Doar leite pode salvar vidas. Por isso, a Fiocruz, em parceria com a Ancar Ivanhoe, uma das maiores empresas de shopping centers do país, inicia o projeto nacional de sensibilização para a doação de leite humano com um grande ‘mamaço’ em 14 centros comerciais do grupo, nas cinco regiões em que está presente. A ação acontecerá simultaneamente nos shoppings Ancar Ivanhoe no próximo sábado (19/5), às 15h, com o intuito de conscientizar a população sobre o tema em todo o Brasil com a mobilização de milhares de pessoas em um grande ato de amamentação coletiva. A iniciativa também dá início à campanha Aqui Tem Vida, de arrecadação de frascos de vidro, que será realizado em 19 empreendimentos até o dia 28 de maio e busca suprir um dos maiores problemas dos bancos de leite humano: o armazenamento. Hoje, a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (rBLH) da Fiocruz necessita de 18 mil frascos por ano para garantir a nutrição de recém-nascidos prematuras e de baixo peso, que não podem ser amamentados pela própria mãe. Para o coordenador da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano da Fiocruz, João Aprígio Guerra de Almeida, a iniciativa representa um momento de intensa mobilização. “A embalagem adequada para a doação é um ponto sensível para a gente, angariar frascos significa aumentar nossa capacidade operacional. O mamaço vai coroar toda essa ação, vai ser um marco importante até porque nossa expectativa é também divulgar que os bancos de leite são uma casa de apoio à amamentação e estão de portas abertas para qualquer mulher que tem dificuldade para amamentar”, aponta. Segundo Diego Marcondes, gerente nacional de marketing da Ancar Ivanhoe, o movimento tem o objetivo de reforçar a importância de um gesto tão simples que pode reduzir a mortalidade neonatal e infantil do Brasil. “Quisemos usar a força do grupo para promover o bem e fazer a diferença em nossa sociedade. Temos ciência da capacidade instalada de nossos shoppings de atuar como agentes transformadores da realidade e não medimos esforços para promover um grande mamaço aliado a uma campanha de arrecadação de frascos que pode salvar vidas de mais de 160 mil crianças em todo o país”, analisa. O dia 19 de maio emerge como marco histórico da união de esforços entre os países integrantes da Rede Global de Bancos de Leite Humano para a salvaguarda da vida de milhões de crianças que tanto precisam do leite materno como fator de sobrevivência. E apenas um gesto pode fazer a diferença na vida de muitas crianças. “A parceria com a Ancar é uma experiência ímpar e inédita no Brasil. A empresa, sob a égide da responsabilidade social, encampou o movimento e se disponibilizou a abrir espaço em shoppings de todo o Brasil para a campanha de doação de frascos”, completa Aprígio. Para apoiar os 219 bancos de leite nos 196 pontos de coleta, basta doar frascos de vidro de até 500g com tampa de plástico e boca larga, como os de café solúvel ou maionese, …
A ex-presidente argentina Cristina Kirchner e seus dois filhos serão julgados por lavagem de dinheiro no caso envolvendo o aluguel de hotéis da família, informou uma fonte judicial. A justiça entendeu que os Kirchner formaram “um complexo esquema societário com a finalidade de recolocar no mercado parte do dinheiro obtido com fraudes envolvendo o Estado”, revela decisão publicada no Centro de Informação Judicial da Suprema Corte. Cristina Kirchner e seus filhos Máximo e Florencia tiveram ainda 800 milhões de pesos (31 milhões de dólares) embargados. Segundo o processo, os denunciados obtinham dinheiro “através da concessão irregular de obras públicas na província de Santa Cruz” (sur), feudo político do finado presidente Néstor Kirchner. Além dos Kirchner, o processo envolve ainda Cristóbal López, ex-líder de um império de negócios na Argentina, já detido por sonegação de impostos. Cristina Kirchner é senadora e Máximo ocupa uma cadeira de deputado no Congresso. O processo é conhecido como “Hotesur”, nome da administradora dos hotéis dos Kirchner, e foi deflagrado em 2004 por uma denúncia da então deputada opositora Margarita Stolbizer. Kirchner já responde a outros processos, envolvendo a concessão de obras públicas ao empresário Lázaro Báez; o encobrimento de acusados pelo atentado contra a associação judaica AMIA (1994), e por operações financeiras do Banco Central no final de seu segundo mandato com o “dólar futuro”.
O ex-PM Orlando Oliveira de Araújo, apontado por uma testemunha como um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco, será transferido para um presídio federal de segurança máxima. A decisão é da 5ª Vara Criminal da Capital. Na decisão foi também determinada a manutenção do ex-PM no presídio Bangu 1 até que seja determinado para qual unidade ele será transferido. O advogado Renato Darlan, que defende Araújo, explicou que pediu a transferência porque seu cliente já sofreu uma tentativa de envenenamento e se encontra em greve de fome. Araújo nega participação no assassinato de Marielle Franco. Mais cedo, o advogado já havia solicitado à Secretaria de Administração Penitenciária a transferência de seu cliente,que está preso em Bangu 1. Segundo Renato Darlan, Araújo já sofreu uma tentativa de envenenamento e está em greve de fome há quatro dias. Darlan esteve na Delegacia de Homicídios onde tentou, sem sucesso, ter acesso ao depoimento da testemunha que teria apontado Araújo e o vereador Marcello Siciliano (PHS) como mandantes do assassinato da vereadora. Ele contou que tampouco conseguiu falar com o delegado responsável pelo caso, Giniton Lages, que esteve em Bangu 1 na quinta-feira para conversar pessoalmente com Araújo. “O Orlando está em greve de fome absoluta, está debilitado, nem sei como vou encontrá-lo”, explicou o advogado. “Consideramos que isso seja uma espécie de tortura emocional, de tentar fazer com que ele fale coisas que não sabe.” Na última sexta-feira, Darlan afirmou que a visita do delegado a seu cliente foi para pressioná-lo a confessar a participação na morte de Marielle e de seu motorista Anderson Gomes. A Secretaria de Segurança confirmou que o delegado esteve em Bangu 1 e se encontrou com o ex-PM, mas disse que foi a pedido do preso. “Não haveria o menor sentido o Orlando chamar o delegado para conversar e fazer essa proposta louca de assumir um crime que não é dele”, garantiu Darlan.
O presidente Michel Temer sancionou nesta segunda-feira (14) a lei de combate ao bullying nas escolas. A informação foi divulgada pelo Ministério dos Direitos Humanos e confirmada pela Casa Civil. Pela lei, que será publicada no “Diário Oficial” desta terça (15), as escolas deverão adotar medidas de conscientização, prevenção e combate à violência. O texto sancionado por Temer nesta segunda altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). A partir de agora, a lei passará a prever que as instituições de ensino deverão “promover medidas de conscientização, de prevenção e de combate a todos os tipos de violência, especialmente a intimidação sistemática (bullying), no âmbito das escolas”. O projeto também determina que as instituições adotem “ações destinadas a promover a cultura de paz nas escolas”. ‘Avaço’ no combate Em nota, o ministro dos Direitos Humanos, Gustavo Rocha, avaliou que a mudança na lei representa um “avanço” nas salas de aula do país. “No momento fundamental de formação, as crianças e adolescentes têm a oportunidade de incorporar valores, aprender sobre igualdade e construir novas estratégias de se relacionar com o outro e com a sociedade, longe da violência”, afirmou o ministro.
O juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal da Curitiba, condenou Renato Duque, ex-direitor de Serviços da Petrobras, por corrupção passiva, bem como o e ex-presidente da empresa OAS, José Aldemário Pinheiro, conhecido como Léo Pinheiro, por corrupção ativa. O despacho foi assinado na data de ontem (13). O processo é referente à 31ª fase da Lava Jato, denominada Operação Abismo. Segundo a denúncia, um consórcio integrado pela OAS e outras empreiteiras pagou R$ 39 milhões em propina, entre 2007 e 2012, para fraudar e superfaturar a licitação de construção do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello), da Petrobras. A pena de Duque foi de dois anos e oito meses em regime semiaberto, enquanto a de Léo Pinheiro foi estabelecida em dois anos e seis meses em regime aberto. O ex-tesoureiro do PT Paulo Adalberto Alves foi condenado a nove anos e 10 meses de prisão. Outros empreiteiros, como o empresário Ricardo Pernambuco, da UTC Engenharia, também foram condenados, a nove anos e seis meses em regime fechado. Outras nove pessoas também foram alvo da sentença, condenadas por diferentes crimes. Na sentença, Moro voltou a defender as delações premiadas, instrumento que segundo ele foi fundamental para a elucidação do caso. O magistrado escreveu que “crimes não são cometidos no céu e, em muitos casos, as únicas pessoas que podem servir como testemunhas são igualmente criminosos”. Confira as demais pessoas condenadas por Moro: Adir Assad, condenado a cinco anos e 10 meses em regime semiaberto por lavagem de dinheiro. Agenor Franklin Magalhães Medeiros, condenado a dois anos e seis meses em regime aberto por corrupção. Alexandre Correa de Oliveira Romano, condenado a nove anos e quatro meses em regime fechado por lavagem de dinheiro associação criminosa. Edison Freire Coutinho, condenado a cinco anos em regime semiaberto por corrupção ativa e associação criminosa. Genésio Schiavinato, condenado a 12 anos e oito meses em regime fechado por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e associação criminosa. José Antônio Schwarz, condenado a cinco anos e seis meses em regime semiaberto por lavagem de dinheiro e associação criminosa. Rodrigo Morales, condenado a seis anos e 10 meses em regime semiaberto por lavagem de dinheiro. Roberto Ribeiro Capobianco, condenado a 12 anos em regime fechado por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Roberto Trombeta, condenado a seis anos e 10 meses em regime semiaberto por lavagem de dinheiro.
O presidente Michel Temer vai reunir amanhã (15), no Palácio do Planalto, sua equipe ministerial, além de parlamentares da base aliada, para fazer um balanço dos dois anos de seu governo. A previsão é que essa reunião ocorra às 15h e o formato da cerimônia deve ser o já adotado na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), conhecido como Conselhão. O presidente reunirá ministros, parlamentares e presidentes de estatais para apresentar as ações de seu governo, desde maio de 2016 até agora. O governo Michel Temer completou dois anos no último sábado (12). Nesse dia, o presidente usou o Twitter para fazer um balanço de sua gestão. Afirmou ter tirado o Brasil da recessão e disse que a economia do país deverá crescer mais de 2%. Além disso, citou a reforma do Ensino Médio e a Base Nacional Comum Curricular como marcos de sua gestão. Tais medidas, assim como a redução da inflação e dos juros básicos da economia, são assuntos frequentemente mencionados pelo presidente em seus discursos. Em cerimônias, ele frequentemente relembra essas medidas que, segundo dados do governo, tiraram o país da crise. Posse Michel Temer assumiu a Presidência da República em 12 de maio de 2016, após os senadores aprovarem a abertura do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, o que resultou no afastamento dela do cargo. Em agosto, o Senado aprovou o impeachment e Temer assumiu a presidência efetivamente.
Marcia Cavallari, diretora executiva do Ibope Inteligência, ficou recentemente sensibilizada ao acompanhar os depoimentos de entrevistados em uma pesquisa qualitativa promovida por seu instituto. Reunidos em volta de uma mesa e convidados a falar sobre suas expectativas em relação ao futuro, grupos de eleitores de perfis diversos só manifestaram desesperança e angústia. “Foi uma tristeza”, disse ela, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. De acordo com Marcia, os levantamentos do Ibope mostram um eleitorado “sem perspectiva de melhora”. Existe uma abertura para candidatos que representem o “novo”, mas, ao mesmo tempo, um temor de uma pessoa sem muita bagagem política possa piorar a situação do País. Leia a seguir os principais pontos da entrevista: Os pré-candidatos mais conhecidos têm taxas muito altas de rejeição, até maiores que seus porcentuais de intenção de voto. Qual será o impacto disso? Uma questão que a gente vê nas pesquisas é que os eleitores estão sem perspectiva de melhora. Não conseguem ver como sair desse lugar em que estamos, não conseguem enxergar uma luz no fim do túnel. Os eleitores não conseguem identificar, nesses candidatos todos, qual conseguiria tirar o País da situação em que está. Pode ser que, quando começar a campanha, as coisas fiquem mais claras e possam identificar uma perspectiva. Há uma desconfiança também porque os eleitores estão mais atentos para não se deixar levar por promessas mirabolantes, por ideias que são inexequíveis. Essa questão da desesperança, de não conseguir enxergar uma solução, é um sentimento muito sofrido, muito mesmo. Nós percebemos isso em pesquisas qualitativas. São pessoas de classes mais altas, de classes mais baixas, todo mundo batalhando e as coisas não andam, está tudo amarrado. O desânimo em relação aos políticos tradicionais leva a uma maior abertura a novidades? Há uma posição dúbia em relação ao novo. Eles percebem que a situação é muito complexa e que talvez um candidato que represente o totalmente novo possa piorar ainda mais o quadro. Querem mudança? Querem. No jeito de fazer política, no jeito de lidar com o serviço público, com o dinheiro público. Mas não necessariamente esperam um “novo do novo”, porque isso também geraria insegurança. Eles esperam uma certa bagagem. Há esse temor de que fique pior. Até agora é uma eleição sem favoritos, o que atrai muitos candidatos. Por outro lado, partidos menores têm poucos recursos e precisam investir em campanhas de deputados. A lista de presidenciáveis tende a encolher? Deve ser a primeira eleição desde 1989 sem (o ex-presidente) Lula, que tem um peso específico, que vai além de seu partido. Um ponto importante é que, apesar da baixa preferência partidária dos brasileiros, há cerca de 30% com simpatia pelos partidos de esquerda. Sem o Lula, o que pode acontecer é uma reorganização dos partidos de esquerda, para que não percam essa fatia do eleitorado. Hoje o cenário é de muitos possíveis candidatos, com baixa intenção de voto. Os únicos com taxas significativas são Lula, Bolsonaro e Marina. O voto está muito pulverizado. Acho que deve …
A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) informou hoje (14) que implantará até o próximo ano o autodespacho de bagagens (Self Bag Drop) em sete aeroportos sob sua administração. O primeiro a receber o novo serviço será o aeroporto de Recife (PE), que contará com pontos de autodespacho no segundo semestre. De acordo com a Infraero, o serviço será implantado em mais seis aeroportos até o final deste ano e no começo do primeiro trimestre de 2019: Congonhas (SP), Santos Dumont (RJ), Curitiba (PR), Belém (PA), Goiânia (GO) e Maceió (AL). “A Infraero será a primeira operadora de aeroportos do Brasil a implementar a solução de autodespacho de bagagem (Self Bag Drop) em sete terminais sob sua administração. O objetivo é aprimorar o atendimento aos passageiros e otimizar a infraestrutura dos aeroportos”, anunciou a assessoria da empresa. Segundo a empresa, a medida, já adotada em outros aeroportos do mundo, permitirá a realização do check-in nos terminais de autoatendimento e o despacho de malas “de maneira rápida e fácil, além de melhorar a capacidade de atendimento do aeroporto e das empresas aéreas.” A Infraero disse ainda que o autodespacho de bagagens observará as políticas de cada companhia aérea. Outra medida anunciada é o check-in compartilhado. Os dois serviços fazem parte de um contrato de concessão comercial de 15 anos, firmando entre a Infraero e a Sita. De acordo com a estatal, o check-in compartilhado reunirá as plataformas das empresas aéreas num mesmo totem de autoatendimento, “permitindo que o passageiro faça seu registro de embarque sem precisar enfrentar filas das companhias, o que otimizará os espaços e dará mais opção a quem embarca nos aeroportos da Infraero atendidos pela solução”.
