Os programas de transferência de renda são e sempre serão necessários, mesmo que as condições econômicas melhorem no Brasil, a exemplo do que ocorreu em outros países. A avaliação é do cientista político Valdir Pucci. No entanto, o especialista alerta para o uso político dos benefícios sociais, principalmente em anos eleitorais. “No Brasil, os políticos transformaram os programas em moeda de troca para ganhar votos e não combater de fato a pobreza”, diz. De acordo com Pucci, falta coragem para resolver o problema dentro do Estado brasileiro, como reforma política, administrativa e tributária. “Mas, neste momento, não há nenhum interesse em acabar esses programas assistenciais já que buscam retorno eleitoral para seus idealizadores”. O cientista político vê semelhanças do surgimento dos bolsões de pobreza ao redor de Brasília com o que também ocorreu no Rio de Janeiro. Por abrigar o status de capital do país e por esse motivo receber recursos oriundos da União e do Distrito Federal, a cidade fica marcada como um lugar de alto custo de vida, de moradia, alimentação, locomoção e fica evidente a dobradinha do salário oferecido aos servidores pelo governo federal para incentivar a vinda deles para o Centro-Oeste, na inauguração da capital.“A cidade fica cara, o que faz aumentar a desigualdade social. Muitas pessoas que vieram para trabalhar na capital foram afastadas do centro. Com o passar do tempo foram morar cada vez mais longe, onde o custo de vida é mais barato”, explica. Segundo o especialista, o aumento da vulnerabilidade social no DF, assim como em todo o Brasil, vem, sobretudo, dos dois anos da pandemia, quando a economia ficou praticamente estagnada. Essa situação levou ao aumento da pobreza. Mas, a culpa não pode ser creditada somente ao novo coronavírus. De acordo com Pucci, a classe política, ao invés de buscar soluções para a pobreza, foca nas consequências que ela traz. As medidas deveriam ser de solução e não paliativas, como o antigo Bolsa Família e o Auxilio Brasil, que não vão na raiz do problema, só resolvem momentaneamente, não buscam a solução estrutural do problema. Professor de economia da Universidade de Brasília (UnB), Roberto Ellery reconhece a importância das políticas de renda para combater a fome no país, mas é preciso mais. “Os programas de transferência se mostraram fundamentais para redução da fome extrema, mas a economia precisa voltar a crescer e reduzir a inflação, que é tão cruel com os mais pobres”, explica. Não basta para sobreviver Ana Cristina Rodrigues Silva, 44 anos, vive na Estrutural, desde que o local era um lixão e as pessoas que não tinham onde morar se instalaram no local. Catadora de reciclados, ela divide o barraco com quatro filhos, um deles com transtorno mental, atendido pelo Capes do Guará. Ana Cristina recebe R$ 450 do Auxílio Brasil, mas não basta para sobreviver. Mãe solo, a catadora faz questão de frisar que é “solteira” e não “sozinha”. “Sozinha nunca, porque tenho meus quatro filhos”. A vizinhança reconhece o espírito solidário da catadora que busca doações …
A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, pressiona a China e outras economias do G20 a acelerar o alívio da dívida para um número crescente de países altamente endividados, alertando que o fracasso em fazê-lo pode desencadear uma “espiral descendente” prejudicial. Georgieva disse à Reuters que é crucial impulsionar o Marco Comum para negociação de dívidas, programa amplamente paralisado que foi adotado pelo G20 e pelo Clube de Paris de credores oficiais em outubro de 2020, mas não conseguiu entregar um único resultado até agora. “Este é um tópico sobre o qual não podemos ter complacência”, disse ela. “Se a confiança for corroída a ponto de haver uma espiral descendente, não se sabe onde isso terminará”, disse a chefe do FMI em entrevista, antes de reunião desta semana de autoridades financeiras na Indonésia. Georgieva disse que quase um terço dos países de mercados emergentes e duas vezes essa proporção de países de baixa renda estão com dificuldades envolvendo a dívida, com a situação piorando à medida que as economias avançadas aumentaram suas taxas de juros. Ela fez um apelo à China para que coordene melhor seus múltiplos credores, alertando que o país seria o “primeiro a perder dramaticamente” se os atuais problemas de dívida se transformarem numa crise total. Fonte: UOL
Mais de 60 milhões de toneladas da última safra de grãos na Ucrânia estão sem local para serem armazenadas. O período de colheita se estende pelo menos até o início do outono europeu, em setembro. Apesar de registrar queda de mais de 45% na produção, não há onde armazenar o estoque existente. Com os portos fechados, só foi possível escoar 5 mil toneladas de grãos, sendo que há mais de 22 mil toneladas se deteriorando por falta de armazenamento correto. Programa alimentar O Programa Alimentar Mundial da Organização das Nações Unidas (ONU) depende da Ucrânia para garantir cerca de metade do seu estoque. A situação se agrava pelo fato de a Índia, outro grande produtor de grãos, estar atravessando um período de seca extrema, que compromete a colheita deste ano. Novos bombardeios Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, no nordeste do país, foi novamente atingida por mísseis de forças russas. Um dos projéteis atingiu um prédio, de onde foi resgatada uma mulher com cerca de 70 anos. No centro da cidade, pelo menos três pessoas morreram e 28 ficaram feridas. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, voltou a garantir que fará de tudo para encontrar os responsáveis pelos últimos ataques na Ucrânia.
Portugal prepara-se para dois dias de atenção máxima ao risco de incêndios, sobretudo nas zonas rurais. Com as temperaturas muito altas e a terra extremamente seca, o governo colocou o país, desde a meia-noite, em situação de contingência. O decreto segue pelo menos até a noite da próxima sexta-feira (15). O estado de contingência está sendo aplicado pela primeira vez em Portugal diante do risco de incêndios florestais. A situação de alerta permite que a defesa civil mobilize todos os meios de que o país dispõe para combater os incêndios. A previsão é que, até o final desta semana, as temperaturas possam chegar a 45 graus Celsius (°C) em várias regiões do país. Fonte: EBC
Um ano e meio após a aprovação do uso emergencial, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu o pedido de registro definitivo da vacina CoronaVac contra a covid-19. O pedido foi enviado pelo Instituto Butantan ontem (8), mas a informação só foi divulgada hoje (9) pela agência. O imunizante está aprovado no Brasil desde 17 de janeiro de 2021, para adultos e crianças e adolescentes de 6 a 17 anos. A autorização, no entanto, prevê apenas o uso emergencial. As áreas técnicas da Anvisa analisarão o registro definitivo em até 60 dias. Assim como as demais vacinas contra a covid-19, o pedido terá análise prioritária, conforme firmado pela Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 415/2020. Além da tramitação acelerada, a norma prevê a possibilidade de assinatura de termos de compromisso. A análise será feita de forma conjunta, por três áreas distintas da Anvisa: a área de Medicamentos, que avalia os aspectos de segurança e eficácia; a área de Farmacovigilância, responsável pelo monitoramento e planos de acompanhamento da vacina; e pela área de Inspeção e Fiscalização, responsável pela avaliação das boas práticas de fabricação. Esse não é a única pendência da CoronaVac na Anvisa. Na próxima quarta-feira (13), o órgão discutirá a autorização para uso emergencial do imunizante em crianças de 3 a 5 anos. A reunião será realizada por meio de videoconferência e será transmitida pelo canal oficial da Anvisa no Youtube. Fonte Agência Brasil
