas para tal atendimento. Os cinco maiores bancos do país representam aproximadamente 95% do mercado de crédito ao consumidor no Brasil. Além das ferramentas desenvolvidas pelas instituições financeiras, os clientes podem encaminhar suas propostas de negociação aos bancos por meio do site. A plataforma, criada pelo governo federal, é um canal direto de comunicação entre os consumidores e mais de 80 instituições financeiras de todo o Brasil, para solução alternativa de conflitos de consumo, e está disponível na internet e também por meio de aplicativos para celular. Negociação onlineOs acordos feitos de forma virtual já representam até 40% do total, em algumas instituições financeiras. Pela estimativa do setor, as negociações online, entre este e o próximo ano, já deverão ultrapassar as presenciais, feitas nas agências – a exemplo do que ocorre com as transações bancárias, com o maior uso do mobile banking (ferramenta que permite a realização de serviços bancários por meio de dispositivos móveis, como celulares) no dia a dia do cliente. Confira as páginas de renegociação de dívidas dos cinco maiores bancos: Banco do Brasil Bradesco Caixa Itaú Unibanco Santander
Candidatos a uma bolsa do Programa Universidade para Todos (ProUni) que estão na lista de espera têm hoje (12) e amanhã (13) para apresentar a documentação necessária nas instituições de ensino superior nas quais pretendem estudar. Todos os estudantes que optaram por participar da lista devem apresentar os documentos que comprovam as informações prestadas na hora da inscrição, independentemente de serem selecionados. No site do ProUni está disponível a documentação necessária. As próprias instituições de ensino vão convocar os estudantes para preencher as bolsas de estudo remanescentes. ProUni Ao todo, 946.979 candidatos se inscreveram na primeira edição do ProUni deste ano, de acordo com o MEC. Como cada candidato podia escolher até duas opções de curso, o número de inscrições chegou a 1.820.446. Nesta edição são ofertadas 243.888 bolsas de estudo em 1.239 instituições particulares de ensino. Do total de bolsas, 116.813 são integrais e 127.075, parciais, de 50% do valor das mensalidades. O ProUni concede bolsas de estudo integrais e parciais em cursos de graduação e sequenciais de formação específica, em instituições privadas de educação superior. Em contrapartida, o programa oferece isenção de tributos às instituições que aderem ao programa. Os estudantes selecionados podem pleitear Bolsa Permanência, para ajudar nos custos dos estudos, e usar o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para garantir parte da mensalidade não coberta pela bolsa do programa.