Um estudo com base nos indicadores do seguro obrigatório de automóveis DPVAT, divulgado hoje (14) pela Escola Nacional de Seguros, revela que os acidentes graves ocorridos no trânsito brasileiro em 2017 provocaram impacto econômico de R$ 199 bilhões, ou o correspondente a 3,04% do Produto Interno Bruto (PIB, a soma dos bens e serviços produzidos no país). O valor equivale ao que seria gerado pelo trabalho das vítimas, caso os acidentes não tivessem ocorrido. De acordo com o estudo, os acidentes no trânsito mataram 41,1 mil pessoas no ano passado em todo o país e deixaram com invalidez permanente, que as afasta da atividade econômica que exerciam, outras 42,3 mil. O número de pessoas mortas ou com alguma sequela permanente subiu 35,5% de 2016 (61,6 mil vítimas) para 2017 (83,5 mil), o que significa que a perda produtiva subiu nesse percentual de um ano para outro. O resultado se aproxima do total de vítimas fatais e pessoas com sequelas registrados em 2015 (100,4 mil). Motos A coordenadora da pesquisa, economista Natália Oliveira, do Centro de Pesquisa e Economia do Seguro (CPES) da Escola Nacional de Seguros, destacou em entrevista àAgência Brasil que a maior parte dos acidentes no ano passado (74%) envolveu motocicletas, sendo que 59% dos acidentados nesse tipo de veículo eram os próprios condutores. Segundo a economista, 90,5% das vítimas estavam em fase economicamente ativa. “Outro número que chama bastante a atenção é que 48,5% estão entre 18 e 34 anos de idade. Se você tira uma pessoa [do mercado de trabalho] de 18 anos ou até 34 anos, você perdeu os 30 anos futuros que ela teria para produzir”, explicou Natália. De acordo com a pesquisa, apesar de as motos representarem 27% da frota nacional de veículos, elas são responsáveis pelo maior número de acidentes no Brasil e também de vítimas. Foram 285.662 sinistros no ano passado com esses veículos. Os homens constituem a maior parte das indenizações por morte em acidentes com motocicletas (88%). No caso de acidentes de motos que resultaram em sequelas permanentes, 79% das indenizações também foram para vítimas do sexo masculino, mostra o estudo. Impactos Embora o impacto econômico provocado pelos acidentes no trânsito em 2017 tenha sido maior no Sudeste (R$ 76,71 bilhões), a perda em comparação ao PIB foi a menor entre as regiões brasileiras (2,15%). A maior perda foi encontrada no Centro-Oeste, equivalente a 4,86% do PIB. Por estados, a maior perda foi observada no Tocantins (7,09% do PIB), seguida do Piauí (6,42%) e Rondônia (5,87%). Já em números absolutos, São Paulo apresentou o maior impacto econômico em função dos acidentes de trânsito: R$ 30,91 bilhões. Em seguida, vêm Minas Gerais, com R$ 19,50 bilhões, e Rio de Janeiro (R$ 15,52 bilhões). O estudo revelou que o maior número de mortes no trânsito ocorreu na Região Sudeste (14,01 mil), mas quando se consideram mortes mais sequelas permanentes, a liderança é exercida pelo Nordeste (29,3 mil). “Para ter uma ideia, em São Paulo morre quase a mesma quantidade de pessoas que …
O deputado federal e presidente do PSD da Paraíba, Rômulo Gouveia, faleceu na madrugada de hoje (13), vítima de um infarto fulminante na cidade de Campina Grande (PB). Gouveia tinha 53 anos de idade, foi vereador de Campina Grande, deputado estadual, presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, vice-governador do estado e deputado federal. Ele estava internado no Hospital da Santa Clara tratando uma infecção urinária. A assessoria de Gouveia informou que por volta das 2h da madrugada sentiu fortes dores e foi levado ao Hospital Antonio Targino. Durante 30 minutos a equipe médica tentou reanimá-lo mas não teve sucesso. “Ele recebeu alta na noite deste sábado. Ao sentir os sintomas do infarto, o deputado foi socorrido para o hospital Antônio Targino, mas não resistiu”, informou a assesoria. Por meio de nota, o presidente do partido de Gouveia, Gilberto Kassab, manifestou pesar pela morte do deputado: “muito triste e chocante a perda de um dos nossos mais queridos homens públicos. O nosso fraterno amigo, com brilhante carreira na vida pública, já deixa saudades.” O líder do PSD da Câmara, Domingos Neto, também se manifestou. “O PSD perde mais que uma liderança política, perde um membro devoto, fiel à missão de construir um partido com princípios e valores democráticos claros. Já nós, que tivemos a oportunidade de conviver com Rômulo Gouveia, perdemos um amigo”, disse. O presidente Michel Temer também lamentou a morte do deputado. Por meio de uma rede social, Temer disse que recebeu a informação com tristeza. “Com muita tristeza soube da morte prematura de Rômulo Gouveia. Um parlamentar com experiência e espírito público notáveis. Outra qualidade, a capacidade de diálogo, fará muita falta nos dias atuais. Minhas condolências aos familiares e amigos”, se solidarizou o presidente. Administrador, bacharel em Direito e funcionário público, Rômulo Gouveia era casado com Eva Gouveia e deixa quatro filhos. O velório está sendo realizado na Câmara Municipal de Campina Grande. À noite o corpo segue para o Cemitério Campo Santo da Paz, onde o velório continua até às 16h da segunda-feira. O sepultamento será em seguida. Com a morte do deputado, assume em seu lugar na Câmara Federal, o suplente da coligação Marcondes Gadelha (PSC). Já a presidência do partido na Paraíba ficará com o deputado estadual Manoel Ludgério.
O governo federal aumentou os gastos com limpeza e conservação das instituições e órgãos públicos em 2017. A despesa saltou 6%, saindo de R$ 2,3 bilhões para R$ 2,45 bilhões, segundo dados oficiais do Ministério do Planejamento, obtidos por meio do Painel de Custeio. O desembolso contabiliza despesa com funcionários e materiais de higienização e de apoio. O valor pago no ano passado sobe para R$ 2,52 bilhões se somadas as despesas da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, do Supremo Tribunal Federal (STF), do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Tribunal de Contas da União (TCU). A quantia equivale a todo o orçamento do Ministério da Cultura para este ano. Daria para contratar 214 mil trabalhadores com salário mínimo (R$ 954) por um ano, sem contar encargos ou beneficiar 33,6 mil famílias com o programa Minha Casa Minha Vida. Em 2017, não foi só o governo federal que aumentou os custos com limpeza num ano de cortes orçamentários. A Câmara gastou quase R$ 1 milhão a mais em comparação com 2016. Saiu de um gasto de R$ 32,7 milhões para R$ 33,4 milhões. “Vale ressaltar que, no período 2016-2017, houve aumento dos preços de materiais e equipamentos de limpeza, bem como aumento nos salários das categorias em função de convenções coletivas de trabalho”, destaca a assessoria de imprensa da Casa. A Câmara também comunicou que a expectativa é de que haja redução dos gastos com serviços de limpeza em 2018, “em função da supressão de 11% dos postos de trabalho que prestam esse tipo de serviço”. O Tribunal de Contas da União (TCU) também pagou mais em 2017 pelo serviço. O volume passou de R$ 7,02 milhões para R$ 7,82 milhões. Segundo especialistas, é contraditório esse aumento de gastos num momento de ajuste fiscal. Eles defendem que, mesmo sendo cifras pequenas do ponto de vista das contas públicas, não podem ser ignoradas. Bolívar Godinho, professor de finanças públicas, ressalta que a administração precisa ter um acompanhamento mais eficiente desses gastos. Segundo ele, é possível dar incentivos a órgãos que adotem um programa de austeridade mais eficiente. “Uma forma de se fazer isso é dar incentivo orçamentário a órgãos ou instituições que evitem desperdícios e sobrepreços, garantindo o mesmo serviço com preços mais baixos. A pasta ou autarquia que fizesse isso receberia mais recursos para implementar as políticas que achassem necessárias”, diz Godinho. “Além disso, claro, divulgar os bons e maus exemplos, visando uma melhoria geral na administração pública”, acrescenta o especialista. Sobre a alta dos gastos em 2017, o TCU informa que, apesar da expansão, a despesa com limpeza caiu consideravelmente depois de 2015, quando contabilizou R$ 8,56 milhões em desembolsos. “Algumas inovações, como a mudança nas normas gerais de terceirização do Ministério do Planejamento — vigente na época —, foram implementadas para garantir uma economia de 25% no ano seguinte”, informa o órgão. Entre as medidas está o mapeamento das áreas e o levantamento de produtividade. Contratos Apesar de o serviço de limpeza e conservação ser extremamente …
Com a proposta de oferecer segurança no transporte individual para mulheres está sendo lançado o aplicativo FemiDriver, que vai conectar motoristas mulheres às suas passageiras numa versão exclusivamente feminina do tradicional aplicativo de transporte. O serviço, que será realizado em Petrolina e Juazeiro da Bahia está cadastrando motoristas através do app “FemiDriver Motorista”, disponível para IOS e Android. O aplicativo deve entrar em operação no segundo semestre. A Femidriver já funciona em Recife desde 02 de abril. Claucione Lemos, CEO da empresa, decidiu criar o serviço após tomar conhecimento de reclamações de assédios em corridas de transporte por aplicativo vindas de motoristas do gênero masculino. “Entendi que a maioria das mulheres se sente mais segura quando são atendidas por outras mulheres e a partir daí, veio a ideia de criar o aplicativo”, afirma. Toda a diretoria da empresa é formada apenas por mulheres e inclui, além de Claucione, a administradora financeira Antonieta Araújo e a advogada Bruna Melo, responsável pelo departamento jurídico. A tarifa da FemiDriver será de R$ 1,50, mais R$ 1,15 por quilômetro rodado e R$ 0,15 por minuto de deslocamento. O valor mínimo da corrida é de R$ 6,75. O pagamento poderá ser feito em dinheiro ou cartão de crédito. A viagem também poderá ser compartilhada com outras pessoas, garantindo trajeto monitorado. Motoristas Para se cadastrar como motorista, as interessadas precisam apresentar, na hora da inscrição no aplicativo, CNH, comprovante de residência, certidão criminal e documentos do carro. A empresa oferece treinamento para as cadastradas, com informações sobre políticas de prevenção à violência contra a mulher, palestra de boas maneiras no trânsito e esclarecimento de dúvidas com a assessoria jurídica. Outro diferencial é o percentual cobrado pela motorista a cada viagem, de 17%, menor valor do mercado que costuma aplicar até cerca de 25% por corrida realizada.