Um ano e meio após a aprovação do uso emergencial, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu o pedido de registro definitivo da vacina CoronaVac contra a covid-19. O pedido foi enviado pelo Instituto Butantan ontem (8), mas a informação só foi divulgada hoje (9) pela agência. O imunizante está aprovado no Brasil desde 17 de janeiro de 2021, para adultos e crianças e adolescentes de 6 a 17 anos. A autorização, no entanto, prevê apenas o uso emergencial. As áreas técnicas da Anvisa analisarão o registro definitivo em até 60 dias. Assim como as demais vacinas contra a covid-19, o pedido terá análise prioritária, conforme firmado pela Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 415/2020. Além da tramitação acelerada, a norma prevê a possibilidade de assinatura de termos de compromisso. A análise será feita de forma conjunta, por três áreas distintas da Anvisa: a área de Medicamentos, que avalia os aspectos de segurança e eficácia; a área de Farmacovigilância, responsável pelo monitoramento e planos de acompanhamento da vacina; e pela área de Inspeção e Fiscalização, responsável pela avaliação das boas práticas de fabricação. Esse não é a única pendência da CoronaVac na Anvisa. Na próxima quarta-feira (13), o órgão discutirá a autorização para uso emergencial do imunizante em crianças de 3 a 5 anos. A reunião será realizada por meio de videoconferência e será transmitida pelo canal oficial da Anvisa no Youtube. Fonte: EBC
O valor médio da gasolina nas últimas três semanas caiu R$ 0,90 no país, invertendo a tendência de alta que vinha se verificando desde o início do ano. O estado com menor valor médio do litro da gasolina comum, na última semana é o Amapá, a R$ 5,54. Já o estado com maior valor médio é o Piauí, com R$ 7,25. Os dados fazem parte do levantamento semanal feito pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), publicado em sua página na internet. O litro de gasolina mais barato encontrado pela agência, na semana entre 3 e 9 de julho, foi de R$ 5,22, no Amapá, na capital Macapá. O litro de gasolina mais caro no período pesquisado foi de R$ 8,52, no Ceará, na cidade de Crateús. No estado de São Paulo, o maior valor do litro de gasolina encontrado foi na cidade de Barueri, a 7,99. O preço mais baixo foi na cidade de Matão e na capital São Paulo, a R$ 5,38. No Rio de Janeiro, a gasolina mais cara é vendida nos municípios de Maricá e São Francisco de Itabapoana, a R$ 7,99. Já o litro mais barato é comercializado também em Maricá, a R$ 5,69. As discrepâncias mostram a importância de se pesquisar, pois os preços variam muito em uma mesma cidade. No Distrito Federal, o preço mínimo da gasolina é de R$ 5,79. O máximo, é de R$ 6,59. Ambos são praticados na capital Brasília. Preços ainda menores ou maiores podem ser encontrados pelo país, em postos que não fizeram parte da pesquisa da ANP. Fonte: DP
O Boletim InfoGripe Fiocruz, divulgado nesta semana, aponta crescimento nas tendências de longo prazo (últimas seis semanas) e de curto prazo (últimas três semanas) dos casos de Síndrome Respiratória Aguda (SRAG). A análise é referente à Semana Epidemiológica (SE) 25, período de 19 a 25 de junho. O pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do Boletim, destaca que a possível interrupção do crescimento sinalizada na edição da semana anterior não se manteve. No entanto, o sinal de interrupção se mantém para os estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e São Paulo, com oscilação em patamar elevado no Paraná. Nas quatro últimas SE a prevalência entre os casos com resultado positivo para vírus respiratórios foi de 2,4% para influenza A, 0,1% para influenza B, 7,6% para vírus sincicial respiratório (VSR) e 77,6% para Sars-CoV-2 (Covid-19). Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 1,0% para influenza A, 0,1% para influenza B, 1,4% para vírus sincicial respiratório (VSR) e 94,5% para Sars-CoV-2 (Covid-19). Na faixa etária de 0 a 4 anos os dados das últimas quatro semanas mostram que o Sars-CoV-2 já se aproxima do observado para VSR. Esses dois vírus corresponderam a 36% e 39%, respectivamente. Assim, o estudo indica, em crianças e adolescentes, manutenção de SRAG do sinal de queda entre os grupos de 0 a 4 e 5 a 11 anos. Na população adulta observa-se sinal de desaceleração, porém ainda em situação de crescimento, especialmente nas faixas etárias a partir de 50 anos. Estados e capitais Os dados mostram que 16 das 27 unidades federativas apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo: AL, CE, DF, GO, MG, MS, MT, PB, PI, PR, RJ, RN, RR, SC, SP e TO. Nos estados das regiões Sudeste e Sul há indícios de possível interrupção na tendência de crescimento nas últimas semanas, que devem ser reavaliados nas próximas atualizações para confirmação. Entre as capitais, 18 das 27 apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo: Aracaju (SE), Belo Horizonte (MG), Boa Vista (RR), Plano Piloto e arredores de Brasília (DF), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Maceió (AL), Natal (RN), Palmas (TO), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), São Luís (MA), São Paulo (SP), Teresina (PI) e Vitória (ES). Quinze macrorregiões de saúde encontram-se em nível pré-epidêmico, 14 em nível epidêmico, 66 em nível alto, 22 em nível muito alto, e uma macrorregião de saúde em nível extremamente alto. Casos de SRAG no país Em nível nacional, o cenário atual sugere que a situação de casos casos notificados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) apresenta indícios de crescimento nas tendências de longo prazo (últimas seis semanas) e de curto prazo (últimas três semanas). “Ainda que em ritmo mais lento do que aquele observado ao longo dos meses da abril e maio”, observa o pesquisador Marcelo Gomes. Fonte: Nill Junior
A cachacinha antes do almoço e antes de dormir é uma tradição para o mineiro Gustavo Motta, de 43 anos. “O problema é que eu acabei transformando isso em uma ‘bengala’ para conseguir dormir, já que tenho sérios problemas para dormir. Ansiedade, TDAH e depressão fazem parte da minha realidade. Diagnosticado, mas não medicado”, desabafa o jornalista que mora em Cabo Frio (RJ). Gustavo disse que bebe todas as noites nos últimos 20 anos. “Desde 2001, quando tive um problema no joelho que acabou com minha carreira na dança, eu era dançarino e ator na época, foi quando meus problemas psicológicos se tornaram mais fortes”. Ele conta que toma aproximadamente meio litro de aguardente por dia. Consumo de álcool ajuda a dormir, mas prejudica a qualidade do sono – Gustavo Motta/Arquivo pessoal Embora o álcool consiga trazer relaxamento e acelerar o adormecimento, o hábito de beber antes de dormir prejudica a qualidade do sono, alerta o biomédico e pesquisador do Instituto do Sono, Gabriel Natan Pires. “A curto prazo, o álcool altera a arquitetura do sono, fragmentando este sono, piora o ronco e a apneia, e ainda a própria sensação de ter bebido demais e a ressaca pioram o sono também”. Gustavo disse que sente as consequências do hábito no dia a dia. “Sinto falta de força física, cansaço, fora os outros problemas como pancreatite, inflamação no fígado e até uma trombose. Não tenho dores de cabeça. Roncava muito, mas fiz algumas cirurgias no nariz para evitar o ronco”. Consequências O especialista explica as consequências a curto prazo que o hábito de tomar umas doses para dormir causam, como por exemplo, prejudicar o sono REM. [último estágio do ciclo do sono, dura cerca de 20 minutos cada e é nele que os sonhos acontecem.] e ocasionar muitos despertares. Com isso, é comum acordar cansado na manhã seguinte. “O sono induzido por álcool não é natural, não serve como um sono reparador, não serve para descanso. Se a pessoa acorda com a sensação de que está mais cansado do que quando foi dormir é a prova de que o sono não foi adequado. O álcool nunca é adequado para induzir sono”. Pires explica ainda sobre outra consequência a curto prazo: a apneia do sono. “A apneia do sono é aquela doença em que a pessoa tem pausas recorrentes na respiração durante a noite. O álcool relaxa a musculatura da garganta. Então a pessoa que ronca quando está sob o efeito do álcool vai roncar mais, porque a musculatura da garganta vai ficar mais flácida”. Para quem ronca, o álcool é muito muito pior, devido a apneia. “A depender da quantidade de álcool que a pessoa toma, a ressaca vai piorar o sono, já que, com ressaca e dor de cabeça ninguém consegue dormir direito, ainda tem que levantar no meio da noite para urinar várias vezes. Então tem os efeitos do álcool agindo sobre o metabolismo do corpo, afetando o sono”. Segundo o levantamento Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas …