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) teve lucro líquido de R$ 2,064 bilhões no 1º trimestre de 2018 – uma alta de 453% na comparação com o registrado no mesmo trimestre do ano passado, quando o o lucro foi de R$ 373 milhões. De acordo com o banco, o resultado foi impulsionado pelos efeitos positivos da reversão da despesa com provisão para risco de crédito e do crescimento do resultado com participações societárias. “A necessidade de constituição de provisão para risco de crédito observada no ano anterior não se repetiu no primeiro trimestre de 2018 e culminou na redução da despesa dessa natureza em R$ 2,21 bilhões”, disse o BNDES. Patrimônio líquido O patrimônio líquido fechou em R$ 74,2 bilhões em março de 2018, uma variação de aproximadamente 18% em relação a dezembro.
A convocação da seleção brasileira de futebol para a Copa do Mundo Rússia 2018, prevista para esta segunda-feira (14), às 14h, está carregada de expectativa em torno do nome escolhido pelo treinador Tite (Adenor Leonardo Bacchi) para o lugar de Daniel Alves. O lateral-direito da seleção foi cortado, após avaliação da comissão médica, liderada pelo doutor Rodrigo Lasmar, que foi à França a fim de verificar as condições clínicas do joelho direito do jogador. Daniel Alves sofreu uma contusão no joelho durante a partida do Paris Saint-Germain contra o Les Herbiers, na final da Copa da França, no dia 8 de maio, em Paris, e deverá passar por uma cirurgia, nas próximas semanas. A sua recuperação, no entanto, levará vários meses, segundo os médicos, inviabilizando a sua participação na Copa. O PSG venceu o jogo por 2×0. Daniel falou pela primeira vez sobre a sua saída da seleção, nesse sábado (12). Ele usou as redes sociais para dizer que está “com a alma em paz” e confia no grupo. “Confio muito nesse grupo, que sempre dá o melhor de si. Eu tenho certeza que vai dar tudo certo. Já deu tudo certo. Vamos ficar na torcida”, disse. Ao anunciar os nomes dos 23 convocados, Tite deverá também falar sobre as condições clínicas de Fagner, jogador do Corinthians, atleta mais convocado pelo técnico para a reserva de Daniel Alves. Também na lista dos substitutos de Daniel estão Danilo, jogador do clube inglês Manchester City, e Rafinha, do Bayern de Munique. Nesse domingo (13), o médico Rodrigo Lasmar esteve no centro de treinamento do Corinthians. Ele estava acompanhado do coordenador de seleções da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Edu Gaspar, a fim de analisar a evolução clínica de Fágner. “Junto ao médico do Corinthians, Joaquim Grava, e o fisioterapeuta do clube e da seleção, Caio Mello, foi constatada boa evolução na recuperação da lesão do músculo posterior da coxa direita. O atleta seguirá em tratamento”, diz a nota divulgada pela CBF. “Após a realização dos exames, Rodrigo e Edu entraram em contato com o técnico Tite passando a mensagem de que Fágner reúne condições de plena recuperação até a Copa do Mundo”, acrescenta a nota. Pela programação da CBF, depois de Tite divulgar hoje os nomes dos 23 jogadores convocados para a Copa do Mundo Rússia 2018 e conceder entrevista à imprensa, toda a comissão técnica da seleção brasileira estará disponível para falar com os jornalistas, na zona mista da sala onde foi feito o anúncio dos selecionados. Os trabalhos de treinamento e avaliação física na Grança Comary, em Teresópolis, começarão já na próxima semana, a partir do dia 21, quando os jogadores se apresentarão e serão recebidos pela comissão técnica, que chega um dia antes. O embarque para a Inglaterra está previsto para 27 deste maio. Antes da ida para a Rússia, o time do técnico Tite enfrenta Croácia, no dia 3 de junho, em Liverpool, e a Áustria, no dia 10, em Viena. Sochi Na Rússia, a seleção fará sua preparação final na cidade de …
Este ano, a memória da abolição da escravatura é lembrada pelo movimento negro no contexto dos 30 anos da Constituição Federal que, assim como a lei abolicionista, representou um momento de reorganização da sociedade brasileira. Para os negros, a volta da democracia foi a oportunidade de legislar pelos direitos negados desde a abolição, há 130 anos. Uma das parlamentares que participou do processo da constituinte e colocou essa questão em pauta na Câmara dos Deputados foi Benedita da Silva (PT-RJ). A deputada contou à Agência Brasil que o processo não foi fácil, porém motivou conquistas importantes. “Nós éramos poucos e mesmo assim fizemos um grande barulho. Chegamos na Constituinte com uma proposta desafiadora, que envolvia desde a nossa imagem nos meios de comunicação, a questão da educação, a criminalização do racismo, as políticas compensatórias e a inclusão da história da África no currículo escolar brasileiro. Chegamos com muita força e não conseguimos tudo, mas nós conseguimos aquilo que foi possível”, contou a deputada. Das sete constituições que o Brasil teve desde 1824, a Carta Magna de 1988 foi a primeira a incluir o racismo como crime inafiançável, imprescritível e passível de pena. Entre os princípios fundamentais, a nova Constituição cita a promoção do bem de todos “sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação”. A Constituição conhecida como cidadã também traz o combate ao racismo entre os princípios das relações internacionais do Brasil e destaca ainda “a proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil”. O texto constitucional vigente respondeu à demanda histórica de ativistas negros que, dentro e fora do Congresso, aproveitaram o momento de abertura democrática para desmitificar o 13 de maio. Esse foi o lema da grande marcha da “falsa abolição” ocorrida em 1888, no Rio de Janeiro, onde mais de milhares de pessoas, entre elas Benedita da Silva, protestaram contra a falsa ideia de liberdade. “A libertação dos escravos foi tímida, porque os escravos foram libertos entre aspas. Não tinha lugar para colocar as crianças, mulheres e idosos. Que mercado de trabalho estava reservado pra eles? Que tipo de habitação? Qual era a relação de salário? Qual era também a questão da escolaridade? Havia liberdade nas manifestações culturais? Livres pra quê? Pra passar fome e uma série de situações. Então, na Constituinte foi o grande momento desse debate”, comenta a deputada. Uma das maiores dificuldades enfrentadas na Constituinte, relata Benedita, foi desmitificar a ideia de que no Brasil não existe discriminação racial. “Não foi fácil compreender essa questão. Com o mito da democracia racial era difícil aceitar que existia racismo. Falamos de racismo na relação de trabalho, na escolaridade, fomos fazendo todos os recortes necessários que víamos desde o processo da escravatura no Brasil. A gente também destacou o papel da mulher negra nesse contexto da escravidão e pós abolição”, ressalta. “O movimento negro chegou na Constituinte já com bagagem para enfrentar um debate do qual a …
O Ministério das Relações Exteriores vai pedir ao governo dos Estados Unidos a liberação dos documentos produzidos pela Agência Central de Inteligência (CIA, sigla em inglês) sobre a ditadura civil-militar no Brasil. O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, instruiu a embaixada brasileira em Washington, nos EUA, a solicitar a liberação completa dos registros sobre esse tema. A medida é em resposta à solicitação do Instituto Vladimir Herzog, que enviou uma carta na última sexta-feira (11) ao Itamaraty pedindo que o governo federal a liberação dos documentos que registram a participação de agentes do Estado brasileiro em ações de tortura ou assassinato de opositores do regime. A carta é assinada por Ivo Herzog, filho do jornalista Vladimir Herzog, morto durante a ditadura. Na época, o Exército divulgou a versão de que o jornalista teria cometido suicídio na prisão. Documentos que vieram a público, na semana passada, mostram novos fatos sobre a participação do Estado na execução e tortura de opositores da ditadura. De acordo com registros da CIA, os generais Ernesto Geisel, presidente do Brasil à época, e João Figueiredo, então diretor do Serviço Nacional de Informações (SNI), e que assumiu a Presidência da República depois de Geisel, sabiam e concordaram com execução sumária de “inimigos” da ditadura militar no Brasil. Também participaram da reunião em que Geisel foi informado da política de execução, os generais Milton Tavares de Souza, então comandante do Centro de Inteligência do Exército (CIE) e seu sucessor, Confúcio Avelino. Datado de 11 de abril de 1974, o documento, assinado pelo então diretor da CIA, Willian Colby, e endereçado ao então secretário de Estado dos EUA, Henry Kissinger, diz que Geisel foi informado, logo após assumir a Presidência da morte de 104 pessoas opositoras da ditadura no ano anterior. O informe relata ainda que após ser informado, Geisel manteve a autorização para execuções sumárias, adotada durante o governo do presidente Emílio Garrastazu Médici (1969-1974). Geisel teria feito a ressalva de que os assassinatos só ocorressem em “casos excepcionais” e envolvendo “subversivos perigosos”. “O senhor, assim como nossa família, sabe o que foi o terror e a violência promovida pela Ditadura Brasileira. Uma nação precisa conhecer a sua história oficialmente para ter políticas públicas que previnam que os erros do passado se repitam”, diz a carta assinada pelo filho de Herzog e dirigida ao ministro Aloysio Nunes.
Sete em cada dez mulheres desejam ter um parto normal no início da gravidez. Poucas atingem esse objetivo. O Brasil é um dos países onde os anseios da mulher são mais negligenciados na hora de ter um filho. Apesar de estar rompendo as barreiras da chamada “epidemia de cesarianas”, o país ainda mantém uma taxa de 55,5% de partos cirúrgicos, quando o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é de 15%. A luta pelo direito à escolha da mulher ainda enfrenta mitos, preconceitos e a forte cultura da medicalização. Na contramão do sistema estabelecido, essa discussão vem ganhando fôlego nos últimos anos. Em 1985, a OMS divulgou o primeiro artigo com recomendações para atenção ao parto normal, movimentando a classe médica a rediscutir suas práticas. Passou-se a discutir a humanização do parto, isto é, o respeito à mulher como pessoa em um momento singular da sua vida. É o cuidado também com a família e o nascimento sadio do bebê. “Parto humanizado não é moda, não é parir na água, não é parir em casa. É mais do que isso. O que a OMS preconiza é o parto em ambiente seguro”, explica o obstetra Thiago Saraiva. Por isso, práticas até então corriqueiras hoje são consideradas violências obstétricas. Na visão da diretora do Hospital da Mulher do Recife (HMR), Isabela Coutinho, a humanização é “olhar a mulher como gente, respeitar o que ela quer (se deseja andar, sentar, deitar, etc) e agir baseado em evidências científicas. A mãe e o bebê são os protagonistas desse momento.” No HMR, existem nove leitos para parto humanizado, com infraestrutura para alívio da dor sem uso de medicamentos, como banheira e aromaterapia. Desde a inauguração, a maternidade realizou 7,4 mil partos, dos quais 74% foram normais. Cynthia Siqueira, 22 anos, fez questão de procurar a unidade. “Foi muito tranquilo. A enfermeira ficou só olhando e orientando”, diz ela, mãe de segunda viagem. “O meu primeiro parto foi em hospital particular, mas também foi normal. Tive a sorte de ter um médico que me encorajou. Antes de ter filho, a gente escuta muita coisa ruim sobre o parto, pensa que é um bicho de sete cabeças, mas não é”, diz. O professor de obstetrícia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e coordenador da maternidade do Hospital Santa Joana Recife, Edilberto Rocha, explica que os motivos para a epidemia de cesarianas no Brasil não é simplório. “O médico é uma das causas, mas não a única. Há questões culturais e financeiras. O próprio modelo de assistência brasileiro favorece. Em outros países, o médico do pré-natal não é o mesmo que assiste o parto”, diz. No Brasil, os planos de saúde só costumam pagar, em média, seis horas de parto normal ao médico, ainda que o procedimento dure mais. Por isso, os custos de um atendimento humanizado na rede privada pode custar até R$ 20 mil. Neste ano, a OMS lançou uma cartilha com 56 recomendações de cuidados para uma experiência de parto positiva, ou seja, que …
Membro da mesa diretora da Câmara dos Deputados, o deputado federal Rômulo Gouveia (PSD), 53, morreu na noite deste sábado (12) em Campina Grande (PB). Ele sofreu um infarto após uma semana internado em função de uma infecção urinária. Gouveia foi vereador em Campina Grande, deputado estadual, presidente da Assembleia Legislativa e vice-governador da Paraíba entre 2011 e 2014 no primeiro mandato do governador Ricardo Coutinho (PSB). O governador emitiu uma nota de pesar pela morte prematura do deputado e decretou luto oficial de três dias na Paraíba. “O falecimento de Rômulo Gouveia deixa uma imensa lacuna na política do Estado e enluta os cidadãos e cidadãs de Campina Grande e de toda Paraíba’, afirmou Coutinho. Em nota, o líder do PSD na Câmara, deputado Domingos Neto (CE) também lamentou a morte do colega de bancada. “Muito atuante nas causas da saúde, tecnologia e segurança hídrica, o parlamentar sempre se destacou nos corredores do Congresso Nacional pelo empenho em que defendeu o povo da Paraíba”, afirmou. O corpo do deputado federal está sendo velado na Câmara Municipal de Campina Grande. O sepultamento está marcado para segunda-feira (14), às 16h, no Cemitério Campo Santo da Paz.