O trabalho de sequenciamento genético realizado pela Rede Genômica da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) constata que as linhagens BA.4 e BA.5 da variante Ômicron continuaram a ganhar espaço no país durante a segunda quinzena de junho, o que favorece a manifestação de Covid-19 em pessoas que já tiveram a doença e se recuperaram. Novos dados da rede foram divulgados nesta sexta-feira (8) pela Fiocruz, que atingiu a marca de 50 mil genomas de Sars-CoV-2 sequenciados desde o início da pandemia de Covid-19, em março de 2020. O estudo mostra que as subvariantes BA.4 e BA.5 representavam cerca de 8% dos casos sequenciados no país em maio, percentual que subiu para 25% em junho, enquanto a BA.2 perdeu espaço. O cenário é semelhante ao que se verifica na América do Norte e na Europa e tende a posicionar as duas novas subvariantes como dominantes no país. Com o predomínio dessas duas linhagens, pesquisadores esperam uma maior ocorrência de reinfecções, já que elas são consideradas geneticamente bem distintas da BA.1 e da BA.2, que dominaram o cenário epidemiológico no primeiro semestre. O mesmo ocorreu quando a variante Ômicron BA.1 substituiu a variante Delta e causou o pico de casos registrado em janeiro e fevereiro deste ano. Foram caracterizados geneticamente 81 casos de reinfecção, sendo 68 deles associados às linhagens da variante descoberta na África do Sul. Entre esses casos, já há quadros de pessoas que contraíram Covid-19 a partir de vírus de duas linhagens diferentes da Ômicron. Os dados analisados no estudo divulgado hoje se referem ao período de 16 a 30 de junho, e incluem o sequenciamento de 1.745 genomas na base de dados que já existia. O material é coletado pelos pesquisadores a partir de parceria e colaboração com os Lacens (Laboratórios Estaduais de Saúde Pública), a Coordenação-Geral de Laboratórios do Ministério da Saúde, os Laboratórios de Assistência Diagnóstica da Fiocruz e outras instituições nacionais. O acesso à base de dados EpiCoV do Gisaid, uma iniciativa internacional de vigilância genômica de novo coronavírus e influenza, também auxilia o trabalho de monitoramento da rede. Fonte: R7.COM
Depois de apresentar um bom crescimento em 2020, em torno de 6% no volume de vendas, o setor de biscoitos, massas e pães e bolos industrializados preveem encerrar o ano de 2022 com uma elevação menor no volume, em torno de 1%. Apesar de parecer um crescimento pequeno, esse ainda seria um bom resultado, disse Claudio Zanão, presidente-executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (Abimapi). “Nossa expectativa é de crescimento de volume em torno de 1% no máximo. Mas se estabilizar em 0% será um bom resultado também”, disse ele, em entrevista à Agência Brasil, durante o 17º Congresso Internacional das Indústrias. “A nossa categoria de produtos vem se mantendo muito bem durante a pandemia. Houve um crescimento maior em 2020, com o auxílio-emergencial. Em 2021 e 2022 houve uma queda, mas em paralelo a 2019, que era período pré-pandemia. Então não há nenhum motivo para uma explosão de consumo novamente”, explicou. Nem mesmo a proximidade da Copa do Mundo pode trazer reflexos mais positivos. “Infelizmente não é a Copa do Mundo, nem as eleições [que vão influenciar nos números], mas o poder aquisitivo, que continua baixo. O auxílio-emergencial está menor e inconstante. Então isso faz com que se tenha menos dinheiro no bolso e o resultado é menos consumo”, falou o presidente-executivo da Abimapi. No ano passado, esses setores juntos perderam 1,5% em volume, comparando com 2020. Porém, na comparação com 2019, um ano antes da pandemia de covid-19, o resultado foi positivo: aumento de 3%. Mas o que realmente impressionou no ano passado foram as exportações. “Batemos recorde em 2021 com 200 mil toneladas exportadas e US$ 240 milhões. E esperamos, nessa mesma ideia, continuar em 2022 a crescer mais 10% ou 15% também”, disse Zanão. Rodadas de negócios Com apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), a Abimapi e a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab) estão reunidas desde quinta-feira (7) em Florianópolis para o 17º Congresso Internacional das Indústrias. Durante o evento, as duas associações estão buscando ampliar os negócios no mercado externo. Somente na quinta-feira ocorreram 80 reuniões, informou Rodrigo Iglesias, diretor internacional da Abimapi. “É a terceira rodada de negócios que nós fazemos durante o Congresso da Abimapi em parceria com a Abicab e a Apex-Brasil. Estamos realizando com foco no mercado dos Estados Unidos, Colômbia, Arábia Saudita, África do Sul, Chile. Temos inclusive compradores que estão participando pela primeira vez, online”, disse à reportagem da Agência Brasil. “Só na quinta-feira fizemos 80 reuniões com 10 compradores, dois deles online. E temos uma perspectiva por volta de US$ 5 milhões de negócios. Hoje [sexta-feira] devemos fechar por volta de US$ 10 milhões, já que temos mais reuniões previstas do que ontem”, disse Iglesias. Para a Abimapi, os destaques dessas rodadas de negociação têm sido principalmente as massas e o pão de forma. “O pão de forma vem se destacando muito. Durante a pandemia, com o fechamento das padarias, o acesso ao pão francês ficou muito difícil. Então o pão de forma foi uma opção para o consumidor. O grande momento do consumo do pão de forma é o café da manhã. Ou era o café …
O brasileiro tem trocado as refeições por lanches, e um dos fatores que ajuda a explicar essa mudança é a alta no preço dos alimentos. Isso é o que apontou uma pesquisa de consumo, feita pela Kantar, e que foi apresentada hoje (8) durante o 17º Congresso Internacional das Indústrias, em Florianópolis. A pesquisa Consumer Insights 2022 apontou que, enquanto o valor médio de uma refeição completa girava em torno de R$ 43,94 nos primeiros três meses desse ano, o gasto médio com os snacks (lanches e petiscos) era quase quatro vezes menor, em torno de R$ 10,43. Segundo David Fiss, diretor comercial da Kantar, além do custo, outro motivo que explica o brasileiro trocar a refeição pelo lanche é a praticidade. “O brasileiro busca cada vez mais a praticidade no tipo de alimentação dele. Então a gente começa a enxergar cada vez mais a presença de sanduíches principalmente nas ocasiões onde eram fortes as refeições tradicionais”, disse em entrevista à Agência Brasil. Essa mudança de comportamento vem sendo observada em todas as classes sociais, especialmente na classe C, pontou Fiss. “Existe a praticidade e também tem a questão do fator preço. Quando você compra embutidos, você consegue compartilhar melhor os produtos ou comprar a granel, que é um fator também que se ajusta ao bolso do consumidor. Você alia a praticidade ao gosto das pessoas, mas o custo é bem mais acessível do que as refeições tradicionais”, acrescentou. “Hoje, cada vez mais, o custo, aliado à praticidade e ao sabor, se tornam relevantes para o consumidor”, acrescentou. O estudo mostrou ainda que as famílias brasileiras reduziram os gastos fora de casa nesse ano de 2022, priorizando o consumo dentro do lar. Isso ocorre, segundo a Kantar, por causa da inflação. Com isso, o gasto médio trimestral dentro de casa passou de R$ 1.329 no ano passado para R$ 1.369 no primeiro trimestre deste ano, enquanto o fora de casa passou de uma média de R$ 288 para R$ 278 em igual período. Ainda de acordo com a Kantar, os gastos com consumo massivo em casa representaram 52% do orçamento familiar, em média. Para as classes D e E, esse gasto domiciliar foi maior e representou 60% do consumo, enquanto para as classes A e B esteve em torno de 47%. O 17º Congresso Internacional das Indústrias é promovido pela Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (Abimapi) e pela Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab). *A repórter viajou a convite da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (Abimapi)