A presidente da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, a procuradora regional da República Eugênia Gonzaga, afirmou nesta sexta-feira que o Brasil ainda não “passou a limpo” o período da ditadura militar no país, que vigorou entre 1964 e 1985. Ao comentar o documento confidencial da CIA (Serviço de Inteligência dos Estados Unidos) que revela que o ex-presidente Ernesto Geisel (1974-1979) autorizou a execução sumária de militantes opositores ao regime, ela disse também que o país ainda vive em “total negação” do período. “Tudo isso é dolorido e ao mesmo tempo vergonhoso, porque demonstra que o país não passou a limpo esse período. A gente ainda vive em uma situação de total negação desse período, de ocultação”, disse Eugênia. “É uma comprovação bastante forte que a tortura, a política de terrorismo de estado, era realmente autorizada pelo mais alto escalão, não era simplesmente um exagero da ‘turma do porão’, como eles chamam os agentes da repressão” , disse a procuradora.“São provas importantes de que realmente havia uma política de Estado de exterminação dessas possíveis oposições, uma política de também acobertar a verdade do período. Por exemplo, a morte do delegado Sérgio Fleury não é explicada até hoje, mas nitidamente ali é uma queima de arquivo. Então temos, no período do general Geisel, uma prova de que ele realmente autorizava que essas pessoas emblemáticas fossem exterminadas”, acrescentou. A procuradora conta que a revelação do documento da CIA comprova a tese da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos e dos próprios familiares, o que não é possível ser comprovado a partir de documentos do governo brasileiro, pois estes foram destruídos: “Os arquivos brasileiros foram destruídos ou estão sob a guarda de particulares que não revelam. O que temos são depoimentos e a estratégia do Exército que demonstra que os agentes não agem sob vontade própria, sempre agem por um comando superior.” O professor de Sociologia na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Marcelo Ridenti, destacou que pesquisadores do tema, há muito tempo, já trabalhavam com a ideia de que o governo Geisel tinha conhecimento e envolvimento com o chamado “porão da ditadura”, no entanto, não havia provas, apenas depoimentos. “O que o governo dele [de Geisel] fez foi, de certa maneira, reestabelecer o alto comando, o próprio presidente da República ter o comando de tudo que se passava no país inclusive na esfera repressiva. O que não quer dizer que deixou de haver tortura ou que deixou de haver execuções, mas elas teriam que ser claramente colocadas dentro de uma hierarquia. Poderia executar, mas teria que ter o aval do governo”, explicou. Para Ridenti, Geisel havia constatado que setores do aparelho repressivo estavam ganhando força independentemente da hierarquia militar e seu objetivo, ao definir que o alto comando do Exército deveria aprovar as execuções, era manter a disciplina nas Forças Armadas. “Já estava institucionalizada [a tortura e a execução] de certa maneira, era uma política de Estado, mas que estava fugindo do controle da hierarquia militar. Isso para ele não interessava …
A crise na Argentina pode levar à redução das exportações brasileiras de carros e peças para o país vizinho, segundo avaliação de especialistas. Atualmente, a participação da Argentina nas exportações brasileiras é de cerca de 8% e a maior parte é do setor de veículos. De janeiro a abril, as exportações totalizaram US$ 74,299 bilhões. Desse total, US$ 6,060 bilhões são referentes à Argentina. Dos produtos exportados para a Argentina, cerca de 33% são automóveis. A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) informou que ainda não tem uma previsão de quanto podem cair as exportações com a crise. A associação disse apenas que 76% das exportações do setor vão para a Argentina, seguido do México (7%), Chile (5%), Uruguai (4%), Colômbia 3% e Peru (2%). Em crise econômica, a Argentina decidiu recorrer ao Fundo Monetário Internacional (FMI) para equilibrar a situação financeira do país. A decisão foi tomada depois da disparada do dólar. O governo quer obter respaldo financeiro para acalmar os ânimos dos investidores e frear a saída de capitais do país, cuja economia, segundo o presidente argentino, Maurício Macri, é uma das mais dependentes de recursos estrangeiros. Link 1 O ex-secretário de Comércio Exterior Welber Barral lembra que a Argentina é o principal importador de produtos manufaturados no Brasil. “Os principais produtos são automóveis e peças de carro. Evidentemente, uma crise na Argentina afeta esses setores”, disse. Para Barral, se a Argentina conseguir o empréstimo no FMI, o nível de especulação cambial diminuirá, o que fará com que o país não diminua muito as importações. Entretanto, Barral disse que o efeito da crise argentina no Brasil deve ficar restrito a esse segmento, sem contagiar toda a economia brasileira. “O Brasil tem reservas internacionais altas, inflação relativamente sob controle. Então, o Brasil não está na mesma situação da Argentina. Mas em termos de exportações, sim. O Brasil pode ser afetado pela queda das exportações”, disse. Segundo Barral, a competitividade do setor automotivo brasileiro é maior na Argentina por conta do Mercado Comum do Sul (Mercosul). “Os produtos brasileiros não pagam imposto de importação na Argentina”, explicou. Além disso, ele disse que o mercado argentino é maior do que de outros países. “Enquanto na Argentina tem um mercado de 42 milhões de pessoas, no Uruguai, por exemplo, são 3 milhões”, disse. A pesquisadora do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV) Lia Baker Valls Pereira também avalia que o efeito da crise argentina no Brasil se restringirá à balança comercial. “No Brasil, a exportação não é o principal elemento do PIB (Produto Interno Bruto, soma de todos os bens e serviços produzidos no país). A Argentina é a terceira importadora do Brasil. É muito localizado, afetaria mais a exportação de automóvel”, avaliou a pesquisadora. “O empréstimo do FMI vem cheio de restrições. A Argentina tem um problema de déficit fiscal, déficit externo, tem inflação alta. A Argentina vai se comprometer a um controle inflacionário e fiscal mais austero”, disse. Lia acrescentou que o presidente argentino Mauricio Macri …
Neste sábado (12), Michel Temer (MDB) completa dois anos no cargo de presidente da República – parte deles como interino durante o processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT). A reportagem foi às bases das diretrizes de seu governo, elaboradas em outubro de 2015, quando o então PMDB divulgou o documento “Uma Ponte para o Futuro”, para checar se Temer cumpriu o compromisso de levar adiante reformas e ajustes pautados no documento. A reportagem selecionou 13 das principais bases da “Ponte para o futuro”, e apenas três foram plenamente colocadas em prática nesse período – uma a mais do que em 2017. Outras cinco avançaram, mas não foram concluídas; três não saíram do lugar; e uma regrediu. Projetos que serviram como plataforma para o emedebista, como a Reforma da Previdência, tiveram avanços, mas também acabaram paralisados. A reportagem foi publicada pelo Portal UOL, que pode ser conferido aqui.
A presidente da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, a procuradora regional da República Eugênia Gonzaga, afirmou nesta sexta-feira que o Brasil ainda não “passou a limpo” o período da ditadura militar no país, que vigorou entre 1964 e 1985. Ao comentar o documento confidencial da CIA (Serviço de Inteligência dos Estados Unidos) que revela que o ex-presidente Ernesto Geisel (1974-1979) autorizou a execução sumária de militantes opositores ao regime, ela disse também que o país ainda vive em “total negação” do período. “Tudo isso é dolorido e ao mesmo tempo vergonhoso, porque demonstra que o país não passou a limpo esse período. A gente ainda vive em uma situação de total negação desse período, de ocultação”, disse Eugênia. “É uma comprovação bastante forte que a tortura, a política de terrorismo de estado, era realmente autorizada pelo mais alto escalão, não era simplesmente um exagero da ‘turma do porão’, como eles chamam os agentes da repressão” , disse a procuradora.“São provas importantes de que realmente havia uma política de Estado de exterminação dessas possíveis oposições, uma política de também acobertar a verdade do período. Por exemplo, a morte do delegado Sérgio Fleury não é explicada até hoje, mas nitidamente ali é uma queima de arquivo. Então temos, no período do general Geisel, uma prova de que ele realmente autorizava que essas pessoas emblemáticas fossem exterminadas”, acrescentou. A procuradora conta que a revelação do documento da CIA comprova a tese da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos e dos próprios familiares, o que não é possível ser comprovado a partir de documentos do governo brasileiro, pois estes foram destruídos: “Os arquivos brasileiros foram destruídos ou estão sob a guarda de particulares que não revelam. O que temos são depoimentos e a estratégia do Exército que demonstra que os agentes não agem sob vontade própria, sempre agem por um comando superior.” O professor de Sociologia na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Marcelo Ridenti, destacou que pesquisadores do tema, há muito tempo, já trabalhavam com a ideia de que o governo Geisel tinha conhecimento e envolvimento com o chamado “porão da ditadura”, no entanto, não havia provas, apenas depoimentos. “O que o governo dele [de Geisel] fez foi, de certa maneira, reestabelecer o alto comando, o próprio presidente da República ter o comando de tudo que se passava no país inclusive na esfera repressiva. O que não quer dizer que deixou de haver tortura ou que deixou de haver execuções, mas elas teriam que ser claramente colocadas dentro de uma hierarquia. Poderia executar, mas teria que ter o aval do governo”, explicou. Para Ridenti, Geisel havia constatado que setores do aparelho repressivo estavam ganhando força independentemente da hierarquia militar e seu objetivo, ao definir que o alto comando do Exército deveria aprovar as execuções, era manter a disciplina nas Forças Armadas. “Já estava institucionalizada [a tortura e a execução] de certa maneira, era uma política de Estado, mas que estava fugindo do controle da hierarquia militar. Isso para ele não interessava …
Quando foi presa pelos policiais, em setembro do ano passado, Taiane Gonçalves ainda estava amamentando o filho Enzo, de 1 ano e 8 meses. Durante cinco meses, ela só teve notícias do bebê, seu primeiro filho, por meio de parentes, pois não queria que ele frequentasse o Centro de Detenção Provisória Feminino de Franco da Rocha (SP), onde ela estava detida. De longe, ficou sabendo que Enzo, mesmo tão pequeno, sentiu o afastamento e demorou para se acostumar com a falta da mãe. “Ele ficou com febre, perguntando por mim, estranhando as pessoas. Ficar longe dele foi a pior situação possível que eu passei, porque somos muito apegados, sempre estivemos juntos”, diz a mãe, de 23 anos, acusada de tráfico de drogas, associação ao tráfico e porte de arma. Em fevereiro deste ano, Taiane foi a primeira mulher do país beneficiada pela decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que aprovou um habeas corpus coletivo para substituir a prisão preventiva por domiciliar para presas de todo o país que sejam gestantes ou mães de crianças de até 12 anos ou de pessoas com deficiência. Um dia depois da votação no STF, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Joel Ilan Paciornik determinou a substituição da prisão preventiva de Taiane pela domiciliar. Na decisão, ele afirmou que, apesar de estar sob os cuidados de parentes, o contato permanente da criança com a mãe “mostra-se essencial ao seu desenvolvimento, além de ser um direito previsto em inúmeros dispositivos legais”.
Com o aumento do dólar, o Banco Central da Argentina (BCRA) elevou, por três vezes em uma semana, a taxa de juros até 40% ao ano, desencadeando uma série de reações no país. Os argentinos vivem momentos de apreensão, pois com a economia atrelada ao dólar, a tendência é de disparada de preços, perda do poder de compra e especulações. Ao mesmo tempo, o governo de Mauricio Macri busca apoio internacional para conter as dificuldades internas e aprovar a reforma trabalhista, adiada desde o começo do ano. Apesar das semelhanças com o Brasil, a Argentina tem uma inflação elevadíssima, que varia entre 20% e 24% ao ano, perdendo apenas para a Venezuela na América Latina. O clima de incerteza domina os principais setores do país. As centrais sindicais convocaram para o próximo dia 28 o início de uma temporada de mobilizações denominada “Plano de Luta”, na tentativa de resistir a eventuais reajustes de tarifas dos setores de públicos, como energia elétrica, água e gás. Paralelamente, atuam ao lado de organizações sociais em favor de uma proposta da oposição que limita os aumentos das tarifas. Argentino Carlos Calabrese comenta situação da economia – Monica Yanakiew/Agência Brasil Funcionário de uma empresa de segurança há cinco anos, Carlos Ernesto Calabrese, de 43 anos, é o exemplo do que vive o trabalhador assalariado argentino. “Comecei ganhando 6 mil pesos e o dinheiro alcançava ate o fim do mês”, conta. “Hoje ganho 15 mil pesos, quase três vezes mais, e não alcança. Os preços aumentam muito mais do que o salario”, disse. Dólar dispara e preços dos alimentos sobem Nesta sexta-feira (11), o dólar bateu novo recorde no país e superou os 24 pesos. Na Argentina, qualquer aumento no valor do dólar costuma ter impacto sobre a inflação, que continua alta (cerca de 25% ao ano). As emissoras de televisão e rádio acompanham passo a passo o comportamento da moeda norte-americana. A alta ocorre às vésperas de uma ação que o governo terá de promover, no dia 15, frente a um vencimento de 600 bilhões de pesos em Letras do Banco Central (Lebac). A disparada do dólar, que começou na semana passada, foi acompanhada pelo aumento do preço da alface, do espinafre e da rúcula, cujos preços duplicaram. “Parece que tudo que é verde aqui está aumentando”, queixou-se Cristian Ortiz, comerciante de frutas e verduras. “Até a semana passada, eu vendia dois abacates por 50 pesos. Hoje somente um vale 55 pesos”, disse.
O anúncio foi feio na tarde desta sexta-feira (11), nas redes sociais, pelo o esposo de Lucinha Mota, Sandro Romildo. Nos posts, Sandro informou que sua esposa se filiou ao Psol de Petrolina (PE) e que o ato político de lançamento da candidatura será no dia 20 de maio, às 18h, no Neuman Hotel, no centro da cidade. Perguntado por este blog, os motivos que teriam levado Lucinha Mota a candidatura, Sandro respondeu. “Nossa luta é por justiça e esse caminho deve ser preenchido pra ficar em evidência. Durante a política tudo é deixado de lado. Não podemos deixar que a nossa perca forças”, argumentou Sandro Romildo. Beatriz Angélica Motta, tinha 7 anos de idade, quando foi morta a facadas nas dependências do Colégio Maria Auxiliadora no dia 10 dezembro de 2015. Ele não explicou a qual cargo político se candidatará a esposa.
Uma mobilização nacional para vacinar os mais vulneráveis à gripe será realizada neste sábado (12) em todo o país. O chamado “Dia D” vai mobilizar estados e prefeituras, que devem abrir postos de referência em cada localidade. A expectativa do Ministério da Saúde é aumentar a quantidade de vacinados, que até agora chegou a 26,4% do público-alvo (13, 6 milhões de pessoas). A vacina gratuita contra a gripe é direcionada a públicos específicos e aqueles com maior risco de reações graves. São eles: Idosos acima de 60 anos; Gestantes; Trabalhadores de saúde; Professores da rede pública e privada; Gestantes e mulheres que realizaram parto há até 45 dias; Indígenas; Pessoas privadas de liberdade. Diferente de outras imunizações, a vacina contra a gripe é sazonal. Ela não está disponível nos postos de saúde o ano inteiro e há um período específico que ela deve ser tomada. Todos os anos, o Ministério da Saúde começa a campanha geralmente um pouco antes do inverno, quando há maior circulação do influenza, o vírus causador da gripe. Neste ano, a campanha contra a gripe vai até o dia 1º de junho. A pasta espera vacinar 54,4 milhões de pessoas até o final da mobilização, que começou no dia 22 de abril. A vacina contra a gripe é feita com vírus morto e não há a possibilidade de pegar gripe por meio da vacina. Segundo especialistas, o imunizante pode deflagrar um pequeno mal-estar pela reação do sistema imune. De acordo com especialistas, a vacina é considerado seguro e há quase nenhuma contraindicação (exceto pessoas com alergia prévia à vacina). Pessoas com doenças graves, inclusive, podem tomar a vacina e procurar um posto de saúde. Tire suas dúvidas sobre a campanha. Casos de gripe Até o dia 5 de maio, o Ministério da Saúde registrou 1005 casos de influenza em todo o país com 158 mortes. Desse total, 597 casos e 99 óbitos foram por H1N1. Em relação ao vírus H3N2, foram registrados 208 casos e 30 óbitos. Ainda, a pasta informa 112 casos e 13 óbitos foram por influenza B e outros 88 casos e 15 óbitos por influenza A.
O presidente Michel Temer assinou hoje (11) decreto, por ocasião do Dia das Mães, que estabelece regras para que mulheres presas tenham direito a indulto especial. O decreto concede pela primeira vez o indulto a mulheres transexuais em cujo registro civil já conste a alteração de gênero. Também determina perdão a presas condenadas por crimes sem violência ou grave ameaça, desde que cumpram requisitos dispostos no texto, e redução de pena em outros casos. O decreto será publicado hoje, em edição extra do Diário Oficial da União. Tanto o perdão quanto a redução da pena devem ser apreciados pelos juízes das varas de execuções penais. Há a possibilidade, inclusive, dos tribunais organizarem mutirões para analisar a situação das mulheres. Dentre os casos em que o perdão será concedido, está o de mães ou avós condenadas por crime cometido sem violência ou grave ameaça, que tenham cumprido um sexto da pena, e que tenham filhos de até 12 anos de idade ou com deficiência em qualquer idade. O decreto concede perdão, ainda, a mulheres condenadas por crime cometido sem violência ou grave ameaça que tenham mais de 60 ou menos de 21 anos, desde que tenham cumprido um sexto da pena. No total, são 11 hipóteses atendidas pelo decreto. Em nenhum dos casos, porém, as mulheres podem ter sido punidas por falta grave nos últimos 12 meses de pena. A comutação – ou abrandamento – da pena é previsto para mulheres brasileiras ou estrangeiras. Será reduzido um quarto da pena às condenadas a até oito anos de reclusão e que já tenham cumprido um terço da pena até 13 de maio deste ano. O texto também prevê redução de dois terços da pena às mulheres não reincidentes com filhos menores de 16 anos ou filho deficiente de qualquer idade, desde que tenha cumprido um quinto da pena até 13 de maio deste ano. O decreto reduz pela metade a pena das mulheres no mesmo perfil, mas que sejam reincidentes.