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) disponibilizou o resultado das análises de diplomas para a primeira etapa da segunda edição de 2022 do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superior Estrangeira (Revalida 2022/2). A consulta do resultado deve ser feita por meio do Sistema Revalida. É também por meio do Sistema Revalida que deverá ser feita, até a próxima quinta-feira (14), a apresentação de recursos, caso seja do interesse do participante. Os resultados dos recursos poderão ser consultados a partir do dia 18 de julho. “No caso de reprovação da documentação apresentada, o participante poderá inserir novo arquivo para análise. O único documento aceito, conforme previsto em edital, é o diploma médico original expedido por instituição de educação superior estrangeira reconhecida no país de origem pelo ministério da educação ou órgão equivalente, autenticado pela autoridade consular brasileira ou pelo processo da Convenção sobre a Eliminação da Exigência de Legalização de Documentos Públicos Estrangeiros”, informou, em nota, o Inep. O arquivo deve ser digitalizado (frente e verso) e estar em formato PDF, PNG ou JPG, com tamanho de até 2 MB. A primeira etapa do Revalida 2022/2 está prevista para o dia 7 de agosto, em oito cidades brasileiras: Brasília (DF), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio Branco (AC), Salvador (BA) e São Paulo (SP). Habilidades Aplicado pelo Inep desde 2011, o objetivo do Revalida é avaliar habilidades, competências e conhecimentos necessários para o exercício profissional adequado aos princípios e necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS). O exame é voltado aos que obtiveram diploma de graduação em medicina expedido no exterior. O ato de apostilamento da revalidação do diploma é atribuição das universidades públicas que aderirem ao instrumento unificado de avaliação representado pelo Revalida. O exame é composto por duas etapas (teórica e prática) que abordam, de forma interdisciplinar, as cinco grandes áreas da medicina: clínica médica, cirurgia, ginecologia e obstetrícia, pediatria e medicina da família e comunidade (saúde coletiva). Para participar da segunda etapa, é necessário ter sido aprovado na primeira, que contempla as provas objetiva e discursiva. As referências do exame são os atendimentos no contexto de atenção primária, ambulatorial, hospitalar, de urgência, de emergência e comunitária, com base na Diretriz Curricular Nacional do Curso de Medicina, nas normativas associadas e na legislação profissional. Fonte: UOL
O trabalho de sequenciamento genético realizado pela Rede Genômica da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aponta que as linhagens BA.4 e BA.5 da variante Ômicron continuaram a ganhar espaço no país durante a segunda quinzena de junho, o que favorece a ocorrência de casos de covid-19 em pessoas que já tiveram a doença e se recuperaram. Novos dados da rede foram divulgados hoje (2) pela Fiocruz, que atingiu a marca de 50 mil genomas de SARS-CoV-2 sequenciados desde o início da pandemia de covid-19, em março de 2020. O estudo mostra que as subvariantes BA.4 e BA.5 representavam cerca de 8% dos casos sequenciados no país em maio, percentual que subiu para 25% em junho, enquanto a BA.2 perdeu espaço. O cenário é semelhante ao que ocorre na América do Norte e na Europa e tende a posicionar as duas novas subvariantes como dominantes no país. Com o predomínio dessas duas linhagens, pesquisadores esperam uma maior ocorrência de reinfecções, já que elas são consideradas geneticamente bem distintas da BA.1 e da BA.2, que dominaram o cenário epidemiológico no primeiro semestre. O mesmo ocorreu quando a variante Ômicron BA.1 substituiu a variante Delta e causou o pico de casos registrado em janeiro e fevereiro deste ano. Foram caracterizados geneticamente 81 casos de reinfecção por covid-19, sendo 68 deles associados às linhagens da variante Ômicron. Entre esses casos, já há pessoas que contraíram covid-19 a partir de vírus de duas linhagens diferentes da Ômicron. Os dados analisados no estudo divulgado hoje se referem ao período de 16 a 30 de junho, e incluem o sequenciamento de 1.745 genomas à base de dados que já existia anteriormente. O material é coletado pelos pesquisadores a partir de parceria e colaboração com os Laboratórios Estaduais de Saúde Pública (Lacens), a Coordenação-Geral de Laboratórios do Ministério da Saúde, os Laboratórios de Assistência Diagnóstica da Fiocruz e outras instituições nacionais. O acesso à base de dados EpiCoV do Gisaid, uma iniciativa internacional de vigilância genômica de novo coronavírus e influenza, também auxilia o trabalho de monitoramento da Rede. Fonte: EBC
Adultos, crianças e adolescentes da cidade de Brumadinho, em Minas Gerais, têm no corpo uma concentração elevada de metais como arsênio, manganês, cádmio, mercúrio e chumbo, segundo a primeira etapa da pesquisa Programa de Ações Integradas em Saúde de Brumadinho. Elaborada por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Minas Gerais e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a pesquisa mostra que, entre os adolescentes, alguns metais estão acima dos limites de referência, com destaque para arsênio total na urina (28,9% com mais de 10 μg/g creatinina), manganês no sangue (52,3% com mais de 15 μg/L) e chumbo no sangue (12,2% com mais de10 μg/dL). Já nos adultos, o estudo apresentou elevadas proporções de níveis aumentados de arsênio total na urina (33,7%) e de manganês no sangue (37%). O estudo, que avalia as condições de vida, saúde e trabalho da população de Brumadinho depois do desastre provocado pelo rompimento da barragem da mineradora Vale, em janeiro de 2019, avalia também a saúde mental dos moradores e os resultados do Projeto Bruminha, relacionado a crianças. Conforme a Fiocruz, a pesquisa é feita em duas frentes de trabalho. Uma tem foco na população com idade acima de 12 anos, chamada Saúde Brumadinho, e outra destinada às crianças de 0 a 6 anos de idade. Ao todo, são 3.297 participantes, sendo 217 crianças, 275 adolescentes com idade entre 12 e 17 anos, e 2.805 adultos com mais de 18 anos. Os dados foram coletados no segundo semestre de 2021. A pandemia atrasou o começo da coleta de dados, que inicialmente estava prevista para um período mais próximo do rompimento da barragem. Presença de metais As análises para identificar a dosagem de metais presentes no organismo de crianças de zero a 6 anos de idade foram feitas por meio de exames de urina. “Em todas foi detectada a presença de um dos cinco metais em avaliação (além dos já citados, cádmio e mercúrio). As análises também apontaram que 50,6% das amostras urinárias apresentaram pelo menos um metal acima do valor de referência. O arsênio foi encontrado acima do valor de referência em 41,9% das amostras analisadas e o chumbo em 13% delas”, informou a Fiocruz. A referência a problemas respiratórios chamou a atenção dos pesquisadores. As respostas mais frequentes dadas por adolescentes no estudo indicavam já terem recebido diagnósticos médicos de asma ou bronquite asmática. Essas doenças crônicas foram mencionadas por 12,3% dos adolescentes. “O percentual é maior entre os moradores de algumas regiões, chegando a 23,8% entre os residentes do Parque da Cachoeira e 17,1% entre os que vivem no Córrego do Feijão, regiões diretamente expostas ao rompimento da barragem de rejeitos. Pneumonia foi citada por 10,9% dos adolescentes, mas, entre aqueles que moram no Pires, região banhada pelo Rio Paraopeba, que foi atingido pela lama, o percentual foi de 16,7%”, segundo a pesquisa. Entre os adultos, as doenças crônicas mais citadas após diagnóstico médico, com pequenas variações entre as regiões, foram hipertensão (30,1%), colesterol alto (23,1%) e problema crônico de coluna (21,1%). O diabetes foi prevalente em 9,8% nesta parcela da …
Três quartos da carne e dos produtos lácteos dos Países Baixos, analisados por cientistas da Vrije Universiteit Amosterdam, têm partículas microplásticas. O estudo-piloto mostra que porcos e vacas são expostos a partículas de plástico por meio da ração. Os mesmos pesquisadores que descobriram microplástico no sangue humano, em março deste ano, replicaram o método, mas agora em produtos de origem animal. Durante a pesquisa na universidade de Amsterdã foram analisadas 12 amostras de sangue de vaca e 12 de sangue de porco e encontrados microplásticos em todas, incluindo polietileno e poliestireno. Ao investigar 25 amostras de leite, provenientes de supermercados, tanques em fazendas e ordenha manual, os pesquisadores descobriram que 18, pelo menos uma de cada tipo, estavam contaminadas. Sete das oito amostras de carne bovina e cinco das oito de carne suína continham microplásticos. “Ainda não se sabe se há algum risco toxicológico potencial dessas descobertas”, disseram os autores do estudo. Para compreender melhor a razão por que esses resíduos vão para o organismo dos animais, os pesquisadores também analisaram amostras de diferentes tipos de ração. Em todas as 12 amostras de ração animal triturada que examinaram encontraram microplásticos. Alimentos frescos testados não apresentaram partículas de plástico mensuráveis.A equipe de cientistas acredita que o consumo de ração que contenha microplástico pode ser uma das vias de contaminação dos porcos e das vacas. Os resultados revelam cadeia alimentar já contaminada. “Há uma primeira indicação de que partículas de plástico estão presentes em concentrações detectáveis na ração animal moderna, nos animais que a comem e nos produtos agrícolas”, diz o documento. Uma possível consequência é o registro de “partículas de plástico na maioria (75%) da carne bovina e das amostras de carne de porco” pesquisadas. “Portanto, os seres humanos podem ser potencialmente expostos a partículas de plástico comendo carne bovina ou suína”. Haverá menor risco, provavelmente, por meio do leite, afirma o estudo. O trabalho foi encomendado pela organização ambiental holandesa Plastic Soup Foundation, que procura acrescentar dados científicos para tentar alertar a população e conter a poluição na fonte. “Com os microplásticos presentes na alimentação do gado, não é surpreendente que uma clara maioria dos produtos de carne e laticínios testados contenha microplásticos. Precisamos urgentemente de livrar o mundo do plástico na alimentação animal para proteger a saúde do gado e dos seres humanos”, alerta Maria Westerbos, diretora da Plastic Soup Foundation, que descreve os resultados como “chocantes”. Fonte: AB
Será divulgado ainda hoje (8) o resultado das análises de diplomas para a segunda edição de 2022 do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superior Estrangeira (Revalida 2022/2). A divulgação do resultado estava prevista para o dia 5, mas foi adiada. De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), a medida visa uma avaliação mais detalhada dos diplomas. “Após a publicação dos resultados, os interessados poderão interpor recurso, por meio do Sistema Revalida, caso seja necessário”, informa o Inep. O prazo para a solicitação de nova análise do certificado inicia hoje e vai até o dia 14 de julho, “mantendo a integralidade do período estipulado anteriormente”, conforme informou o instituto. Os resultados dos recursos poderão ser consultados a partir do dia 18 de julho. A primeira etapa do Revalida 2022/2 está prevista para o dia 7 de agosto, em oito cidades: Brasília, Campo Grande (MS), Curitiba, Porto Alegre, Recife, Rio Branco, Salvador e São Paulo. Habilidades Aplicado pelo Inep desde 2011, o Revalida avalia habilidades, competências e conhecimentos necessários para o exercício profissional adequado aos princípios e necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS). O exame é voltado aos que obtiveram diploma de graduação em medicina expedido no exterior. O ato de apostilamento da revalidação do diploma é atribuição das universidades públicas que aderirem ao instrumento unificado de avaliação representado pelo Revalida. O exame é composto por duas etapas, a teórica e a prática, que abordam, de forma interdisciplinar, as cinco grandes áreas da medicina: clínica médica, cirurgia, ginecologia e obstetrícia, pediatria e medicina da família e comunidade (saúde coletiva). Para participar da segunda etapa, é necessário ter sido aprovado na primeira, que contempla as provas objetiva e discursiva. As referências do exame são os atendimentos no contexto de atenção primária, ambulatorial, hospitalar, de urgência, de emergência e comunitária, com base na Diretriz Curricular Nacional do Curso de Medicina, nas normativas associadas e na legislação profissional. Fonte: EBC
Açaí, tucumã e buriti são os insumos da Amazônia que mais apareceram em estudos científicos publicados de 2017 a 2021 por instituições de pesquisa brasileiras sobre matérias-primas da região. Os estudos foram mapeados na publicação Bioeconomia amazônica: uma navegação pelas fronteiras científicas e potenciais de inovação, divulgada hoje (8). O levantamento foi coordenado pela World-Transforming Technologies (WTT), com a participação da Agência Bori, e mapeou 1.070 artigos científicos publicados nos últimos cinco anos na base internacional de periódicos Web of Science. As áreas mais pesquisadas são ciência das plantas, ciências ambientais, ciência e tecnologia de alimentos, ecologia, bioquímica e biologia molecular. “A gente precisa dar visibilidade à ciência feita na Amazônia e sobre a Amazônia. Há muita pesquisa sobre os ativos da biodiversidade que têm o potencial de resolver problemas importantes da sociedade, como tratamento de câncer, tratamento para prevenção de infecção com mercúrio, biomateriais, bioplástico. Há muita coisa interessante sendo pesquisada que pode, de fato, virar tecnologia, solução para problemas da sociedade”, diz o idealizador do estudo e gerente de operações da WTT, Andre Wongtschowski. O bioma amazônico é continental, ocupa quase metade do território do país, é compartilhado por países vizinhos como Colômbia e Peru e se destaca como território de megabiodiversidade. Conforme ressalta a publicação, o número total de espécies de animais e plantas ainda não é conhecido, mas estima-se que existam pelo menos de 30 a 40 mil espécies apenas de plantas. Insumos mais citados A partir do mapeamento dos 1.070 artigos científicos, foram analisados 621 estudos, que seguem critérios de geração de novos conhecimentos e possíveis inovações a partir da sociobiodiversidade amazônica. Entre eles, 11 insumos aparecem em praticamente uma a cada três pesquisas: açaí, tucumã, buriti, piper, aniba, castanha do Brasil, andiroba, cupuaçu, lippia, guaraná e bacaba. As pesquisas são variadas. Nelas, os insumos são usados, por exemplo, para supressão tumoral de células de câncer de ovário, agente sensibilizador para terapia fotodinâmica de câncer e como agente em combate a doenças infecciosas. As pesquisas trabalham também com a validação científica da utilização de insumos tradicionalmente empregados na medicina popular no tratamento de anemia, diarreia, malária, dores, inflamações, hepatite e doenças renais, dadas as atividades anti-inflamatória e antidiarreica, entre outras. A aplicação pode ser feita também em diversas atividades industriais, como produtos artesanais, fabricação de tecidos, fios e redes de pesca, materiais cimentícios para construções sustentáveis, filmes biodegradáveis. “Temos que dar visibilidade a essas pesquisas promissoras, para que elas saiam das prateleiras, saiam do papel e, de fato, se transformem em soluções para problemas importantes”, defende Wongtschowski. Política nacional de inovação Segundo o pesquisador, é necessária uma política nacional de inovação que estabeleça grandes objetivos a partir dos desafios do Brasil, que precisam ser resolvidos com a ciência. Nas soluções, é preciso engajar a comunidade científica, empresas, governos, organizações não governamentais e a sociedade em geral. “É importante que esses desafios conversem com os desafios da sociedade, essas soluções precisam justamente olhar para os desafios que a gente tem como sociedade, sejam eles sociais ou ambientais”, diz Wongtschowski. “É preciso ter realmente a colaboração entre esses vários setores para que …