Os candidatos ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que precisarem de atendimento especializado têm de fazer o pedido no ato da inscrição e comprovar posteriormente a necessidade. Desde a manhã de segunda-feira (7), quando foi aberto o prazo, foram feitas mais de 3 milhões de inscrições. O prazo se encerrará aberto às 23h59 do dia 18 deste mês (horário de Brasília). Os inscritos que apresentarem, como por exemplo, baixa visão, deficiência auditiva ou intelectual (mental), déficit de atenção, discalculia, dislexia, surdez e surdocegueira têm direito ao atendimento especializado. Entres os recursos que podem ser disponibilizados para esses candidatos incluem-se prova em braile, tradutor-intérprete de língua brasileira de sinais (libras), videoprova em libras (vídeo com a tradução de itens), prova com letra ampliada, óculos especiais, lupa, telelupa, luminária e tábuas de apoio. O material será vistoriado pelo aplicador. De acordo com o Ministério da Educação (MEC), para ter o direito reconhecido, é preciso apresentar: documento legível que comprove a necessiidade, contendo o nome completo do participante; diagnóstico com a descrição da condição que motivou a solicitação e o código correspondente à Classificação Internacional de Doença (CID 10); assinatura e identificação do profissional competente, com respectivo registro no Conselho Regional de Medicina (CRM), registro do Ministério da Saúde (RMS) ou registro de órgão competente. O documento deve estar no formato PDF, PNG ou JPG e ter até 2MB. Quem pediu atendimento especializado em edições anteriores e teve o pedido aprovado não precisa enviar outro laudo se a solicitação atual for para o mesmo atendimento. O participante com transtorno global do desenvolvimento (dislexia, discalculia e déficit de atenção) poderá apresentar declaração ou parecer, com seu nome completo, emitida e assinada por entidade ou profissional habilitado, na área da saúde ou similar, com a descrição do transtorno, a identificação da entidade e do profissional declarante, informou o MEC. Gestantes, idosos, lactantes, estudante em classe hospitalar, ou outra situação específica, poderão requerer atendimento específico, que inclui prestar o exame em sala de fácil acesso, mesa e cadeira sem braços, apoio para perna e pés etc. No caso, do participante em situação de classe hospitalar, cujo processo formal de escolarização ocorre no interior de instituição hospitalar ou afim, deve apresentar, durante a inscrição, declaração do hospital, informando a disponibilidade de instalações adequadas para a aplicação do exame. Qualquer tipo de alteração está restrita a esse período, que termina em 18 de maio. Apenas para o uso do nome social, o pedido pode ser feito em prazo posterior: entre os dias 28 de maio e 3 de junho, acrescentou o MEC. Os candidatos que tiverem as solicitações de atendimento especializado e específico reprovadas serão comunicados por e-mail ou pelo celular cadastrados durante a inscrição e terão prazo de cinco dias úteis para enviar novo documento pela Página do Participante. Caso o segundo documento enviado não esteja de acordo com as regras do edital, o participante não receberá o atendimento solicitado e ficará sem direito aos recursos e auxílios de acessibilidade.
O ministro Og Fernandes, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), negou um pedido de liminar (decisão provisória) do PT para que fosse garantida a participação de um representante do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em debates entre pré-candidatos ao Palácio do Planalto. Desde que Lula foi preso, em 7 de abril, o PT o mantém como pré-candidato da legenda, afirmando que irá registrá-lo para concorrer ao pleito. Pela via judicial, o partido pretendia garantir a presença de um representante de Lula já no ciclo de entrevistas com pré-candidatos, iniciado pelo jornal Folha de S.Paulo, pelo portal UOL e pelo SBT. O partido alegou que Lula não foi convidado apesar de aparecer como “líder na pesquisa de intenção de votos”. Os veículos de comunicação estariam com isso violando o princípio da isonomia entre os pré-candidatos, segundo o PT, ao alegarem que o ex-presidente “estaria indisponível para figurar nas entrevistas em decorrência de sua prisão”. Ao analisar o caso, Og Fernandes reconheceu a importância da isonomia, mas destacou não haver dispositivo legal que garanta a participação de representante na hipótese de impossibilidade de participação de determinado candidato. O ministro disse que o caso não tem precedentes e por isso deve ser examinado em plenário pelo TSE. Enquanto isso não ocorre, ele entendeu não haver urgência na concessão de liminar, pois “o fato de o ciclo de entrevistas já ter se iniciado não impede que, em caso de procedência desta representação, venha ser garantido à agremiação o direito de indicar alguém para ser entrevistado no lugar de seu pré-candidato”.
A alta do preço do barril de petróleo no mercado internacional, hoje acima dos US$ 70, é bom para o país, para estados e municípios e também para a Petrobras, que fechou o primeiro trimestre do ano com um lucro líquido de R$ 6,9 bilhões, resultado 56% maior do que o de igual período do ano passado. A avaliação é de especialistas ouvidos pela Agência Brasil. Eles creditam que, mantidas as tensões geopolíticas atuais, principalmente no Oriente Médio, e a posição da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) de corte da produção, a tendência é de que o preço se sustente e até venha a aumentar mais ainda, fechando o ano com um preço médio de US$ 75 o barril. Para o sócio-fundador e diretor do Centro Brasileiro de Infra-Estrutura (CBIE), Adriano Pires, o mundo vive hoje momentos de grande turbulência geopolítica: “primeiro foi essa tentativa de invasão da Síria pelos EUA, França e Reino Unido; ao mesmo tempo, tem a questão da Venezuela, um governo complicado, e a ameaça dos Estados Unidos de adotar sanções comerciais se as eleições naquele país não forem transparentes”. Benefício à Petrobras Conforme Pires, a atual elevação no preço do óleo no mercado internacional, em um primeiro momento, só traz benefícios ao país. “No caso do Brasil, essa alta também beneficia a Petrobras, que voltou a ser uma empresa petroleira. No governo passado, havia uma intervenção muito grande na empresa e acabava que ela tinha prejuízos com o petróleo caro, uma vez que não conseguia repassar para o preço dos combustíveis”, disse. O especialista diz que a Petrobras não atuava de acordo com a lógica do mercado, de modo que tinha prejuízo com petróleo caro e lucrava somente com o petróleo barato, já que praticava preços rígidos. “Agora não, o governo, de forma correta, deu liberdade para que a empresa repasse para os preços dos derivados a alta do petróleo no mercado internacional, e isso está ajudando a companhia a se recuperar do estrago provocado pela política do governo anterior. O resultado do último trimestre, quando a empresa aumentou seu lucro em 56% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, comprova isso”, afirmou. O ex-diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) Hélder Queiroz também elogiou a decisão do governo de dar liberdade à Petrobras para praticar preços dos derivados tendo como parâmetro o mercado internacional. “A política de preços da Petrobras alinhada com o mercado internacional é o que de melhor podia ter acontecido para o setor no país. É a política certa e a melhor opção. Nós não podemos repetir os erros do passado onde o governo usou a Petrobras como instrumento de subsídio. Isto não significa que não se possa discutir os impactos que os preços elevados provocam na economia”, disse à Agência Brasil. Segundo Queiroz, preços mais altos são “evidentemente” muito bons. “Pelo lado empresarial porque a Petrobras passa a ter uma possibilidade de geração de caixa maior. Já do ponto de vista tributário há o aumento …