Os beneficiários do Auxílio Brasil terão acesso gradativamente aos novos cartões com a marca do programa, com chip e que poderão ser usados para pagar compras no débito. Atualmente, além da logomarca do antigo Bolsa Família, eles só têm a função para saque. Criado para substituir o Bolsa Família desde novembro de 2021, o programa atende 18,1 milhões de pessoas, com repasse de R$ 400 mensais , que pode aumentar para R$ 600 neste ano, caso a PEC dos Benefícios seja aprovada na Câmara na semana que vem. Como proceder Para o beneficiário que receber o cartão, a senha para uso pode ser cadastrada em unidades lotéricas, agências da Caixa e pelo aplicativo Caixa Tem. A Caixa Econômica Federal é a responsável pela produção dos cartões e por encaminhar e atender os usuários. A intenção é fazer com que as famílias atendidas pelo Auxílio Brasil sejam bancarizadas por meio da aquisição dos novos cartões do programa, assim como ocorreu com o auxílio emergencial, pago em 2020 e 2021, por meio de conta digital e aplicativo, durante a pandemia de coronavírus. “O objetivo é agregar eficiência ao pagamento do Auxílio Brasil, dar mais liberdade aos beneficiários e ampliar as ferramentas de segurança. Isso porque a tecnologia de chip de contato reduz riscos de clonagem”, afirma o ministério. Perguntas e respostas sobre a mudança 1. O que é o cartão bancário Auxílio Brasil na função débito?É um cartão que possibilita compras em estabelecimentos comerciais na função débito, além do saque total ou parcial do benefício em toda a rede de pagamentos da Caixa e bancos 24h. 2. Qual o objetivo do novo cartão?Modernizar o pagamento do Auxílio Brasil e dar mais independência ao beneficiário na realização de compras, além de aumentar a segurança das transações. A tecnologia de chip de contato reduz riscos de clonagem. 3. O cartão será encaminhado a todos os beneficiários do Auxílio Brasil?A expectativa, num primeiro instante, é de que sejam emitidos cartões para as famílias que recebem o benefício na modalidade poupança social digital e tiveram o benefício concedido a partir de novembro de 2021. 4. Quantas famílias vão receber o cartão?A ação especial de emissão de cartões ocorre de forma gradual, para um quantitativo estimado de 6,6 milhões de famílias que ingressaram no programa a partir de novembro de 2021, e que recebem o benefício na modalidade poupança social digital. No primeiro mês estão sendo emitidos 3,2 milhões de cartões. 5. Onde a família pode cadastrar a senha do cartão?O cadastramento pode ser realizado em agências da Caixa, nas lotéricas e por meio do aplicativo Caixa Tem, a partir da opção “Auxílio Brasil” e depois “Criar senha do cartão”. 6. Houve prioridade para algum público para a emissão dos cartões?Sim. Foi considerada a qualidade de canais de pagamento em cada município. A prioridade é para os municípios que não apresentam canal de pagamento da Caixa ou aqueles que têm unidades de pagamento mais sobrecarregadas. 7. Quais informações estão no cartão bancário Auxílio Brasil? Na parte da frente: • Identificação do Programa …
Mutuários que recebem até R$ 8 mil passarão a ter acesso ao programa habitacional Casa Verde e Amarela. O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aprovou hoje (7) o aumento nas faixas de renda do programa. A expectativa é que os novos valores entrem em vigor em 18 de julho. As mudanças foram as seguintes. Cada faixa tem subsídios e programas diferenciados. Segundo o Conselho Curador do FGTS, a atualização das faixas de renda tem como objetivo destravar o programa habitacional e melhorar as condições para as construtoras, pressionadas pelo aumento dos custos, pelos juros altos e pela inadimplência. Segundo o Secretário Nacional de Habitação do Ministério do Desenvolvimento Regional, Alfredo Santos, as medidas ampliam em até R$ 19 mil a capacidade de financiamento das famílias. As reduções de juros, provocadas pelo número maior de famílias com acesso às faixas mais baixas do programa, ficarão entre 0,75 e 1,16 ponto percentual, dependendo da renda do mutuário. A queda das taxas, destacou, beneficiará até 31 % da carteira do Casa Verde e Amarela. Pró-Cotista O Conselho Curador também aprovou reduções de juros no Pró-Cotista, programa destinado a quem não tem acesso ao Casa Verde e Amarela. As taxas para imóveis avaliados em até R$ 350 mil cairão de 8,66% para 7,66% ao ano. Os juros para unidades acima desse valor cairão de 8,66% para 8,16% ao ano. Fonte: DP
Causado por uma dilatação anormal nas artérias intracranianas, o aneurisma cerebral é considerado uma doença grave e silenciosa, que não apresenta nenhum sintoma antes do rompimento. Apesar de não ser uma exclusividade só de mulheres, a doença passa a ser mais frequente em pessoas do gênero feminino acima dos 40 anos, com uma proporção de três casos para dois em homens da mesma idade. Doenças genéticas e hábitos não saudáveis são fatores de ricos para o surgimento do aneurisma. Segundo o especialista em neurorradiologia intervencionista do Hospital Jayme da Fonte, Dr. Laécio Leitão, crianças são raramente afetadas pela doença. A possibilidade do aneurisma cerebral aumenta a partir da idade e gênero do paciente. Acima dos 40 anos e após a menopausa, as mulheres se tornam as principais vítimas. A teoria está relacionada a queda nos níveis de estrogênio, que podem causar uma perda da elasticidade da parede das artérias. “Doenças como a hipertensão arterial aumenta o risco de um rompimento, pois a parede do aneurisma é mais frágil e vulnerável a altas pressões. O hábito de fumar, consumo excessivo de bebida alcoólica e uso de drogas estimulantes como a cocaína também podem precipitar a rutura”, explicou. Além disso, doenças genéticas, como o rim policístico autossômico, e as que podem enfraquecer a parede dos vasos, como as síndromes de Ehlers-Danlos e de Marfan e o histórico de aneurisma cerebral em membros da mesma família apresentam predisposição para o aneurisma cerebral. O acompanhamento médico especializado para o controle das doenças e mudança nos hábitos de vida são essenciais para evitar o rompimento do aneurisma. Ainda de acordo com o especialista, a maioria dos aneurismas cerebrais não provocam sintomas e são descobertos por coincidência através de uma tomografia ou ressonância cerebral para avaliação de outras enfermidades. Uma vez descoberto, o essencial é procurar um especialista em doenças vasculares cerebrais para avaliação e conduta no caso. Já no rompimento, os sintomas são: forte dor de cabeça súbita, a perda de consciência, derrame cerebral, enjoo ou vômito. “É importante contactar imediatamente seu médico ou procurar uma emergência hospitalar em caso de uma dor de cabeça muito forte e diferente de outras. Pode acontecer no trabalho, durante o ato sexual ou o paciente despertar do sono pela cefaleia súbita, explosiva. Este pode ser um sinal de alerta para rutura do aneurisma”, ressaltou. O tratamento é essencialmente a exclusão imediata do aneurisma da circulação e pode ocorrer de duas maneiras: neurocirurgia aberta, com abordagem direta do aneurisma e colocação de um delicado clip metálico no saco aneurismático sob anestesia geral, ou pela cirurgia endovascular, uma técnica minimamente invasiva por microcateterismo e preenchimento do aneurisma com maleáveis espirais de platina. No Hospital Jayme da Fonte, o procedimento é realizado com equipamento de Angiografia da Siemens Healthineers, considerado um dos mais modernos no mercado de imagem atual. “Quando o aneurisma rompe, infelizmente, 15 a 20% dos pacientes falecem nas primeiras horas. Se não tratado de imediato, a taxa de um novo sangramento é de 3% ao dia na primeira semana e pode …
O Ministério da Saúde anunciou nesta quinta-feira (7) a ampliação da vacinação contra o papilomavirus humano quadrivalente (HPV4) para homens de até 45 anos com imunossupressão. A ampliação de faixa etária segue recomendações de sociedades científicas. Isso significa que, a partir de agora, homens de até 45 anos transplantados, pacientes oncológicos ou vivendo com HIV/Aids podem se vacinar. O esquema tradicional de três doses continuará sendo usado, independente da idade. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a estimativa é que haja entre 9 a 10 milhões de infectados por esse vírus no Brasil e que a cada ano surjam 700 mil novos casos da infecção no país. O risco de desenvolvimento de cânceres associados ao HPV é cerca de quatro vezes maior entre pessoas vivendo com HIV/Aids e transplantados, do que na população sem a doença ou transplante. A imunossupressão crônica é um dos principais fatores de risco para aquisição e persistência do HPV, esclareceu o ministério, por meio da assessoria de imprensa. É também importante fator de risco para a progressão de lesões pré-cancerosas e neoplasias, especialmente em pessoas vivendo com HIV/Aids, transplantados de células-tronco hematopoéticas e órgãos sólidos e indivíduos em tratamento para câncer (rádio e/ou quimioterapia). A vacina HPV quadrivalente previne os cânceres relacionados aos HPV 16 e 18; cânceres de colo do útero, de vulva e vagina; o câncer peniano e cânceres de orofaringe e anal em homens e mulheres, além das verrugas genitais nos dois sexos relacionadas ao HPV 6 e 11. Podem se vacinar contra o HPV meninas de 9 a 14 anos; meninos de 11 a 14 anos; e homens e mulheres imunossuprimidos, de 9 a 45 anos, que vivem com HIV/Aids, transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea e pacientes oncológicos. Fonte: Folha-PE
A Neoenergia Pernambuco reforçou o sistema elétrico que abastece o município de Petrolina ao energizar uma nova subestação na cidade, a Seccionadora Massangano, construída às margens da BR 428. No total, mais de 200 mil pessoas estão sendo beneficiadas diretamente com o novo ativo da distribuidora, que possibilitou um melhor fornecimento de energia da região, além de garantir uma maior proteção das linhas de distribuição de alta tensão na cidade. Outro benefício da Subestação Massangano será promover uma maior flexibilidade operacional para as subestações Dom Avelar, Massangano 2, Massangano 3, Pontal Sul 2, Pontal Norte, Rajada, Afrânio, Pontal Sul 1, Barra de Bebedouro e São Francisco. Por se tratar de uma seccionadora, o novo empreendimento dará condições de realizar manobras e balanceamento de cargas com maior facilidade entre os demais ativos. As melhorias no sistema de distribuição de energia vão impactar diretamente parte de Petrolina, Lagoa Grande, Afrânio, Dormentes e Santa Maria da Boa Vista. “A subestação Massangano vai contribuir muito para um melhor fornecimento de energia no Sertão do Estado. Ela dará condições para que os controladores que ficam no Recife possam ajustar os parâmetros da distribuição em várias outras subestações, promovendo equilíbrio em toda o sistema dos municípios impactados”, afirmou o superintendente técnico da Neoenergia Pernambuco, André Santos. A construção do novo ativo também tem como finalidade contribuir com o crescimento econômico e agrário na região, se antecipando à crescente demanda por energia na cidade. Com a subestação Massangano, Petrolina e cidades vizinhas estão ainda mais equipadas para receber empreendimentos de grande porte, geradores de emprego e oportunidades para milhares de pessoas. Fonte: Waldiney Passos
A melhoria do mercado de trabalho e o aumento da demanda do setor de serviços fizeram a Confederação Nacional da Indústria (CNI) elevar a projeção de crescimento da economia neste ano. Segundo o Informe Conjuntural do 2º Trimestre, divulgado hoje (8) pela entidade, a estimativa passou de 0,9% em abril para 1,4% em julho. No fim do ano passado, a CNI tinha projetado crescimento de 1,2%. No entanto, a guerra na Ucrânia e os lockdowns na China levaram a instituição a reduzir a previsão para 0,9% há três meses. As previsões foram baseadas no desempenho da economia no primeiro trimestre. No entanto, o gerente executivo de Economia da CNI, Mário Sérgio Telles, diz que os dados do segundo trimestre, disponíveis até o momento, permitem esperar a continuidade do desempenho. De acordo com a CNI, a recuperação do mercado de trabalho continua, com o emprego formal em elevação desde 2020, com 97,5 milhões de pessoas ocupadas. Apesar da inflação elevada, o rendimento médio real também está crescendo. Esses dados fizeram a entidade reduzir, de 12,9% para 10,8%, a expectativa da taxa média de desemprego em 2022. A previsão de crescimento da massa salarial real (acima da inflação) subiu de 1,4% para 1,6% neste ano. Setores Em relação aos setores da economia, a CNI também revisou para cima as projeções do Produto Interno Bruto (PIB) de alguns segmentos. Para os serviços, a previsão de crescimento aumentou de 1,2% para 1,8%, impulsionada pela normalização pós-pandemia. Em relação à indústria, a estimativa passou de queda de 0,2% para alta de 0,2% em 2022. Segundo a entidade, o setor industrial registrou altas moderadas na produção no primeiro trimestre, com maior dinamismo em indústrias ligadas ao processamento de commodities (bens primários com cotação internacional). O destaque negativo ficou com a agropecuária, cuja projeção passou de expansão de 1,3% para estabilidade (0%). Segundo a CNI, a revisão para baixo decorre por causa de eventos climáticos adversos que prejudicaram a safra de soja no início do ano. Inflação e juros A estimativa para a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 6,3% para 7,6% em 2022. A nova projeção considera o barateamento de preços decorrente da redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de combustíveis, energia elétrica, telecomunicações e transporte coletivo. Em relação aos juros básicos da economia, a CNI acredita que o aperto monetário promovido pelo Banco Central ainda não chegou ao fim. A instituição acredita que a taxa Selic, atualmente em 13,25% ao ano, subirá 0,5 ponto percentual na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e encerrará 2022 em 13,75% ao ano. Fatores transitórios Segundo o gerente executivo de Economia da CNI, alguns fatores transitórios ajudaram a aquecer a economia no primeiro trimestre. Ele cita o adiantamento do décimo terceiro para aposentados e pensionistas da Previdência Social, a liberação de saques de R$ 1 mil do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, a retomada do pagamento do abono salarial (suspenso no ano passado) e o aumento das transferências diretas de renda, …
O Ministério da Saúde anunciou hoje (7) a ampliação da vacinação contra o papilomavirus humano quadrivalente (HPV4) para homens de até 45 anos com imunossupressão. A ampliação de faixa etária segue recomendações de sociedades científicas. Isso significa que, a partir de agora, homens de até 45 anos transplantados, pacientes oncológicos ou vivendo com HIV/Aids podem se vacinar. O esquema tradicional de três doses continuará sendo usado, independente da idade. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a estimativa é que haja entre 9 a 10 milhões de infectados por esse vírus no Brasil e que a cada ano surjam 700 mil novos casos da infecção no país. O risco de desenvolvimento de cânceres associados ao HPV é cerca de quatro vezes maior entre pessoas vivendo com HIV/Aids e transplantados, do que na população sem a doença ou transplante. A imunossupressão crônica é um dos principais fatores de risco para aquisição e persistência do HPV, esclareceu o ministério, por meio da assessoria de imprensa. É também importante fator de risco para a progressão de lesões pré-cancerosas e neoplasias, especialmente em pessoas vivendo com HIV/Aids, transplantados de células-tronco hematopoéticas e órgãos sólidos e indivíduos em tratamento para câncer (rádio e/ou quimioterapia). A vacina HPV quadrivalente previne os cânceres relacionados aos HPV 16 e 18; cânceres de colo do útero, de vulva e vagina; o câncer peniano e cânceres de orofaringe e anal em homens e mulheres, além das verrugas genitais nos dois sexos relacionadas ao HPV 6 e 11. Podem se vacinar contra o HPV meninas de 9 a 14 anos; meninos de 11 a 14 anos; e homens e mulheres imunossuprimidos, de 9 a 45 anos, que vivem com HIV/Aids, transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea e pacientes oncológicos. Fonte: EBC
Serviços vão requalificar o acesso aos distritos de Abreu do Una e Várzea do Una e à Praia de Gravatá e estão orçados em cerca de R$ 5 milhões O governador Paulo Câmara assinou, nesta quinta-feira (07.07), ordem de serviço para obras de pavimentação da estrada Litorânea do Una, em São José da Coroa Grande, na Mata Sul. Os serviços vão requalificar a via que dá acesso aos distritos de Abreu do Una e Várzea do Una, e também à Praia de Gravatá. O investimento, previsto no Plano Retomada, é de aproximadamente R$ 5 milhões. “A cidade de São José da Coroa Grande tem um alto potencial turístico. Com essas obras, previstas no nosso Plano Retomada, estamos contribuindo para o desenvolvimento desse potencial e estimulando a economia local”, pontuou Paulo Câmara. O prefeito de São José da Coroa Grande, Pel Lages reiterou a afirmação do governador, afirmando que a realização das obras vai incrementar a movimentação no município, fomentando a economia na área do turismo e facilitando o transporte de mercadorias. De acordo com a secretária estadual de Infraestrutura e Recursos Hídricos, Fernandha Batista, a previsão é de que os serviços sejam concluídos em um prazo máximo de quatro meses. “É uma obra muito importante para o município, e em especial para Várzea do Una, Abreu do Una e Praia de Gravatá”, concluiu.
O Senado aprovou nesta quinta-feira (7) a medida provisória que aumenta o limite de crédito consignado para os assalariados e autoriza essa modalidade de empréstimo para quem recebe o Benefício de Prestação Continuada (BPC), a Renda Mensal Vitalícia (RMC) e o Auxílio Brasil. A matéria segue para sanção presidencial. O texto aprovado prevê o aumento de 35% para 40% a margem consignável dos empregados celetistas, servidores públicos ativos e inativos, pensionistas, militares e empregados públicos. Os aposentados do Regime Geral de Previdência terão a margem ampliada de 40% para 45%, mesmo valor aplicado a quem recebe BPC ou Renda Mensal Vitalícia. Em todos esses casos, 5% é reservado para operações com cartões de crédito consignado. A matéria também inclui beneficiários do Auxílio Brasil, que poderão fazer empréstimos de até 40% do valor do benefício, sendo que a responsabilidade sobre a dívida não poderá cair sobre a União. Consignado O empréstimo consignado é concedido com desconto automático das parcelas em folha de pagamento ou benefício, sendo que o limite máximo que poderá ser comprometido pelo desconto em folha é a margem consignada. O cartão de crédito consignado funciona como um cartão de crédito na hora da compra, mas a dívida é descontada automaticamente do salário.
Programado para entrar em nova etapa no dia 7 de janeiro de 2023, o marco legal da energia própria irá mudar as regras para quem produz energia solar em casa. Atualmente, quem possui sistemas fotovoltaicos instalados em residências ou espaços comerciais conta com isenção até 2045 da cobrança de taxas referentes ao uso de sistemas de distribuição para micro e minigeradores de energia. Ou seja, durante os próximos seis meses, quem realizar a adesão de um sistema fotovoltaico irá manter os benefícios concedidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O período de transição foi estabelecido pela lei 14.300/22, sancionada neste ano. A partir de 7 de janeiro do ano que vem, os novos consumidores irão pagar uma taxa gradativa durante os primeiros anos de uso, referente ao custeio da rede elétrica. A porcentagem inicial é de 4,1% em relação à energia produzida, subindo até 24,3% em 2028. De acordo com Thyenna Karen, CMO da MF Energy, a principal vantagem de um cliente ser homologado dentro dos próximos seis meses é a garantia, até 2045, de não receber nenhuma taxação. Dessa forma, o tempo de espera para o retorno financeiro esperado após a implantação de um sistema fotovoltaico será mais longo. “Hoje em dia, (esse tempo) é de três a quatro anos, até chegar no máximo a cinco. Ele vai aumentar para seis, sete, de acordo com a taxação”, explica. Fonte: Edenevaldo Alves
Dados da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) confirmam que o momento é de celebração para o país neste dia 7, quando se comemora o Dia Mundial do Chocolate. O Brasil é o 7º maior produtor de cacau no mundo e ocupa também a 7ª posição entre os maiores exportadores do produto e seus derivados. De acordo com informações da Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC), o Brasil exportou, no ano passado, 33,521 mil toneladas de chocolates e 54,756 mil toneladas de derivados do cacau, gerando US$ 226 milhões de dólares. O principal destino do chocolate brasileiro é a Argentina, que é seguida por Estados Unidos e Chile. Em relação à exportação de amêndoas de cacau, o volume vendido, em 2021, chegou a 567 toneladas, com expectativa de aumentar para 655 toneladas este ano. Ainda segundo a AIPC, no período de janeiro a maio de 2022, foram exportadas pelo Brasil 14,038 mil toneladas de chocolates, 20,232 mil toneladas de derivados e 273 mil toneladas de amêndoas de cacau. A Apex salientou que no cenário do chocolate, que é um dos doces mais consumidos em todo o mundo, o cacau fino produzido na Amazônia é considerado um dos melhores. Em 2021, três produtores de cacau brasileiros foram premiados entre os 50 melhores do mundo no Cocoa of Excellence Awards. Também nesse ano, o chocolate belga Nicolas, produzido com amêndoas do Pará, ficou em segundo lugar na premiação do concurso Belgium Chocolate Awards 2022. Internacionalização A ApexBrasil promove a internacionalização do chocolate nacional, por meio do projeto setorial Brasil Sweets & Snacks, desenvolvido desde 1998 em parceria com a Associação Brasileiras da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab). O projeto objetiva promover a imagem do cacau brasileiro como matéria-prima de qualidade para a produção de chocolates finos e facilitar o acesso de empresas e produtores do setor aos principais mercados internacionais. A participação em feiras e eventos no exterior é uma das principais ações do projeto. Este ano, o Brasil Sweets & Snacks levou seis empresas brasileiras do setor para participar da maior e mais importante feira de doces e biscoitos do mundo, realizada anualmente na Alemanha, a ISM Colônia, quando foram gerados US$ 1,3 milhão em negócios imediatos. Outras cinco empresas brasileiras participaram da maior exposição de confeitaria e lanches na América do Norte, a Sweets & Snacks, em Chicago. Ali, foram gerados US$ 580 mil em negócios imediatos e US$ 6 milhões em expectativas de negócios para os próximos meses. Em Budapeste, na Hungria, a International Peanut Forum (IPF) recebeu quatro empresas brasileiras, com geração de US$ 9,3 milhões em negócios imediatos. Ainda neste mês de julho, o projeto levará empresas brasileiras para a feira Snackex, em Hamburgo, Alemanha; para o ‘Salon du Chocolat’, em Paris, França; e para a ‘ISM Middle East’, em Dubai, Emirados Árabes. O presidente-executivo da Abicab, Ubiracy Fonseca, destacou que “absorvemos recentemente o cacau fino e o ‘tree e bean to bar’ (da árvore e do grão à barra) em nosso Projeto Brasil Sweets & Snacks. Estamos construindo um planejamento …
Em junho, a proporção de famílias com dívidas a vencer ficou em 77,3%, o que representa uma queda de 0,1 ponto percentual em relação a maio. Na comparação com junho de 2021, houve crescimento de 7,6 pontos percentuais. Os dados da Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) foram divulgados hoje (7) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). De acordo com a CNC, esta é a segunda queda seguida no endividamento, após a alta recorde registrada em abril, quando o indicador ficou em 77,7%. As dívidas no cartão de crédito representam a maior fatia do endividamento, com 86,6% do total de famílias relatando este tipo de dívida. Em seguida vem os carnês, com 18,3%, e o financiamento de carro, com 10,8%. Em junho de 2021, essas proporções eram de 81,8%, 17,5% e 11,9%, respectivamente. Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, a queda no endividamento reflete a melhora no mercado de trabalho. “Com menos restrições impostas pela pandemia e as medidas temporárias de suporte à renda, como saques extraordinários do FGTS, antecipações do 13º salário, INSS e maior valor do Auxílio Brasil, a população precisou apelar menos para os gastos no cartão”. Inadimplência A pesquisa mostra que a inadimplência também apresentou queda, com retração de 0,2 ponto percentual na proporção de famílias com contas em atraso para 28,5%. Esta é a primeira queda desde setembro de 2021. A mesma queda foi verificada entre as famílias que afirmam não ter condições de pagar as contas atrasadas, com 10,6% do total. A responsável pela pesquisa, Izis Ferreira, explica que a melhora no mercado de trabalho não se reflete no rendimento, pois estão sendo absorvidos trabalhadores com menor nível de escolaridade e o rendimento médio está achatado pela inflação elevada. “Além disso, o avanço recente da informalidade no emprego é mais um fator que aumenta a volatilidade da renda do trabalho e atrapalha a gestão das finanças pessoais”. Os dois recortes por faixas de renda apresentaram leve queda na proporção de endividados. Entre as famílias com rendimentos acima de dez salários mínimos, a redução foi de 0,2 ponto percentual (p.p), para 74,2%, enquanto a parcela com ganhos até dez salários mínimos caiu 0,1 p.p, para 78,2%. Fonte: AB